A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) analisa quatro processos que podem resultar em aumentos expressivos na conta de luz de quatro estados da região Norte. De acordo com informação do portal Poder 360, o maior índice é do Amapá, com reajuste médio de 44,4%, que está em fase de consulta pública. Também estão nesse processo revisões de distribuidoras no Piauí, Rondônia e Acre.
Em audiência pública na Comissão de Infraestrutura do Senado, realizada ontem (5/10), o diretor-geral da agência, Sandoval Feitosa, afirmou que a região Norte tem os maiores custos de distribuição de energia do Brasil, o que justifica esses aumentos.
Os reajustes médios em análise são: 20,6% para a Equatorial Piauí, 16,1% para a Energisa Rondônia, 22% para Energisa Acre e 44,4% Equatorial Amapá. Os índices ainda são preliminares e podem sofrer alterações depois da fase de audiência pública, quando o processo é votado pela diretoria da Aneel.
Segundo Sandoval Feitosa, a baixa densidade demográfica na região é um desafio, visto que é preciso fazer grandes investimentos para a rede de distribuição alcançar os moradores, o que faz esse custo ser maior. Também explicou que o consumo de energia na região é inferior às demais.
Aneel alerta para ajuste regulatório rápido para garantia de operação de térmicas no Acre e Rondônia
O diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Sandoval Feitosa, explicou ontem (5/10), em audiência pública na Comissão de Infraestrutura do Senado, que serão necessários ajustes regulatórios rápidos para que as termelétricas a serem contratadas para garantir o atendimento no Acre e Rondônia entrem em operação.
Diante da seca na região Norte, o governo decidiu na quarta-feira (4/10, acionar as termelétricas Termonorte I e Termonorte II. De acordo com o governo, caberá à agência reguladora e ao Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) adotarem as medidas necessárias para retomada da disponibilidade dessas usinas. Feitosa disse que não é possível precisar o prazo para que isso seja feito, mas que deverá ser “o mais rápido possível”.
“Essas térmicas já estavam descontratadas, então tem que fazer o aparato regulatório rápido, nada diferente do que já fizemos em outros momentos: contratos temporários para conexão, cálculo do custo da usina, ressarcimento pelo combustível. Ou seja, são coisas que a Aneel e o ONS, de forma muito rápida, irão processar, atendendo o comando definido pelo Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico”, afirmou o diretor-geral da Aneel. (IstoÉ)
Acionar térmicas para garantir energia no Norte terá custos para todos os consumidores, diz Aneel
O diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Sandoval Feitosa, afirmou ontem (5/10), que o acionamento de usinas termelétricas para garantir o fornecimento de energia no Acre e em Rondônia terá um custo para todos os consumidores. Contudo, ainda não é possível precisar qual será o impacto nas tarifas.
Os custos para acionamento dessas usinas serão pagos via Encargos de Serviços do Sistema (ESS), que serve para manutenção da confiabilidade e da estabilidade do sistema elétrico nacional. Essa conta será rateada entre os consumidores atendidos pelas distribuidoras, como os residenciais, e pelos que operam no chamado mercado livre.
“Quando decide acionar térmicas que não estavam previstas, têm um custo”, afirmou Feitosa após participar de audiência pública na Comissão de Infraestrutura do Senado. “O Ministério de Minas e Energia, o ministro (Alexandre Silveira) e toda a governança do setor elétrico agiram de forma correta ao assegurar condições de atendimento para essas regiões.” (O Estado de S. Paulo)
Preços no mercado livre de energia operam próximos à estabilidade, apesar de a seca paralisar a usina de Santo Antônio
Reportagem publicada pelo portal InfoMoney destaca que a paralisação nesta semana da Usina Hidrelétrica de Santo Antônio, localizada em Rondônia e atendida pelo rio Madeira, não refletiu diretamente nos preços praticados no mercado livre de energia.
Desde segunda-feira (2/10), quando a parada foi oficializada em função da seca na região, o Preço de Liquidação das Diferenças (PLD), medido pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), que é a referência de preço à vista (“spot”) no mercado, tem oscilado próximo às mínimas do ano, na casa de R$ 69,04 por Megawatt-hora (MWh), bem longe do pico de R$ 765,11/MWh observados durante a crise hídrica de 2021.
Um dos motivos é que existe um cenário de sobreoferta de energia no país. Outro aspecto que explica esse quadro é o atual nível de ociosidade nas indústrias, em torno de 21,5%, que são grandes consumidoras de energia elétrica. Ao mesmo tempo, há o avanço na produção de energia solar e eólica e a popularização da geração distribuída, em que os clientes instalam placas solares nas residências. Outro ponto que não pode ser descartado é que, sazonalmente neste semestre, a produção das hidrelétricas do Norte é menor.
Fabricantes do setor eólico enfrentam cenários distintos no Brasil e no mundo
Reportagem do Valor Econômico indica que as cadeias produtivas do setor eólico parecem estar enfrentando menos pressão, à medida que os custos diminuíram e a inflação dá lugar a um contexto mais estável.
No entanto, novos desafios surgem, destaca a repiortagem. Há alta demanda global por equipamentos e preocupações sobre o possível aumento dos preços das commodities. Já no mercado doméstico, a preocupação reside no baixo número de novos contratos e nas taxas de juros ainda consideravelmente elevadas.
É consenso entre as empresas fabricantes do setor que o Brasil necessita de uma política industrial verde a fim de evitar ciclos de encomendas. Elbia Gannoum, presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica), destaca que a incerteza que afeta o setor no Brasil está relacionada à demanda, uma vez que o momento de preços baixos de energia (conhecidos como PLD, na sigla do setor) torna difícil a rentabilização dos investimentos e, em alguns casos, o custo marginal impede a expansão do setor.
Petrobras é condenada em R$ 6,5 bilhões no ‘voto de qualidade’
A Petrobras foi derrotada ontem, na Câmara Superior do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), última instância do órgão, em uma discussão de R$ 6,5 bilhões. O julgamento foi decidido por voto de qualidade – terminou em empate e o presidente da turma, representante do Fisco, deu a palavra final. O caso é sobre a tributação de empresas controladas e coligadas no exterior. No Carf e na Justiça, a estatal discute R$ 21 bilhões sobre esse tema. Sete processos de outras companhias, sobre o mesmo assunto, foram decididos nesta semana com o mesmo desfecho. (Valor Econômico)
PANORAMA DA MÍDIA
O assassinato de três médicos, ontem (5/10), no Rio de Janeiro, é destaque na mídia nesta sexta-feira (6/10).
Três médicos foram assassinados na madrugada desta quinta-feira (5/10) em um quiosque de praia na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro. Um quarto médico ficou ferido e foi levado para o Hospital Municipal Lourenço Jorge, no mesmo bairro. Dois dos mortos eram de São Paulo, e o terceiro, da Bahia. As vítimas eram Marcos de Andrade Corsato, 62, Diego Ralf de Souza Bomfim, 35, e Perseu Ribeiro Almeida, 33. Eles eram ortopedistas e estavam na cidade para participar de um congresso internacional de cirurgia. (Folha de S. Paulo)
A principal linha de investigação da Polícia Civil para a morte dos médicos é que eles tenham sido assassinados por engano, devido à semelhança física entre o médico Perseu Ribeiro de Almeida, de 33 anos, uma das vítimas, e o miliciano Taillon de Alcântara Pereira Barbosa, de 26. (O Globo)
O assassinato dos médicos amplia a crise vivida pelo estado em relação aos problemas de segurança pública no território fluminense. Ocorrências criminais recentes envolvendo grupos vinculados ao crime organizado, milícias e agentes de segurança do Estado dão o tom de crescimento da violência letal na região. (O Estado de S. Paulo)
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Valor Econômico: A combinação de juros altos, incertezas ainda existentes no cenário econômico e produção fraca na indústria de transformação tem afetado o setor de máquinas e equipamentos, que passa por um quadro negativo. É um sinal preocupante para o investimento, o único componente do PIB pelo lado da demanda que recuou no segundo semestre em relação ao mesmo período do ano passado, caindo 2,6%.