A Folha de S. Paulo informa que companhias brasileiras como AES Brasil, Arcelor Mittal e Eneva apoiaram a criação de uma nova empresa que oferece para integrantes desse segmento um ambiente 100% digital para negociação de energia elétrica, de certificado de energia limpa e produtos financeiros.
Chamada Beenx (Brasil Energy Exchange), a nova companhia entrou em operação como a primeira empresa de energia a oferecer todos esses negócios em um só ecossistema, no conceito conhecido como “one stop shop”, de acordo com nota divulgada pela empresa nesta quarta-feira (21/12).
Com sede em São Paulo, a Beenx é resultado de investimento das empresas AES Brasil, ArcelorMittal, Eneva e da companhia de inteligência energética Fohat Corporation. O investimento inicial para a fundação da Beenx foi de R$ 10,5 milhões, envolvendo projetos de pesquisa e desenvolvimento da reguladora Aneel e aportes de fundos de investimentos.
ANP e Agenersa fecham acordo para estudos sobre regulação de gás natural
A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) fechou um acordo de cooperação técnica com a Agência Reguladora de Energia e Saneamento Básico do Estado do Rio de Janeiro (Agenersa) para desenvolver estudos a respeito da regulação de atividades de gás natural.
As agências vão aprofundar debates sobre as regulações federais e estaduais, além de debater o Novo Mercado de Gás, programa do governo federal para a abertura do mercado e atração de novos investimentos.
Em nota, a ANP afirmou que a cooperação prevê também treinamento e formação na área de regulação do gás natural canalizado, gás natural comprimido (GNC) e gás natural liquefeito (GNL), além da troca de informações relevantes e estudos sobre a regulamentação do transporte, distribuição e comercialização do gás. Devem ocorrer ainda estudos sobre as fronteiras de competência da regulação do biogás de distintas origens. O acordo tem previsão de duração de cinco anos, com possibilidade de extensão por meio de um termo aditivo. (Valor Econômico)
CGHs trarão investimentos de R$ 56 milhões para o Rio Grande do Sul
A Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura do Rio Grande do Sul entregou na última segunda-feira (19/12), a licença de operação para a Central CGH Despraiado, em Vacaria. O documento foi emitido pela Fundação Estadual de Proteção Ambiental. Outras duas centrais, Passo do Buraco (1,9 MW) e Três Marias (2,4 MW), estão em fase final de construção e liberação. Os três empreendimentos estão localizados no Rio Passo do Socorro. Segundo a empresa, serão investidos R$ 56 milhões, priorizando indústrias e fornecedores regionais. (Canal Energia)
Petrobras antecipa início de operação com navio plataforma P-71 em Itapu
A Petrobras colocou em operação nesta quarta-feira (21/12) o navio-plataforma P-71, instalado no campo de Itapu, no pré-sal da Bacia de Santos, com início de produção antecipado em relação à previsão original, que era para 2023, segundo comunicado da empresa.
A P-71 é uma plataforma própria da companhia, do tipo FPSO (sistema flutuante, de produção, armazenamento e transferência) com capacidade para processar diariamente até 150 mil barris de petróleo e seis milhões de metros cúbicos de gás, além de armazenar até 1,6 milhão de barris de óleo. (Folha de S. Paulo)
Investidores esperam que Lula crie títulos da dívida ligados à preservação da Amazônia
Reportagem do jornal O Globo indica que o novo governo de Luiz Inácio Lula da Silva poderia reforçar sua credibilidade na luta contra as mudanças climáticas com um título que pague juros atrelados à proteção da floresta amazônica. Essa é uma proposta que ganha força entre bancos, investidores e pesquisadores, para quem o país deve seguir os passos de seus pares latino-americanos Chile e Uruguai por meio da emissão de dívida vinculada à sustentabilidade.
No caso do Brasil, a meta ambiental poderia ser reduzir a área de desmatamento na Amazônia, que seria verificada por terceiros. Essa estrutura de dívida viria com desafios, principalmente para um país sem experiência com títulos ESG, e que enfrenta uma ampla queda nos mercados.
PANORAMA DA MÍDIA
O Valor Econômico informa que a fabricante de equipamentos Siemens Energy e a montadora Porsche iniciaram nesta semana a produção da primeira instalação do mundo, totalmente integrada para fabricação de combustíveis sintéticos e neutros em carbono. Denominada Haru Oni, a planta próxima à cidade de Punta Arenas, no sul do Chile, combina energia eólica, água e CO2 para gerar “e-methanol” (metanol sustentável) e gasolina neutra em carbono a partir de eletricidade.
Segundo as empresas responsáveis, o começo da produção dos primeiros combustíveis sintéticos é um passo adiante essencial na descarbonização do setor de transportes, especialmente em segmentos que são difíceis ou impossíveis de eletrificar, caso do transporte marinho, da aviação ou mesmo dos carros a combustão interna ainda em uso.