O Valor Econômico informa que o leilão de eficiência energética em Roraima está finalmente ganhando contornos para sair do papel, após anos em maturação pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). O projeto, inédito no país, entrou em consulta pública no fim do ano passado e o prazo para contribuições se encerra hoje.
De acordo com a reportagem, a iniciativa pioneira da Aneel propõe uma espécie de “leilão de geração às avessas”. A ideia é contratar projetos que reduzam o consumo de energia elétrica na capital Boa Vista (RR). Para isso, foi proposto o seguinte modelo: a Aneel define um montante de energia que será alvo de redução de consumo, e os participantes competem pelo menor custo para promover essa redução.
A princípio, o certame oferecerá oito lotes, sendo um de iluminação pública e sete de projetos “puros” de eficiência energética (troca de equipamentos, instalação de usinas de geração distribuída solar, entre outros). O caso de Roraima serviria como um primeiro teste para esse tipo de leilão.
PANORAMA DA MÍDIA
A principal reportagem da edição do jornal O Estado de S. Paulo nesta segunda-feira (31/08) traz uma análise do desempenho das empresas de capital aberto no segundo trimestre do ano. Com a publicação da maior parte dos balanços dessas empresas no período, surgiu um retrato mais fiel sobre a extensão do impacto provocado pela pandemia de covid-19 no mundo dos negócios.
Segundo estudo feito com exclusividade para o jornal pela Economatica, empresa de dados de mercado, as companhias não financeiras de capital aberta tiveram redução de 81,9% no lucro líquido no primeiro semestre de 2020, em relação ao mesmo período do ano passado. Os ganhos caíram de R$ 49,2 bilhões para R$ 8,9 bilhões. O levantamento incluiu 218 empresas não financeiras, de diferentes ramos de atividade, que divulgaram balanços até 21 de agosto.
O estudo excluiu os resultados de Petrobras, Vale, Braskem, Suzano, Oi e Azul porque eles provocariam grande distorção nos dados. Se fossem incluídos na pesquisa, o resultado consolidado do primeiro semestre seria ainda pior, segundo a análise. O lucro de R$ 8,9 bilhões viraria um prejuízo de R$ 76,7 bilhões. Mas, mesmo sem elas na conta, o resultado mostra um quadro sombrio.
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Em crescimento acelerado, o varejo on-line vem provocando um rearranjo significativo do setor de logística, destaca reportagem do Valor Econômico. Empresas como Mercado Livre, Magazine Luiza, B2W e Via Varejo avançam cada vez mais na gestão da entrega de produtos, à medida que crescem as vendas feitas por terceiros em seus “shopping centers” na internet. A ideia é garantir que o cliente fique satisfeito, voltando a comprar, e consolidar fonte extra de receita.
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O trabalho remoto, também conhecido pelo termo em inglês home office, ganhou escala no Brasil, de forma forçada, como alternativa para deter o contágio na pandemia da Covid-19. Passados quase seis meses desde a sua disseminação entre as empresas, os dados consolidados desse sistema de trabalho constituem uma espécie de novo indicador das desigualdades econômicas do país, destaca a Folha de S. Paulo.
Em julho, dos 8,4 milhões de trabalhadores remotos do Brasil, praticamente a metade, 4,9 milhões, estava no Sudeste, região que concentra profissionais mais qualificados e a geração de Produto Interno Bruto (PIB). Apenas 252 mil estavam no Norte, fatia mais pobre do país. Os números estão na Pnad Covid-19 do IBGE (Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílio do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, dedicada a medir os efeitos econômicos da covid-19).
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O jornal O Globo informa que o governador interino do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, pediu reunião com o presidente Jair Bolsonaro para tentar renovar o acordo fiscal do estado com a União. O prazo para uma eventual renovação do Regime de Recuperação Fiscal (RRF) termina no sábado. Castro também convocou uma reunião, hoje (31/08), com todo o secretariado, na qual será discutida a questão da volta às aulas presenciais e o aumento do número de casos da covid-19 no estado.