A Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel) lançou, no último dia 13, o painel ‘Atrasômetro do GSF’, para registrar em seu site, diariamente, o tempo que o setor elétrico aguarda por uma solução ao passivo do GSF (Generation Scaling Factor) – risco hidrológico, em português. A solução para o problema envolve o Ministério do Meio Ambiente (MME) e o Congresso Nacional.
Em matéria sobre o tema, o site Paranoá Energia informa que o último relatório da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), finalizado na terça-feira (12/05), destaca que a liquidação financeira do Mercado de Curto Prazo (MCP), referente a março de 2020, movimentou apenas R$ 869 milhões, dos R$ 9,31 bilhões contabilizados. A diferença, de R$ 8,44 milhões, que corresponde ao valor não pago, se relaciona basicamente às liminares de GSF no mercado livre de energia elétrica e R$ 574 mil representam outros valores em aberto.
De acordo com o ‘Atrasômetro do GSF’, com data de ontem (15/05), o setor está a 1.836 dias sem uma solução para o impasse.
Bolsonaro nomeia Bento Albuquerque e reconduz Carlos Marun ao conselho de Itaipu
O presidente Jair Bolsonaro nomeou o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, para o conselho de Itaipu Binacional. Também foram reconduzidos aos cargos de conselheiros, entre outros, Carlos Marun, ex-ministro de Michel Temer, o ex-deputado José Carlos Aleluia (DEM-BA), Célio Faria Júnior e Wilson Pinto Ferreira Junior.
As nomeações foram publicadas ontem (15/05), em edição extra do Diário Oficial da União. O ministro Bento Albuquerque foi conduzido pela primeira vez ao conselho. As nomeações valem até maio de 2024. (portal G1)
Cemig registra prejuízo líquido de R$ 57 milhões no 1º trimestre
A Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) registrou prejuízo de R$ 57,1 milhões no primeiro trimestre de 2020, ante lucro de R$ 797 milhões apurado no mesmo período de 2019. Segundo a empresa, o resultado negativo se deve, principalmente, ao reconhecimento da perda no valor recuperável do investimento na Light, classificado como ativo mantido para venda.
Também pesou o efeito negativo no resultado financeiro de eurobonus e instrumento de hedge correspondente, que atingiu o montante líquido de tributos de R$ 288,9 milhões. A receita da companhia cresceu 2,5% na comparação anual, para R$ 6 bilhões, enquanto os custos dos serviços oferecidos cresceram 7,4%, para R$ 4,5 bilhões. (Valor Econômico)
Petrobras vê ‘recuperação lenta’ devido à pandemia
Um dia após a Petrobras divulgar prejuízo recorde no primeiro trimestre do ano, o presidente da estatal, Roberto Castello Branco, afirmou ontem (15/05), em coletiva de imprensa, que a empresa trabalha com o cenário mais provável de “recuperação lenta e recessão profunda”.
Segundo o executivo, além dos reflexos diretos da pandemia do novo coronavírus na demanda por combustíveis, a companhia terá que lidar, após a retomada das atividades econômicas, com um novo cenário, marcado por mudanças de hábitos das pessoas.
“Temos que considerar que esse período de quarentena que as pessoas estão passando em vários países do mundo, contribuirá para mudanças de hábitos, como a utilização mais intensiva da digitalização em detrimento da mobilidade. As empresas precisarão de menos viagens, de menos área de escritório.” (O Globo)
PANORAMA DA MÍDIA
Com reportagens, análises e editoriais, os principais jornais do país noticiam a saída de Nelson Teich do Ministério da Saúde.
Com 29 dias no cargo de ministro da Saúde, o oncologista Nelson Teich pediu demissão ontem (15/05), após resistir a uma pressão pública do presidente Jair Bolsonaro para adotar um protocolo indicando o uso da cloroquina em pacientes com covid-19 desde os primeiros sintomas da doença. O general Eduardo Pazuello, secretário-executivo da pasta, ficará interinamente no posto e o ministério já divulgou na noite de ontem que vai lançar uma nova recomendação para o tratamento de casos leves. (O Globo)
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Em editorial, o jornal O Estado de S. Paulo afirma que Nelson Teich e Luiz Henrique Mandetta, seu antecessor na pasta, recusaram-se a chancelar a cloroquina, remédio cuja eficácia contra o coronavírus não está comprovada e “cujos perigosos efeitos colaterais são, ao contrário, bastante conhecidos”.
O jornal explica que Mandetta, quando ainda ministro, assinou um protocolo que liberava a droga para uso somente em pacientes em estado grave, com indicação médica e com a anuência do paciente. Mas, assim como Teich, não aceitou ampliar o uso em qualquer estágio da doença, como defende o presidente Bolsonaro.
Ainda segundo o editorial do Estado, Nelson Teich disse que havia ainda muita incerteza sobre a cloroquina e rejeitou a droga como um “divisor de águas” no tratamento da doença.
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Além de matérias sobre a área de saúde, a Folha de S. Paulo traz hoje uma reportagem sobre a força de trabalho no Brasil. O jornal informa que no primeiro trimestre de 2020, 1,1 milhão de brasileiros deixaram a força de trabalho. Esse é o segundo maior número registrado nas estatísticas da pesquisa trimestral de emprego do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a Pnad Contínua, atrás apenas da redução de 1,2 milhão registrada no segundo trimestre 2012 em relação aos três meses anteriores.
São consideradas fora da força de trabalho as pessoas que não possuíam emprego e não procuraram trabalho nos 30 dias anteriores ao período da pesquisa – ou procuraram, mas não estavam disponíveis para trabalhar na semana de referência do levantamento. Nos três primeiros meses do ano, 67,3 milhões de pessoas com 14 anos ou mais de idade estavam nessa condição, número recorde. Já a força de trabalho era composta por 105,1 milhões de pessoas.