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Aneel aciona bandeira tarifária vermelha patamar 2 para junho – Edição da Manhã

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) acionou a bandeira tarifária vermelha, patamar 2, para junho, com custo de R$ 6,243 para cada 100 kWh consumidos. É o patamar mais elevado – e mais caro – do sistema de bandeiras tarifárias.

Maio foi o primeiro mês da estação seca nas principais bacias hidrográficas do Sistema Interligado Nacional (SIN), registrando condições hidrológicas desfavoráveis. Junho inicia-se com os principais reservatórios do SIN em níveis mais baixos para essa época do ano, o que aponta para um horizonte com reduzida geração hidrelétrica e aumento da produção termelétrica.

A Aneel informa que essa conjuntura pressiona os custos relacionados ao risco hidrológico (GSF) e o preço da energia no mercado de curto de prazo (PLD), levando à necessidade de acionamento do patamar 2 da bandeira vermelha. O PLD e o GSF são as duas variáveis que determinam a cor da bandeira a ser acionada.

Governo acionará térmicas sem contrato para evitar racionamento de energia

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A Folha de S. Paulo informa que o Ministério de Minas e Energia deverá publicar nos próximos dias uma portaria que permitirá a contratação das chamadas térmicas “merchants”, em mais um esforço para tentar evitar um racionamento de energia diante da grave crise hídrica sobre os reservatórios das hidrelétricas das regiões Sudeste e Centro-Oeste.

A reportagem explica que essas usinas vendiam energia exclusivamente no mercado de curto prazo e algumas delas estão hoje sem contrato e com operações paralisadas. A ideia é integrá-las ao sistema elétrico, ampliando a capacidade de geração térmica para poupar água nas barragens. Com a portaria, o governo pretende oferecer melhores condições de remuneração para essas usinas, segundo a secretária-executiva do ministério, Marisete Pereira. Pela nova regra, as termelétricas poderão ser acionadas sempre que o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) achar necessário. Anteriormente, a autorização era caso a caso.

Senado terá de decidir se MP de privatização da Eletrobras vai manter térmicas que deixam conta de luz mais cara

A contratação obrigatória de térmicas incluída pela Câmara dos Deputados na medida provisória (MP) que abre caminho para a privatização da Eletrobras gerou um embate entre empresas do setor de energia e as distribuidoras de gás canalizado e deve virar alvo de uma batalha no Senado, segundo avaliação da Folha de S. Paulo.

A contratação das térmicas foi incluída na MP pelo relator do projeto na Câmara, deputado Elmar Nascimento (DEM-BA). O texto aprovado prevê a compra de 6.000 MW (megawatts) de usinas que devem ser instaladas nas regiões Nordeste, Norte e Centro-Oeste. Atualmente, a compra de energia pelas distribuidoras de eletricidade se dá por meio de leilões do governo em que as diversas fontes de geração disputam os contratos. Ganham os projetos que apresentarem a menor tarifa, independentemente do local onde serão instalados.

Petrobras Bolívia é condenada a pagar US$ 61,1 milhões em indenização

A Petrobras informa que sua subsidiária integral Petrobras Bolivia S.A. (PEB) foi condenada em primeira instância a pagar indenização pelo uso de propriedade onde estão localizadas as instalações do campo de San Alberto. O valor da indenização é de US$ 61,1 milhões, acrescida de juros e custas. A sentença também impôs medidas cautelares contra a PEB.

De acordo com comunicado divulgado pela Agência Petrobras, na decisão judicial, um suposto proprietário da área ocupada pelo bloco San Alberto foi contemplado com uma indenização por uso da propriedade, calculada a partir de 1996, quando as operações do bloco foram iniciadas. Entretanto, desde o início das atividades no bloco San Alberto, a PEB celebrou acordos de servidão com diversas comunidades camponesas que, segundo levantamento feito à época com o Instituto Nacional de Reforma Agrária da Bolívia (INRA), eram as legítimas proprietárias dessas terras.

O bloco San Alberto é operado pela PEB com 35% de participação, em parceria com a YPFB Andina S.A. (50%) e Total E&P Sucursal Bolivia (15%). A PEB recorreu à instância superior, o Tribunal Agroambiental da cidade de Sucre, onde o caso é atualmente avaliado.

Bolsonaro diz que Petrobras estuda medida para dar previsibilidade a preço de combustível

O presidente Jair Bolsonaro afirmou ontem (28/05) que a Petrobras está realizando estudos para que exista “previsibilidade no aumento” dos preços dos combustíveis. Bolsonaro argumentou que a medida não é uma ingerência sobre a companhia, mas em seguida criticou a atual política de preços e, ao comentar a demissão do ex-presidente da estatal, Roberto Castello Branco, arrematou: “É para interferir mesmo, eu não sou o presidente?” Bolsonaro fez as declarações em conversa com apoiadores em frente ao Palácio da Alvorada, em Brasília. (Folha de S. Paulo)

Grupo francês Qair estuda fábrica de R$ 20 bilhões para produção de hidrogênio ‘verde’ em Pernambuco

Com operação em 16 países, o grupo Qair, da França, iniciou estudos de viabilidade técnica e econômica para implementar uma unidade de produção de hidrogênio ‘verde’ (H2V) no Porto de Suape, em Pernambuco. O Valor Econômico informa que o investimento poderá chegar a US$ 3,8 bilhões, ou cerca de R$ 20 bilhões.

O grupo francês, que deve ser o próprio investidor e operador da unidade, atua no Brasil desde 2018, em diferentes Estados da região Nordeste. Em pouco mais de três anos, o grupo já investiu R$ 2,7 bilhões no país, tem 210 MW em operação comercial e outros 382,4 MW em construção de energia eólica e solar. Em paralelo aos estudos em Pernambuco, o Qair também avalia a implementação de outra fábrica, de porte semelhante à pernambucana, no Ceará. Os projetos não são excludentes e a ideia é seguir adiante com ambos, disse ao Valor, Gustavo Rodrigues da Silva, diretor de operações da Qair Brasil.

PANORAMA DA MÍDIA

Com reservatórios em crise, setor elétrico faz pente-fino em térmicas para evitar racionamento. A notícia é o principal destaque da edição deste sábado na mídia.

O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) decidiu fazer uma varredura em cada usina térmica instalada e em operação, para saber exatamente com o que poderá contar, a fim de afastar riscos de apagão e racionamento de energia. Na última segunda-feira (24/05), a diretoria do ONS, que é o órgão responsável por fazer a gestão diária do abastecimento elétrico nacional, disparou um documento a 40 empresas do setor elétrico que possuem usinas térmicas movidas a gás, óleo diesel, biomassa e carvão. Na lista estão empresas como Petrobras, Engie e Neoenergia, além das estatais do grupo Eletrobras.

No documento, o ONS pede que, até a próxima segunda-feira (31/05), cada empresa informe quais são as usinas térmicas que possui, com detalhamento semanal ou diário de seus cronogramas de manutenção e operação previstos até dezembro de 2021. (O Estado de S. Paulo)

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No mercado, a avaliação é que o país ainda não está à beira de um racionamento, mas o fornecimento de energia pode ser um gargalo se o país retomar o crescimento de forma acelerada. A principal preocupação, neste momento, é com a capacidade de atendimento nos horários de pico, quando o consumo é maior.

No inverno, esse pico costuma ocorrer no início da noite, quando há mais aparelhos de TV e chuveiros ligados, por exemplo.

No verão, há também um pico no início da tarde, pelo elevado consumo de aparelhos de ar condicionado. Representantes das distribuidoras consideram que a situação é grave o bastante para que o governo implante medidas de deslocamento do consumo de energia nesses horários. (Folha de S. Paulo)

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A perspectiva de restrição ao uso de água para irrigação preocupa o setor agrícola e desagrada a bancada ruralista. A proposta seria uma forma de garantir água suficiente para gerar energia durante o período seco no segundo semestre. Para representantes do setor, a iniciativa vai afetar produtos como milho e, por consequência, a ração animal e as carnes. A medida teria impacto nos preços, pressionando ainda mais a inflação. Parlamentares ligados ao agronegócio dizem que o setor não pode pagar pela falta de planejamento do governo. (O Globo)