A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou por unanimidade, ontem (26/11), o repasse de mais de R$ 1,3 bilhão da hidrelétrica de Itaipu para reduzir a conta de luz. O chamado “bônus de Itaipu” resulta do saldo positivo da Conta de Comercialização da Energia Elétrica da usina e deve beneficiar mais de 78 milhões de consumidores.
O valor deve ser creditado somente em janeiro de 2025 em forma de desconto nas faturas de 97% das classes residencial e rural do Brasil que tiveram consumo faturado inferior a 350 quilowatt-hora (KWh) em forma de desconto nas tarifas. (Valor Econômico / Aneel)
Brasil entra para grupo dos seis maiores em energia solar, ao atingir marca de 50 GW
O Valor Econômico informa que a energia solar atingiu a marca de 50 gigawatts (GW) de capacidade instalada operacional no Brasil, segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). O balanço considera o acumulado entre a geração própria solar (geração distribuída) via pequenos e médios sistemas instalados em terrenos e telhados (com 33,5 GW) e as grandes usinas solares (com 16,5 GW) espalhadas pelo país.
Com esse novo marco, o Brasil entra para o grupo de apenas seis países no mundo a chegar a ultrapassar 50 GW da fonte solar, juntamente com a China (817 GW), os Estados Unidos (189,7 GW), a Alemanha (94,36 GW), a Índia (92,12 GW) e o Japão (90,4) GW, que lideram, nessa ordem, o ranking global de potência instalada.
Segundo a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), desde 2012, o setor trouxe ao Brasil R$ 229,7 bilhões em novos investimentos e gerou mais de R$ 71 bilhões de arrecadação aos cofres públicos. Atualmente, a fonte responde por 20,7% da capacidade instalada da matriz elétrica brasileira, sendo a segunda maior da matriz.
Justiça determina que Light está isenta de atender exigência da Aneel para aportes em concessões
A Light, em recuperação judicial, informou que o juízo da 3ª Vara Empresarial da Comarca da Capital do Estado do Rio de Janeiro determinou a suspensão da exigibilidade de aportes de capital que pudessem ser demandados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) em relação à Light SESA.
A companhia de energia havia pedido, em caráter de urgência, por essa medida, em meio ao contexto em que a Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee) discute a exigência da Aneel para a realização de aportes de capital em concessionárias de distribuição de energia, para o cumprimento de determinadas exigências regulatórias referentes a seus indicadores econômico-financeiros. A questão ainda não foi decidida, mas a afirma ser “iminente” uma decisão da Aneel favorável a exigência desses aportes. (Valor Econômico)
Bolívia assina contrato com empresa chinesa para duas fábricas de lítio, matéria-prima de baterias
A Bolívia assinou ontem (26/11) um contrato com a empresa chinesa Hong Kong CBC Investment para a construção de duas fábricas de produção de carbonato de lítio, com um compromisso de investimento de 1,030 bilhão de dólares (R$ 5,98 bilhões).
A empresa asiática é uma subsidiária da CATL, a maior produtora de baterias de lítio do mundo. O lítio é um mineral-chave no processo de transição energética. Também chamado de “ouro branco”, é essencial na produção de baterias para veículos elétricos e telefones celulares, por exemplo. (O Globo)
TotalEnergies e Matrix Energia fecham contrato com a estatal da Bolívia para trazer gás argentino ao Brasil
A estatal boliviana YPFB informou, ontem (26/11), a assinatura de contrato com a TotalEnergies e a Matrix Energia para viabilizar a chegada do gás argentino ao Brasil, por meio do gasoduto Brasil-Bolívia (Gasbol). “O sistema de dutos dos três países representa um projeto crucial para a integração energética da América do Sul em benefício do mercado regional de gás”, disse a YPFB, em nota.
No dia 18 de novembro, o Brasil e a Argentina firmaram uma parceria para viabilizar a importação de gás natural produzido na reserva argentina de Vaca Muerta. O acordo prevê diferentes rotas de transporte, como o próprio Gasbol, a construção de um novo gasoduto pelo Paraguai, além do processamento do gás para ser levado como forma de gás natural liquefeito (GNL). (Valor Econômico)
PANORAMA DA MÍDIA
Relatório da Polícia Federal (PF), que indica a participação do ex-presidente Jair Bolsonaro em tentativa de golpe de Estado, é destaque da mídia nesta quarta-feira (27/11).
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), tornou público, ontem (26/11), o inquérito sobre a tentativa de golpe de Estado no fim de 2022. Um dos principais documentos do inquérito é o relatório de quase 900 páginas da Polícia Federal sobre o caso, no qual a corporação detalha os fatos relacionados à trama golpista e seus desdobramentos. (O Estado de S. Paulo)
Uma das provas é uma agenda encontrada na casa do general Augusto Heleno, chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) de Bolsonaro, contendo “diretrizes” sobre como “disseminar ataques ao sistema eleitoral”. Em uma agenda azul, com uma logomarca de um banco público, Heleno alerta para a necessidade de “estabelecer um discurso sobre urnas eletrônicas e votações”. E pontua: “É válido continuar a criticar a urna eletrônica”. (O Globo)
Segundo a PF, “os elementos de prova obtidos ao longo da investigação demonstram de forma inequívoca” que Bolsonaro “planejou, atuou e teve o domínio de forma direta e efetiva dos atos executórios realizados pela organização criminosa que objetivava a concretização de um golpe de Estado e da abolição do Estado democrático de Direito”. (Folha de S. Paulo)
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Valor Econômico: Os investimentos do setor privado em infraestrutura deverão somar R$ 372,3 bilhões nos próximos cinco anos, entre 2025 e 2029, reflexo do avanço das concessões no país. O valor é um salto de 63,4% em relação à estimativa realizada no ano passado para o ciclo de 2024/28, segundo números da Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib). A conta inclui os investimentos já contratados ou em vias de serem contratados, nos setores de transporte e logística, saneamento e infraestrutura social. Foram consideradas as concessões licitadas após 2020 e os projetos já com edital publicado, englobando os valores previstos para os próximos cinco anos, e não o total dos contratos.