Reportagem publicada hoje (31/07) pelo jornal O Estado de S. Paulo informa que setores de energia e bancos, além de gigantes como Petrobras e Vale, estão no ‘top 10′ de remuneração a acionistas no país; proventos têm a vantagem de ser isentos de imposto de renda.
De acordo com a reportagem, a distribuição recorde de dividendos anunciada na última quinta-feira (28/07), pela Petrobras, é apenas a “ponta do iceberg” no que se refere à possibilidade de o investidor ser remunerado por manter papéis de grandes companhias em sua carteira de ações. Além da estatal, que costuma liderar com folga as cifras, a mineradora Vale, o Banco do Brasil e o Santander, além de empresas industriais, costumam ser boas pagadoras de dividendos.
No ‘top 10’ da distribuição de dividendos até junho, considerado o comportamento do Ibovespa no acumulado do ano, cinco empresas operam acima da média do mercado – BB, BB Seguridade, Petrobras, Santander e CPFL.
Conselheira da Petrobras considera ‘indefensável’ a estatal pagar R$ 87,8 bilhões em dividendos
A representante dos empregados da Petrobras no conselho de administração da companhia, Rosangela Buzanelli, classificou como “indefensável” o volume aprovado pelo colegiado a ser pago como dividendos, informa o jornal O Globo. Ao todo, a estatal vai distribuir R$ 87,8 bilhões a seus acionistas referentes aos resultados financeiros recordes do segundo trimestre. Do total, R$ 32,1 bilhões ficarão com a União.
A conselheira votou contra o pagamento recorde. Em sua página na internet, contudo, explicou que não é contrária à distribuição de dividendos, mas não está de acordo com o volume aprovado pelo colegiado no último dia 28. “Uma quantia que ultrapassou em muito o lucro líquido da companhia, enquanto os níveis de investimento previstos nos planos quinquenais da Petrobras estão nos menores patamares desde 2007, se comparados em real. Se convertermos em dólar, são os menores desde 2004”, afirmou.
Cuba reconhece crise de energia e anuncia cortes em Havana em meio a protestos
A capital cubana começará a ter cortes de eletricidade em agosto, cancelou o Carnaval, decretou férias coletivas em estatais e prevê novas medidas em meio ao agravamento de uma crise energética no país, conforme anunciou ontem (30/07) a mídia estatal.
Havana, que abriga um quinto da população de 11,2 milhões de habitantes do país, até agora vinha sendo poupada dos cortes diários na energia elétrica, de ao menos quatro horas, que o resto da ilha sofre há meses. A escassez tem provocado manifestações pontuais. (Folha de S. Paulo – com informações das agências France Press e Reuters)
PANORAMA DA MÍDIA
O jornal O Estado de S. Paulo destaca que, na campanha eleitoral, a privatização de empresas estatais deve ser, mais uma vez, um dos principais temas do debate entre os candidatos à Presidência. De acordo com a reportagem, levantamento atualizado até junho mostra que a União detém, direta ou indiretamente, o controle de 131 empresas e participações minoritárias em outras 298.
*****
Brasileiro já antecipa até 40% do salário para pagar dívida, diz a manchete de hoje (31/07) do jornal O Globo. A combinação de orçamento apertado, multiplicação de boletos e inflação de dois dígitos levou o brasileiro a recorrer ao salário do mês seguinte para pagar a dívida de hoje. Ganha espaço entre as empresas a procura pelo serviço de antecipação de parte do salário para fazer frente a despesas emergenciais, gastos do mês, como comida ou escola dos filhos, ou para quitar dívidas com custo maior, como as de bancos e cartões de crédito.
*****
O principal destaque da edição deste domingo (31/07) da Folha de S. Paulo é o resultado de pesquisa do Instituto Datafolha indicando que a campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL) contra as urnas eletrônicas é vista com preocupação pela maioria dos brasileiros, que acreditam que as ameaças têm de ser levadas a sério pelas instituições. Ao mesmo tempo, o mesmo contingente não vê o presidente dando um golpe. A pesquisa foi realizada nas últimas quarta (27/07) e quinta-feira (28/08), com uma margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou menos.