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Aneel aprova acordo de venda da Amazonas Energia para a Âmbar, do J&F – Edição do dia

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Sede da Amazonas Energia (Divulgação)
Sede da Amazonas Energia (Divulgação)

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou ontem (4/9) os termos do acordo com a Âmbar Energia, do grupo J&F – dos irmãos Wesley e Joesley Batista – para a compra da Amazonas Energia, disseram fontes à Agência Infra.

De acordo com a reportagem, a nova diretoria da agência decidiu, em reunião administrativa, dar o aval para que a Âmbar assuma a distribuidora com flexibilizações regulatórias por mais 14 anos, não mais por 15 anos, como proposto anteriormente.

Esse período será dividido em três ciclos tarifários: o primeiro, com 100% de flexibilização; o segundo, com as flexibilizações divididas com os consumidores; e o terceiro, sendo a empresa obrigada a cumprir uma trajetória a ser definida. O custo total repassado aos consumidores dependerá do desempenho da distribuidora. 

O processo de compra da Amazonas pela Âmbar teve início em 2024, com a edição da Medida Provisória 1.232, mas a transferência do controle da empresa não foi validada pela Aneel na vigência da medida provisória (MP), que caducou em 11 de outubro do ano passado.  Agora, os documentos serão enviados à Advocacia Geral da União (AGU), que tratará do acordo no âmbito judicial.

Cabos submarinos e energia limpa transformam Ceará em polo de data centers

Um lote a uma quadra da praia do Futuro, na capital cearense, deixará de receber grandes resorts como acontece nos quarteirões vizinhos. Lá será inaugurado, em outubro, o terceiro data center da Tecto, uma empresa de infraestrutura digital do grupo BTG, destaca reportagem da Folha de S. Paulo.

A obra é parte de uma tendência maior que levou o estado do Ceará ao posto de terceiro maior polo de data centers do país —em breve deverá ultrapassar o Rio, quando estiver pronto um complexo da Casa dos Ventos para receber máquinas do TikTok. Ficará então atrás somente de São Paulo.

De acordo com a reportagem, em 2024, Fortaleza tinha 20 MW de capacidade instalada, e a Tecto irá adicionar mais 10 MW com a unidade batizada de Mega Lobster, com possibilidade de expansão para 20 MW, em uma obra de R$ 550 milhões. O tamanho do data center é aferido por quanta energia elétrica ele consegue oferecer aos servidores que lá operam.

Em Caucaia, na região metropolitana da capital cearense, o empreendimento da Casa dos Ventos terá, em uma primeira fase, 300 MW, o que deve aumentar a capacidade de processamento de dados do país em 30%. Nesse caso, a construção deve envolver R$ 12 bilhões em investimentos — R$ 38 bilhões ainda serão gastos pelos clientes da Casa dos Ventos para importar computadores do exterior.

O estado é estratégico para a infraestrutura por três razões, diz o presidente da Etice (Empresa de Tecnologia da Informação do Ceará). Está próximo de Estados Unidos, Europa e África, tem uma posição privilegiada por 16 cabos submarinos, e oferece lotes a preços baixos, em comparação aos valores praticados em São Paulo e Rio de Janeiro.

Brasil pode alterar importação de energia venezuelana

O Valor Econômico informa que, com a futura conexão de Roraima ao Sistema Interligado Nacional (SIN), por meio da linha de transmissão prevista para os próximos meses entre as cidades de Manaus e Boa Vista, o governo deve reavaliar e interromper a importação de energia elétrica da Venezuela nos moldes atuais.

Atualmente, a energia fornecida pelo país vizinho complementa o abastecimento do Estado, o único do país ainda isolado da rede elétrica nacional, em conjunto com a geração de usinas termelétricas movidas a óleo diesel e gás natural. Mas, segundo o Ministério de Minas e Energia (MME), a regra em vigor, que permite custear partes da importação da energia elétrica por meio da Conta de Consumo de Combustíveis (CCC), vale apenas para sistemas isolados – localidades sem conexão com o sistema elétrico nacional.

Ou seja, com a interligação que ocorrerá, não será mais possível continuar seguindo as regras atuais. Para que novas importações ocorram, um novo modelo precisará ser discutido, explica a reportagem.

Com saída da Oxxo, Raízen mostra que simplificação dos negócios é para valer

De acordo com análise publicada hoje (5/9) pelo Valor Econômico, o encerramento da joint venture entre Raízen e Femsa Comercio, no grupo Nós, cujo guarda-chuva abriga entre outros ativos a rede Oxxo, não é surpreendente. Pelo contrário: é mais uma demonstração de que o foco da companhia está sendo ajustado para ativos rentáveis e considerados essenciais.

A mensagem é que a simplificação dos negócios — ou “otimização de portfólio” — da distribuidora de combustíveis e produtora de açúcar e álcool, que luta para reduzir um endividamento elevado, é “para valer”.

Ao contrário de outras operações anunciadas nos últimos meses, como a venda de usinas sucroalcooleiras e de geração distribuída, o fim da parceria com a mexicana Femsa não resultará em ingresso de recursos na Raízen. Mas vai retirar de seu balanço as dívidas da parceria, além de uma operação que queima caixa e que, para entregar os ganhos inicialmente projetados, seguirá consumindo valores elevados.

Do curtailment à oportunidade: o Brasil precisa de agregadores e usinas virtuais de energia agora

Em coluna publicada no portal da Agência Eixos, Gustavo Ribeiro, CEO da Pontal Energy e da Topen, argumenta que o setor elétrico brasileiro vive hoje uma contradição histórica. De um lado, consolidamos uma das matrizes mais limpas do mundo, com participação majoritária de hidrelétricas, solar e eólica.

De outro, desperdiçamos energia renovável com cortes crescentes da geração centralizada, enquanto recorremos a térmicas caras e poluentes para manter o equilíbrio do sistema. Esse paradoxo eleva o custo da energia, pressiona a Conta de Desenvolvimento Energético e mina a competitividade do país.

Segundo ele, a saída não está em intensificar a disputa entre setores, mas em dar os passos necessários em direção a uma flexibilidade operativa compatível com a atual participação das renováveis no sistema.

PANORAMA DA MÍDIA

As exportações brasileiras para os Estados Unidos caíram 18,5% após tarifaço do presidente Donald Trump. A notícia é destaque, hoje (5/9), nos principais jornais do país.

As exportações para os EUA recuaram 18,5% em agosto, para US$ 2,76 bilhões, no primeiro mês da vigência do tarifaço imposto por Donald Trump aos produtos brasileiros. A queda, segundo o governo brasileiro, pode também refletir em parte a venda antecipada de bens aos americanos em julho, como estratégia para livrar parte dos embarques da tarifa de 50%. (Valor Econômico)

Na comparação entre agosto de 2025 e de 2024, as maiores quedas percentuais nas exportações para os Estados Unidos foram registradas em aeronaves e partes de aeronaves, com retração de 84%, ainda que em termos absolutos a queda tenha sido pequena, de cerca de US$ 5 milhões. Em seguida aparecem os produtos semimanufaturados de ferro e aço, com redução de 23,4%, óleo combustíveis, que recuaram 37%, e o açúcar, com forte queda de 88,4%. O minério de ferro apresentou redução de 100%. Quedas também em máquinas de energia elétrica (45%), carne bovina fresca ou refrigerada (46,2%), motores e máquinas não elétricas (60,9%), celulose (22,7%) e madeira (39,9%). (O Globo – coluna de Míriam Leitão)

De acordo com o diretor de Estatísticas e Estudos de Comércio Exterior do Mdic, Herlon Brandão, os recuos nas vendas para os Estados Unidos atingiram tanto produtos taxados quanto não taxados —neste último caso, a percepção é que provavelmente houve antecipação de embarques em julho, o que reduziu as exportações em agosto. (Folha de S. Paulo)

Apesar da queda nas vendas para os EUA, o resultado da balança comercial brasileira foi positivo. As exportações gerais em agosto cresceram 3,9% e as importações caíram 2%, produzindo um saldo comercial de US$ 6,13 bilhões, com avanço de 35% no mês. O destaque positivo nas exportações ficou com o aumento de 40% nas vendas para a Argentina e de 30% para China, Hong Kong e Macau. (O Estado de S. Paulo)

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E ainda: A decisão do Banco Central de rejeitar o acordo entre o Master e o Banco de Brasília (BRB) deixou poucas opções à instituição controlada por Daniel Vorcaro. Se os bancos não conseguirem reapresentar a operação ao regulador de um modo convincente ou o Master não encontrar outro comprador em poucos dias, analistas avaliam que a tendência é que seja decretada uma intervenção e o Fundo Garantidor de Créditos (FGC) seja chamado a honrar os depósitos. (Valor Econômico)

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