O Valor Econômico traz informações sobre a queda das ações da Petrobras registrada ontem (17/03), em meio a temores de interferência do governo na estatal, enquanto os contratos futuros do petróleo saltaram mais de 8%, aceleraram as perdas no fim do pregão. Os papéis ordinários e preferenciais da companhia fecharam em baixa de 2,64% e 2,66%, respectivamente, enquanto o Ibovespa ganhou 1,77%, aos 113.076 pontos.
A reportagem trata, também, da possibilidade de o presidente Jair Bolsonaro trocar o comando da estatal. Segundo a colunista Malu Gaspar, do jornal O Globo, o presidente Jair Bolsonaro teria encontrado uma solução para tirar Joaquim da Silva e Luna da presidência da companhia. De acordo com a colunista, como o general não pretende se demitir, o Planalto estaria pensando em retirar o seu nome da lista que irá compor o conselho da empresa a partir de assembleia de acionistas marcada para 13 de abril. Como o estatuto da companhia diz que o presidente tem que ser conselheiro, Luna estaria automaticamente destituído.
Bolsonaro havia dito ontem, em entrevista à emissora de TV Ponta Negra, de Natal, que pediu para a Petrobras atrasar em um dia o reajuste de combustíveis realizado na semana passada, mas que não foi atendido. “Foi um crime com a população e pegou muito mal para o Silva e Luna”, disse o presidente, não descartando uma possível troca no comando da estatal.
Cúpula da Petrobras não vê prazo para baixar combustíveis
A Folha de S. Paulo informa que apesar da pressão exercida publicamente pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), a cúpula da Petrobras tem dito internamente que não há prazo para baixar o preço dos combustíveis, mesmo com queda na cotação do petróleo.
A pessoas próximas, o presidente da estatal, general Joaquim Silva e Luna, afirma que a decisão de rever o mega-aumento dado pela Petrobras na gasolina e no diesel depende do comportamento do mercado. A conta dependerá da cotação do barril do petróleo, da taxa de câmbio e do volume de combustível fornecido por importadores para o mercado local.
Com lucro recorde, Enauta está capitalizada para crescer, diz diretora
A Enauta encerrou o ano de 2021 com quase R$ 3 bilhões em caixa e está capitalizada para buscar o crescimento do portfólio, segundo a diretora financeira e de relações com investidores da companhia, Paula Costa. “Vejo aí uma grande oportunidade para o crescimento, tanto para investimento nos projetos que a companhia já tem, quanto para a expansão do portfólio. Estamos buscando oportunidades de diversificar as receitas e crescer”, afirma a executiva.
A companhia registrou, no quarto trimestre de 2021, lucro líquido de R$ 690,6 milhões, o maior da história da empresa até o momento. O valor representou um aumento de 1.707,9% em relação ao lucro do último trimestre de 2020. A receita líquida no quarto trimestre do ano passado foi de R$ 686,5 milhões, alta de 267,3% na comparação anual. Já o Ebitda (lucro antes do imposto de renda, contribuição social, resultado financeiro e despesas de amortização) no trimestre ficou em R$ 1,29 bilhão, crescimento de 898,8%. Entre os motivos que contribuíram para os bons resultados da companhia está o aumento do preço do barril de petróleo, além do recebimento da última parcela de US$ 144 milhões referente a venda para a Equinor em 2017 da participação no bloco BM-S-8, na Bacia de Santos, onde está o projeto de Carcará. (Valor Econômico)
Engie conclui aquisição de ativos solares por R$ 625 milhões
A Engie informou ontem (17/03) a conclusão da compra dos Conjuntos Fotovoltaicos Paracatu e Floresta, por R$ 625 milhões. A operação já havia sido anunciada no último mês de fevereiro. Os ativos solares possuem capacidade instalada total de 259,8 MWp e pertenciam a Engie Solar, Solairedirect Investment Management e Drankensberg Capital 1. A aquisição foi feita pela subsidiária Engie Brasil Energias Complementares Participações. Com a operação, foi assumida ainda uma dívida líquida de cerca de R$ 620 milhões contratada com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social.
Na ocasião do anúncio, o Diretor-Presidente e de Relações com Investidores da Engie, Eduardo Sattamini, revelou que a aquisição está alinhada às diretrizes globais do Grupo de descarbonização das operações, que prevê a saída das usinas a carvão e a substituição por ativos renováveis.
Paracatu, localizado na cidade mineira de mesmo nome, possui capacidade instalada de 158,3 MWp, com contrato de venda de 34 MW med pelo prazo de 20 anos, ao preço de R$ 403/MWh (Novembro/2021), reajustado pelo IPCA, tendo começado a operar em fevereiro de 2019. (Canal Energia)
Energisa lucra mais de R$ 3 bilhões em 2021
A Energisa reportou lucro de mais de R$ 3 bilhões em 2021, 90,9% acima do obtido no ano anterior. No quarto trimestre, o resultado cresceu 203,4% para R$ 582,6 milhões. Ebtida ajustado da Energisa ficou em R$ 6,646 bilhões em 2021, 54,1% a mais que no ano anterior. Os investimentos no ano passado chegaram a R$ 4,198 bilhões, com aumento de 55%; e no trimestre, os aportes foram de R$ 1,158 bilhão, 71% maiores na comparação com 2020. A maior parte dos investimentos foi para as distribuidoras – pouco mais de R$ 3 bilhões. (Canal Energia)
PANORAMA DA MÍDIA
Planalto já tem plano para trocar comando da Petrobras – esta é a manchete da edição de hoje (18/03) do jornal O Globo. A substituição de Joaquim Silva e Luna, atual presidente da estatal, por Rodolfo Landim, ocorreria em decorrência de estratégia do governo para a próxima assembleia de acionistas prevista para 13 de abril.
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Reportagem do Valor Econômico mostra que a incerteza que afetou o varejo no ano passado continuará a impactar o setor em 2022, apesar do aparente refluxo da pandemia. Segundo executivos de grandes varejistas, as consequências da guerra na Ucrânia aumentam a preocupação das empresas, que já administravam pressões com despesas como aluguéis e mão de obra, além da escalada dos custos dos produtos nos últimos meses. Levantamento do Valor Data com base em dados de boa parte das varejistas de capital aberto – 18 relatórios foram analisados – revela que a receita líquida subiu 5,3% no 4º trimestre de 2021 em relação a igual período de 2020, para R$ 97,3 bilhões. Ao mesmo tempo, os custos subiram 6%.
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Máscara deixa de ser obrigatória em ambientes fechados em São Paulo. A decisão foi anunciada ontem (17/03) pelo governo do estado, João Doria (PSDB). (Folha de S. Paulo)
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Reportagem do jornal O Estado de S. Paulo revela que o gabinete do ministro da Educação, Milton Ribeiro, foi capturado por um grupo de pastores ligados a ele. Embora não tenham vínculos com a administração pública nem com o setor de ensino, eles formam um gabinete paralelo que facilita o acesso de outras pessoas ao ministro e participam de agendas fechadas onde são discutidas as prioridades da pasta e até o uso dos recursos destinados à educação no Brasil.