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AES Corporation oferece ao BNDES R$ 17,15 por ação da AES Tietê – Edição da Manhã

O Valor Econômico segue acompanhando a evolução de propostas em torno da participação de 28,3% do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) na AES Tietê. Ontem (24/07) à noite, o site do jornal atualizou as informações. De acordo com a reportagem, a AES Corporation ofereceu R$ 17,15 por ação da AES Tietê detida pelo BNDES.

O preço é quase 10% inferior ao que propôs a concorrente Eneva ao banco. O valor implícito na proposta da Eneva, entre pagamento em dinheiro e em troca de ações, foi de R$ 18,88. A diferença é que a oferta da AES é inteiramente em dinheiro. A Eneva conseguiu elevar o chamado preço implícito porque sua ação teve valorização desde a última proposta pela Tietê.

A reportagem ressalta que a questão, para o BNDES, é desinvestir para ter dinheiro em caixa. Mas o banco terá que pesar a diferença financeira. A oferta da Eneva seria pouco atrativa, dado o alto percentual em ações. A indicação já era favorável a uma oferta da AES em dinheiro – mas o banco esperava prêmio semelhante. A oferta, na prática, veio muito próxima ao preço de tela.

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Petrobras volta a encomendar plataforma após hiato de oito anos

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O jornal O Globo traz hoje (25/07) uma reportagem com foco na decisão da Petrobras, anunciada na última quinta-feira (23/07), de encomendar plataformas para a produção de petróleo, após um intervalo de oito anos. Conforme decisão divulgada pela companhia, serão contratadas três novas unidades para serem usadas no Campo de Búzios, no pré-sal da Bacia de Santos. Duas plataformas serão próprias, e a terceira será alugada.

A reportagem ouviu executivos e especialistas do setor, que comentaram a notícia. Entre eles, Sérgio Bacci, vice-presidente do Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval e Offshore (Sinaval), que elogiou a decisão da petroleira. “É alvissareiro saber que a Petrobras vai construir ativos próprios. Tudo o que vier é lucro, pois a gente está tão sem nada, que o que vier será um alívio.”

Para o professor do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Helder Queiroz, a decisão da Petrobras foi acertada. Segundo ele, a pandemia do novo coronavírus vai provocar mudanças globais da indústria. Ter maior controle de produção é um dos elementos que passarão a ser bastante valorizados a partir de agora.

Décio Oddone, que deixou o cargo de diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) em março, considerou uma boa notícia para o setor a contratação das plataformas. Para ele, o negócio reflete, em parte, o resultado dos leilões realizados pelo governo desde 2017. “Significa aumento de produção e de arrecadação no futuro. No curto prazo, representa oportunidade para que a indústria local capture parte das encomendas e gere empregos qualificados aqui.”

As três novas plataformas serão do tipo FPSO (navio-plataforma). As duas que serão construídas para a estatal terão capacidade de produção de 180 mil barris e já foram até batizadas: P-78 e P-79. A previsão é que elas entrem em operação em 2025. As contratações devem estar concluídas no ano que vem. Búzios é, atualmente, o maior campo de petróleo em águas profundas do mundo.

Petrobras informa sobre o avanço na venda do campo de Baúna

Em comunicado publicado em seu canal de internet, a Petrobras informa que definiu ajustes aos termos do contrato de venda da totalidade da sua participação no campo de Baúna (área de concessão BM-S-40), localizado em águas rasas na Bacia de Santos. De acordo com a companha, o principal motivo foram os impactos causados pela pandemia da covid-19 e a consequente dificuldade de atendimento às condições do negócio inicialmente definidas.

A decisão foi tomada em comum acordo com a Karoon Petróleo & Gás Ltda (“Karoon”), subsidiária da Karoon Energy Ltd. Os ajustes nos termos do contrato consideraram a extensão do prazo para atendimento das condições precedentes ao fechamento da transação e a divisão do valor da transação, anunciado anteriormente, de US$ 665 milhões, em duas parcelas.

O campo de Baúna, localizado na Bacia de Santos no litoral do estado de São Paulo, iniciou suas operações em fevereiro de 2013 e produz atualmente cerca de 16 mil barris de óleo por dia através do FPSO Cidade de Itajaí. Com essa transação, a Karoon Petróleo & Gás Ltda passará a ser a operadora da concessão com 100% de participação.

PANORAMA DA MÍDIA

O principal destaque da edição deste sábado (25/07) do jornal O Globo é a decisão do presidente do Banco do Brasil, Rubem Novaes, de deixar o cargo. Ele entregou ontem sua carta de demissão ao presidente Jair Bolsonaro e ao ministro da Economia, Paulo Guedes. O pedido tem efeito a partir de agosto, em data que ainda será decidida, segundo comunicado do banco ao mercado, publicado no início da noite. Rubem Novaes deve ser nomeado assessor especial de Guedes, mas passará a despachar do Rio de Janeiro.

A reportagem ressalta que Novaes deixa o cargo sem conseguir privatizar o Banco do Brasil, seu principal desejo. E também em meio a uma cobrança do presidente Bolsonaro por uma atuação mais incisiva do banco, especialmente na redução de juros.

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Uma pesquisa realizada pela consultoria de recursos humanos Adecco, a pedido do jornal O Estado de S. Paulo, constatou que, entre os 4.244 trabalhadores ouvidos, 55,68% gostariam de voltar ao trabalho presencial. Os demais se dividem entre os que não querem voltar por medo de contrair o novo coronavírus (7,70%), os que não querem voltar porque se adaptaram ao home office (7,12%), os que não quiseram voltar, mas foram obrigados (1,04%) e os que voltariam, mas com jornada reduzida e em dias alternados (28,46%).

O perfil de mais da metade dos participantes da pesquisa é de funcionários de baixo escalão, de cargos como operadores e analistas, e que atuam nas áreas de atendimento e administração.

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A Folha de S. Paulo destaca o anúncio feito ontem (24/07) pelo prefeito Bruno Covas de adiamento do Carnaval 2021 de São Paulo por causa da pandemia de covid-19. Nem escolas de samba nem blocos de rua desfilarão em fevereiro.

A parada do Orgulho LGBT presencial de 2020, que já havia sido adiada do primeiro para o segundo semestre, também foi cancelada. A edição de 2021 foi adiada para novembro do próximo ano. A reportagem ressalta que os dois eventos, juntamente com a prova brasileira de Fórmula 1, também cancelada pelos organizadores, são os que mais trazem turistas e dinheiro à capital paulista.

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