O Valor Econômico informa que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) deu início a um processo competitivo para a venda de sua participação na geradora de energia AES Tietê. O negócio foi engatilhado pelo interesse da americana AES Corp. em comprar essa participação – o que fez com que o banco público optasse pelo formato de leilão.
De acordo com a reportagem, o Valor apurou que a AES contratou os bancos Credit Suisse e Goldman Sachs como seus assessores nessa negociação. A participação, detida por meio da BNDESPar, é de 28,41%, correspondente a R$ 1,6 bilhão. Do lado do BNDES, o assessor financeiro é a BR Partners.
O jornal explica que a AES já tem 61,61% das ações ordinárias, mas apenas 24,35% do capital total da Tietê. Comprar a parte do BNDES é uma estratégia de defesa contra novas tentativas de aquisição e fusão (M&A) da Tietê por parte de empresas concorrentes. Procurada pela reportagem, a AES Corp. informou que não iria comentar. Questionado sobre a negociação com a AES, o BNDES não deu retorno.
Paulo Guedes quer quatro privatizações este ano. Correios e Eletrobras estão na lista
O ministro da Economia, Paulo Guedes, mudou seus planos e decidiu que irá trabalhar para fazer quatro grandes privatizações este ano. A decisão foi tomada na última reunião do Conselho do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), na semana passada, informa o jornal O Globo.
A intenção dele é privatizar a Petrobras, os Correios, o Porto de Santos e a Pré-Sal Petróleo S.A., além de abrir o capital (por meio de uma oferta pública de ações) da Caixa Seguridade. Como já foi explicado diversas vezes, parte dessas privatizações, como a da Eletrobras, precisa passar pelo Congresso Nacional, e há dúvidas sobre o apoio dos parlamentares à venda das estatais.
A reportagem explica que as privatizações que Guedes quer fazer estavam previstas para os próximos anos. O ministro, porém, mudou de ideia diante da necessidade de fazer caixa este ano e devido à visão de que é necessário aumentar investimentos privados para ajudar na retomada da economia.
Mercado livre é opção para PCHs da Coogerva, no RS
O mercado livre de energia elétrica é visto pela Cooperativa de Geração de Energia Rio da Várzea (Coogerva) como uma alternativa para tirar do papel duas pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) que pretende construir no Rio Grande do Sul.
Segundo informação do Jornal do Comércio (RS), os projetos chegaram a ser bem-sucedidos em um leilão de energia promovido pelo governo federal em 2013 para comercializar suas gerações no ambiente de contratação regulada, porém problemas com o processo de licenciamento ambiental impediram que as usinas fornecessem a energia a partir de 2018, como estava previsto inicialmente.
PANORAMA DA MÍDIA
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES) vai disponibilizar até R$ 2 bilhões para empresas de grande porte atuarem como “âncoras” e fornecerem capital de giro a seus fornecedores e clientes. A informação foi dada ao Valor Pro, serviço de informações em tempo real do Valor Econômico, pelo assessor especial do Ministério da Economia, Guilherme Afif Domingos.
“É uma iniciativa de tempos de guerra que vai gerar frutos em tempos de paz”, disse. A linha de crédito será operada diretamente pelo BNDES, que emprestará até R$ 200 milhões por empresa. O prazo de carência será de até 24 meses, com pagamento em até 60 meses. O custo será a taxa Selic mais 0,1% ao mês, acrescido de uma taxa de risco que variará entre 1,4% e 1,6% ao ano. A garantia será dada pela empresa âncora que, se for o caso, poderá pedir garantia suplementar à companhia para a qual repassará os recursos. A empresa tomadora também terá que se comprometer a repassar os recursos nas mesmas condições.
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O principal destaque da edição de hoje (17/06) do jornal O Estado de S. Paulo é o novo marco regulatório do setor de saneamento básico do país, que está prestes a ser votado no Senado e é visto como fator que pode impulsionar novos investimentos e ajudar na retomada econômica no pós-pandemia.
De acordo com a reportagem, a expectativa é de que o relatório do projeto de lei seja apresentado e votado, sem mudanças no texto, na próxima semana, depois de mais de dois anos de discussões sobre as mudanças. Considerado o setor mais atrasado da infraestrutura, o saneamento precisa de algo em torno de R$ 500 bilhões para universalizar os serviços de água e esgoto, segundo a Associação Brasileira de Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib).
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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou a quebra de sigilo bancário de 11 parlamentares bolsonaristas para apurar se eles atuaram no financiamento de atos antidemocráticos, que pedem o fechamento da Corte e do Congresso Nacional. Ele ordenou também que redes sociais forneçam relatórios sobre pagamentos efetuados a canais de internet de apoiadores do governo que fazem apologia a esses atos. (O Globo)
O pedido de investigação foi feito pelo procurador-geral da República, Augusto Aras. A solicitação de quebra de sigilo foi feita pela PGR e autorizada no dia 27 de maio por Alexandre de Moraes. No despacho de maio, o ministro do STF autorizou a Polícia Federal a cumprir, na manhã desta terça-feira, mandados de busca e apreensão. No total foram cumpridos 21 mandados de busca e apreensão nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Maranhão e Santa Catarina e no Distrito Federal. (Folha de S. Paulo)