Ações da CEB saltam 23,5% após anúncio de desestatização – Edição da Manhã

O Correio Braziliense informa que o anúncio de privatização da Companhia Energética de Brasília (CEB), no último sábado (26/09), dia sem movimentação no mercado financeiro, provocou alta nas ações da empresa na abertura do pregão de ontem da Bolsa de Valores de São Paulo (B3).

As ações da empresa, que fecharam em R$ 64, após atingirem um pico de R$ 69, na sexta-feira passada, subiram 23,5% ontem, cotadas em R$ 85. No meio do dia, no entanto, chegaram a atingir alta de mais de 30%, precificadas em R$ 94 na máxima.

A reportagem ressalta que a companhia brasiliense precisa de investimentos de R$ 200 milhões por ano, mas o movimento do mercado mostrou que a empresa, cujo preço mínimo é estimado em R$ 1,42 bilhão, desperta interesse dos investidores. Segundo o jornal, ao menos, seis empresas devem disputar o controle da companhia: CPFL, Neoenergia, Equatorial, Energisa, Enel e EDP.

Situação da Golar complica venda de ativo da Petrobras

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O grupo de gás e energia Golar pode ter que ficar de fora da disputa de um terminal de regaseificação de gás natural liquefeito (GNL) na Bahia, colocado à venda pela Petrobras. Segundo reportagem do Valor Econômico, a estatal já tinha pré-qualificado 13 empresas para a disputa, incluindo uma subsidiária do grupo Golar, a Golar Power Latam Serviços Marítimos.

O certame está agendado para amanhã (30/09), mas pelas condições impostas na licitação, companhias do setor entendem que só a Golar tinha capacidade de atender às exigências da Petrobras. A Golar é dona de metade da Hygo Energy, cujo presidente está sendo investigado pelo Ministério Público Federal (MPF) por suspeita de esquema de propina envolvendo justamente a Petrobras. A investigação do MPF se refere ao período em que Eduardo Antonello era executivo de outra companhia do setor de óleo e gás, a Seadrill. Antonello presta serviço à Hygo por meio da Magni, empresa em que é sócio de Tor Troim, diretor da Golar.

Uma fonte ouvida pelo Valor Econômico entende que a companhia pode esbarrar em regras de compliance da Petrobras, estabelecidas para tratar empresas e executivos com alguma conexão com a Lava-Jato.

Procurada pela reportagem, a Petrobras não comentou sobre a continuidade ou não da Golar na licitação; a reportagem não conseguiu retorno da Golar.

CGN Brasil vai investir R$ 444 milhões em complexo eólico no Piauí

A CGN Brasil Energia e Participações, braço da China General Nuclear Power Group (CGN) no país, anunciou investimentos de R$ 444 milhões na expansão do complexo eólico Lagoa do Barro, localizado no Piauí, informa o Valor Econômico.

Em operação desde 2018, o complexo piauiense envolve oito parques eólicos, que somam 195 megawatts (MW) de potência instalada. A ampliação, fruto da vitória da CGN Brasil no leilão de energia A-6/2019, agregará mais 82,8 MW ao empreendimento. Com isso, a capacidade de geração do complexo deverá atingir 366.000 megawatts-hora (MWh) por ano. Segundo comunicado da companhia, as obras se iniciarão em dezembro deste ano. A operação comercial está prevista para dezembro de 2021.

PANORAMA DA MÍDIA

Com diferentes abordagens, a solução apresentada ontem (28/09) por líderes do governo e do Congresso para financiar o Renda Cidadã, programa social para substituir o Bolsa Família e o auxílio emergencial em 2021, é o destaque na edição desta terça-feira dos principais jornais do país.

O principal ponto do plano é adiar o pagamento de dívidas contraídas pela União em processos judiciais nos quais saiu derrotada para custear o novo benefício. Foi sugerido ainda o uso de recursos do Fundeb, o fundo da educação básica, para ampliar os repasses.

O jornal O Globo informa que a proposta foi mal recebida por parlamentares, especialistas e analistas do mercado financeiro, por apontarem para um aumento do endividamento e uma flexibilização indireta do teto de gastos, que limita o crescimento das despesas à inflação.

O Valor Econômico também destaca que o mercado reagiu mal ao anúncio do “Renda Cidadã”. O dólar subiu 1,4%, a R$ 5,6358, no maior nível desde 20 de maio, e o Ibovespa teve perdas de 2,4%, menor patamar desde 10 de junho. Os juros futuros dispararam.

Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, a proposta do governo está sendo vista como uma “pedalada fiscal” por apenas adiar dívidas já consideradas líquidas e certas (os precatórios) e ainda driblar o teto de gastos, que limita o avanço das despesas à inflação. O anúncio, feito após reunião do presidente Jair Bolsonaro, ministros e lideranças no Palácio da Alvorada, acentuou a desconfiança do mercado financeiro sobre o compromisso do governo com o controle das contas públicas.

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A principal reportagem da edição de hoje (29/09) da Folha de S. Paulo é a pandemia de covid-19. O jornal destaca que o mundo atingiu a marca de um milhão de mortos por coronavírus. A cifra, simbólica, é alcançada quase nove meses após o primeiro óbito oficial devido à doença, em 11 de janeiro, e quase sete após a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarar que a covid-19 era uma pandemia, em 11 de março.