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ANA limita geração de usinas para poupar água – Edição da Manhã

Em entrevista ao Valor Econômico, o diretor interino da Agência Nacional de Águas (ANA), Joaquim Gondim Filho, falou sobre a necessidade de o setor elétrico manter parte das ações emergenciais para garantir a recuperação do nível de armazenamento de sete reservatórios estratégicos no período chuvoso, entre dezembro deste ano e abril do ano que vem.

A estratégia foi definida pela agência, que tomou sua primeira decisão nesse sentido ao aprovar um plano de contingência para encher reservatórios. “Num primeiro momento, abrimos a possibilidade de usar mais água para gerar mais energia. Agora, nós vamos restringir um pouco para garantir a segurança hídrica nos próximos anos”, afirmou Joaquim Gondim Filho.

“A ANA, como guardiã dos usos múltiplos das águas, tem que garantir essa segurança e, eventualmente, estabelecer alguma restrição”, completou. Em seu plano de contingência, a agência faz referência à necessidade de controle maior da vazão média de água nas sete usinas com reservatórios de regularização. São barragens capazes de armazenar grande volume de água e alimentar outras represas que também geram energia no curso do rio mais à frente.

Pagamento pela floresta em pé existe – e pode gerar R$ 30 bilhões

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Enquanto as delegações internacionais se sentam à mesa para tentar destravar as negociações sobre a regulação do mercado de crédito de carbono na COP26, a Cúpula do Clima, em outro dos pavilhões do evento será discutido um modelo alternativo de crédito, conforme explica reportagem do jornal O Estado de S. Paulo.

Desenvolvido no Brasil, esse modelo permite manter florestas em pé e será apresentado em Glasgow a convite da Organização das Nações Unidas (ONU). A Unidade de Crédito de Sustentabilidade (UCS), desenvolvida pela empresa Brasil Mata Viva, criada em 2007, pode ser comercializada entre produtores certificados por manter a floresta, empresas e pessoas físicas interessadas em reduzir ou neutralizar o impacto ambiental que geram.

É um dos produtos ambientais do mercado que recentemente ganhou novo impulso, com potencial estimado em R$ 30 bilhões nos próximos quatro anos, segundo a equipe econômica do governo federal.

Ainda de acordo com a reportagem, a novidade veio da aprovação do CPR Verde, a Cédula de Produto Rural (CPR) Verde, há um mês, regulamentada em decreto. Trata-se de um título financeiro que permite ao produtor rural receber para preservar as áreas de floresta em sua propriedade, ou pagamento por serviço ambiental. A UCS, que já tem mais de 200 produtores rurais cadastrados e aptos a negociar, se alinha como um título desse mercado.

Urgência gera boom de investimentos climáticos

O Valor Econômico informa que muito dinheiro, num ritmo sem precedentes, vem sendo aplicado em tecnologias de combate às mudanças climáticas à medida que a luta para cortar as emissões estimula uma nova onda de inovações. Com governos e empresas se alinhando aos compromissos para zerar as emissões – frequentemente sem um caminho claro para alcançar isso –, a demanda por novas soluções que os ajudem a chegar é crescente. Isso tem alimentado um boom de investimentos, ressalta a reportagem.

Mesmo com o mundo lutando com as consequências da covid-19, houve um recorde de US$ 17 bilhões de capital de risco injetado no chamado espaço “climate tech” (tecnologia climática) em 2020, segundo dados da BloombergNEF, um grupo de pesquisas. Isso é o triplo da soma gasta quatro anos antes.

BlackRock capta para fundo climático

O Valor Econômico informa que a gestora BlackRock levantou US$ 673 milhões para o fundo “Climate Finance Partnership” (CFP). A iniciativa público-privada, criada para financiar a infraestrutura climática em países emergentes, tem como objetivo acelerar a transição global para uma economia zero em carbono, sem deixar pelo caminho países em desenvolvimento.

O consórcio mundial reuniu 22 investidores, entre governos, entidades filantrópicas e institucionais. A demanda superou a meta de captar inicialmente US$ 500 milhões. Segundo estimativas do BlackRock Investment Institute, o planeta precisa de US$ 1 trilhão por ano em projetos de baixo carbono para atingir a meta global de emissão zero que se pretende.

“Isso ocorre porque os mercados emergentes respondem por uma parcela cada vez maior das emissões globais, em razão de crescimento populacional e do desenvolvimento econômico”, escreve a empresa de investimentos em nota. Os cálculos da casa apontam que apenas US$ 150 milhões, no entanto, ou um sexto do necessário, foram investidos em descarbonização nos mercados emergentes em 2020 – excluindo-se a China. Do total captado, US$ 130 milhões vieram dos governos da França (Agência Francesa de Desenvolvimento), Alemanha (KfW Development Bank) e do Japão (Banco Japonês para a Cooperação Internacional), juntamente com o Grantham Environmental Trust, a Quadrivium Foundation, além de outra fundação privada e da TotalEnergies.

CNI vê perda de R$ 14,2 bilhões com crise hídrica

O jornal O Estado de S. Paulo informa que os efeitos das medidas emergenciais para garantir o fornecimento de energia elétrica e evitar apagões neste momento de crise hidrológica vão se prolongar para o próximo ano, quando o presidente Jair Bolsonaro deve tentar a reeleição. De acordo com estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI), a alta no custo da energia resultará em uma queda de R$ 14,2 bilhões (a preços de 2020) no Produto Interno Bruto (PIB) no próximo ano, em comparação com o que ocorreria sem a crise energética no país. Isso vai representar um efeito de -0,19%. Para este ano, a projeção é de uma queda de R$ 8,2 bilhões.

A reportagem cita como exemplos de medidas tomadas para garantir o suprimento de eletricidade o acionamento emergencial de usinas térmicas e a importação de energia da Argentina e Uruguai. As ações, no entanto, levaram a sucessivos aumentos nas contas de luz, engolindo parte da renda disponível das famílias para a compra de produtos e bens. De acordo com estudo da CNI, essa redução na demanda vai causar um efeito em toda a cadeia até a ponta da indústria. Também há impacto no custo de empresas que fabricam bens industriais, já que muitos desses setores fazem uso intensivo de energia elétrica.

PANORAMA DA MÍDIA

Ao falar em “licença” para gastar além do teto de gastos, o que aumentou muito a desconfiança dos agentes do mercado com a política fiscal do governo, o Ministério da Economia também elevou o custo para o próprio financiamento do Brasil, manejado pelo Tesouro. O aumento do temor fiscal elevou o “prêmio” pedido pelo mercado para comprar títulos brasileiros e deve contribuir para esticar o movimento de alta dos juros. (Valor Econômico)

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O jornal O Globo informa que foi através de um tuíte do Itamaraty em português e em inglês que a comunidade internacional — e boa parte do governo brasileiro — soube que o Brasil iria aderir à iniciativa de cortar emissões de carbono liderada pelos Estados Unidos com apoio da União Europeia (UE). O governo brasileiro era contrário e cedeu à pressão dos EUA. “Como parte das negociações da COP-26 o Brasil irá aderir ao Compromisso Global do Metano. O Brasil é parte da solução dos desafios da mudança do clima”, diz o texto, publicado na segunda-feira (1º/11).

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Após o próprio presidente Jair Bolsonaro acenar com o “plano B” da prorrogação do auxílio emergencial, lideranças governistas tentam manter vivo o “plano A” para tirar do papel o Auxílio Brasil, sucessor turbinado do Bolsa Família. Nas últimas horas do feriado, as negociações se intensificaram em busca de um acordo com a oposição para votar nesta quarta-feira (03/11) o texto da PEC dos Precatórios, que abre espaço de R$ 91,6 bilhões no Orçamento de 2022, dos quais R$ 83,6 bilhões “livres” para serem destinados à ampliação do programa social e outras demandas, como o auxílio diesel a caminhoneiros e emendas parlamentares. Mas, no Congresso, vem ganhando força a ideia de prorrogação do auxílio emergencial, cuja última parcela foi paga no domingo. (O Estado de S. Paulo)

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A votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos precatórios, que autoriza o governo a gastar mais em ano eleitoral e viabiliza o programa social Auxílio Brasil, se tornou motivo para uma queda de braço entre a Câmara e o Palácio do Planalto em relação à verba para emendas parlamentares. Enquanto deputados da base e de partidos independentes pedem a liberação de mais recursos para votarem a favor da proposta, aliados do presidente Jair Bolsonaro passaram a ameaçar cortar até mesmo as emendas impositivas – aquelas que obrigatoriamente precisam ser pagas pelo governo – de quem não apoiar a PEC, que deve voltar à pauta da Câmara nesta quarta-feira (03/11). (Folha de S. Paulo).

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