A elétrica AES Tietê tem cerca de 60 MW em projetos em implantação ou fase final de negociação em geração distribuída, um segmento que é pulverizado e cresce em ritmo acelerado. A companhia tem ganhado mercado na prestação de serviços a grandes consumidores de energia e em projetos de geração distribuída. As informações são do Valor Econômico, em reportagem sobre a atuação da AES Tietê no segmento.
Como exemplos, são citados contratos fechados recentemente pela companhia com a rede gaúcha de farmácias São João e com o McDonald’s. No caso da rede de farmácias, o contrato prevê a instalação de três unidades de geração distribuída solar fotovoltaica no Rio Grande do Sul para abastecer 200 lojas da rede, que tem mais de 700 unidades na região Sul.
Com o McDonald’s, o contrato foi para migração de quase 200 unidades da rede de fast food para o mercado livre sob a comercializadora varejista do grupo, em um acordo que prevê também a instalação de três unidades de geração distribuída solar para atender unidades de média tensão.
Segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), até 10 de junho, havia 865,8 MW em projetos de geração distribuída da fonte solar fotovoltaica em operação no país. No ano, o crescimento acumulado já supera 48%. Os clientes conseguem com isso economia na conta de luz e a garantia de que a energia usada é renovável.
Subsídio à geração solar pode custar R$ 34 bilhões a consumidor
A Secretaria de Desenvolvimento da Infraestrutura, ligada ao Ministério da Economia, calcula que os consumidores de energia elétrica das distribuidoras poderão ter de pagar uma fatura adicional de R$ 34 bilhões, até 2035, para bancar indiretamente descontos na conta daqueles que instalam painéis fotovoltaicos para a geração própria de eletricidade. Esse é o montante dos subsídios implícitos no sistema de incentivos à chamada microgeração distribuída de energia, destaca o Valor Econômico, em reportagem sobre o tema.
Em nota técnica enviada à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a Secretaria de Desenvolvimento de Infraestrutura afirma que há “distorções microeconômicas” nessa prática e alerta sobre uma “transferência de renda dos mais pobres aos mais ricos”. A Aneel pretende publicar, no segundo semestre, novas regras para o modelo de geração distribuída a partir de 2020.
De acordo com parecer firmado pelo secretário Diogo Mac Cord de Faria, “caso a decisão para a expansão da matriz de energia elétrica nacional seja por fonte solar, entende-se que essa opção seja realizada por meio de contratação centralizada, ou seja, via leilões, e não por MMGD (micro e minigeração distribuída), uma vez que a expansão por intermédio desta modalidade oneraria a conta de luz dos consumidores brasileiros em até R$ 23 bilhões, com mais R$ 11 bilhões de renúncia fiscal”,
Cade deve dar aval à venda de refinarias
O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e a Petrobras devem fechar amanhã (12/06) acordo que prevê a venda de refinarias da estatal. Segundo fontes ouvidas pelo jornal O Estado de S. Paulo, o Conselho deve aceitar os termos da Petrobras, que representam a venda de quase 50% da capacidade de refino.
De acordo com a reportagem, a Petrobras apresentou a proposta de vender refinarias com a intenção de encerrar investigações do Cade. A suspeita do órgão é que a estatal, que tem 98% desse mercado, tire proveito da situação de monopólio para determinar os preços dos combustíveis no país. O acordo a ser analisado pelo tribunal do Conselho, amanhã, deve homologar o entendimento sobre a venda.
Petrobras vai levar a leilão três plataformas perto da aposentadoria
O jornal O Globo informa, na editoria de Economia, que três plataformas da Petrobras rumam para a aposentadoria depois de mais de 30 anos de operação na Bacia de Campos. Avaliadas em US$ 250 mil a US$ 400 mil cada, de acordo com as estimativas do mercado, as três embarcações serão levadas a leilão pela estatal. O edital deve ser lançado no próximo ano. Cada uma das plataformas do trio (P-7, P-12 e P-15) tem 15 mil toneladas de aço.
De acordo com a reportagem, existem dois destinos para plataformas antigas como as que serão leiloadas pela Petrobras. Uma delas seria a venda do aço para sucateiros. A segunda, a venda para pequenas petroleiras.
PANORAMA DA MÍDIA
O governo quer usar os recursos que não forem sacados do PIS/Pasep pelos trabalhadores para dar um alívio no Orçamento da União. Este é o destaque de hoje (11/06) dos jornais O Estado de S. Paulo e Valor Econômico. O Estado informa que a medida pode evitar a necessidade de um novo bloqueio de despesas ou até mesmo permitir a liberação de parte dos recursos contingenciados. De acordo com cálculos do governo, há cerca de R$ 20 bilhões depositados, com baixa probabilidade de serem sacados.
O jornal O Globo destaca que um dia após a divulgação de conversas entre o coordenador da força-tarefa da Lava-Jato, Deltan Dallagnol, e o então juiz e hoje ministro da Justiça, Sérgio Moro, o conteúdo e a interceptação das mensagens trocadas serão investigados. O Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) instaurou reclamação disciplinar contra Dallagnol, e a Polícia Federal vai apurar, no mesmo inquérito que tenta identificar os invasores do celular de Moro, como foram obtidas as mensagens publicadas no domingo pelo site The Intercept. Este é, também, o destaque das edições de hoje da Folha de S. Paulo e do Correio Braziliense.