A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) autorizou a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) a repassar a distribuidoras e consumidores livres cerca de R$ 207 milhões referentes ao fundo de reserva para alívio futuro de encargos. O objetivo é reforçar a liquidez do setor elétrico em meio ao cenário de pandemia da covid-19.
As distribuidoras do Sistema Interligado Nacional (SIN) receberam R$ 150.973.910 (73%). Para os consumidores do mercado livre foram destinados R$ 56.435.755 (27%). A CCEE está autorizada pela ANEEL a realizar novos repasses durante o ano de 2020 quando houver saldo positivo no fundo de reserva para alívio futuro de encargos.
Decisão da Aneel pode agravar falta de caixa no setor elétrico
De acordo com análise da jornalista Miriam Leitão, publicada hoje (20/05), no Globo, a decisão da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), de negar o pedido dos grandes consumidores de energia para que sejam cobrados pela energia consumida e não pela contratada, durante a pandemia de covid-19, poderá agravar a falta de caixa no setor elétrico.
A agência decidiu que os grandes consumidores, entre eles indústrias e shoppings, terão que negociar individualmente os contratos com as respectivas distribuidoras. “O destino dessa disputa deve ser a Justiça, o que vai atrasar o recebimento por parte das distribuidoras”, analisa Míriam Leitão.
De acordo com a Abrace, a associação dos grandes consumidores de energia, a indústria tem 194,7 mil unidades consumidoras, e parte deles vai buscar a Justiça. “Se o movimento de contestação for grande, as distribuidoras vão demorar a receber, agravando o fluxo financeiro em todo o setor.”
Eletrobras atende a SEC
A Eletrobras informou que arquivou ontem (19/05) o relatório anual, conhecido como 20-F, relativo a 2019, no regulador americano do mercado de capitais (SEC). A empresa havia adiado a publicação em abril, após autorização da autoridade americana, alegando que os cuidados com o novo coronavírus impossibilitaram o departamento de contabilidade de terminar a apresentação no prazo inicialmente estipulado. (Valor Econômico)
Ritmo de expansão em energia renovável deve cair pela primeira vez em 20 anos, diz IEA
O ritmo de crescimento da capacidade global em energia renovável deve recuar em 2020, pela primeira vez em 20 anos, por causa da crise gerada pela pandemia de coronavírus. No entanto, a expectativa é de retomada no próximo ano, segundo relatório da Agência Internacional de Energia (IEA) divulgado hoje (20/05)
Ainda segundo a AIE, a capacidade instalada em renováveis neste ano deve crescer em um total de 167 gigawatts, ou 13% a menos que no ano passado. Mesmo assim, a capacidade global em renováveis ainda terá uma expansão, com crescimento estimado de 6% em 2020.
A expansão mais lenta neste ano reflete atrasos em construções devido a problemas na cadeia de suprimentos, medidas de isolamento e de distanciamento social e também desafios de financiamento. (portal G1 / Reuters)
Opep e China se comprometem a trabalhar juntas para ajudar a estabilizar o mercado de petróleo
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e a China se comprometeram nesta quarta-feira (20/05), a trabalhar juntas para ajudar a estabilizar o mercado mundial de petróleo, cujos preços tiveram forte baixa por causa da retração da demanda em meio à pandemia de coronavírus.
O diretor da Administração Nacional de Energia da República Popular da China, Zhang Jianhua, disse ao secretário-geral da Opep, Mohammad Sanusi Barkindo, que seu país já está no caminho da recuperação, após ser abalado pela pandemia. “O país espera recuperar em breve seus antigos padrões de consumo de energia, o que deve ajudar a apoiar a indústria de petróleo”, afirmou.
A reunião, de acordo com a Opep, foi a 11ª de uma série que o cartel vem realizando com as principais partes interessadas, centradas nos impactos relacionados à covid-19 na economia global e no mercado de petróleo. (O Estado de S. Paulo)
PANORAMA DA MÍDIA
O governo federal decidiu manter o calendário dos leilões de portos, aeroportos e rodovias previstos para este ano, mesmo diante dos efeitos da pandemia do coronavírus. A avaliação do Ministério da Infraestrutura é que a crise econômica causada pela covid-19 não vai afetar a atratividade para os ativos nem o cronograma das licitações.
A decisão é diferente de medidas tomadas para outros setores também afetados pela crise. Os leilões para exploração de óleo e gás e para geração e transmissão de energia elétrica foram suspensos pelo governo.
No primeiro caso, por conta da alta volatilidade do preço do petróleo, que atingiu baixas históricas nas últimas semanas. No caso da eletricidade, houve uma forte queda na carga, que também afetou o planejamento do setor. (O Globo)
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O Ministério da Saúde divulgou hoje (20/05) o novo protocolo que libera no Sistema Único de Saúde (SUS) o uso da cloroquina e da hidroxicloroquina até para casos leves de covid-19. Até então, o protocolo previa os remédios apenas para casos graves. Especialistas criticam o protocolo. (portal G1 – inclui vídeo da reportagem)
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Médicos chineses têm observado que o coronavírus se manifesta de forma diferente entre pacientes de um novo foco da doença na região nordeste do país, em comparação com o surto original em Wuhan. Os dados sugerem que o patógeno pode estar em mutação de maneiras desconhecidas, o que complica esforços para eliminá-lo. (UOL)
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A Câmara dos Deputados aprovou ontem (19/05) o projeto de lei que aumenta as exigências para mineradoras com relação à segurança de barragens. O texto proíbe o uso das estruturas a montante, como era a barragem da mineradora Vale, que rompeu em Brumadinho (MG), no ano passado. O projeto prevê de até R$ 1 bilhão em caso de acidente.
As mineradoras têm até o dia 25 de fevereiro de 2022 para “desmontar” as barragens desse tipo, mas o prazo ainda pode ser prorrogado pela Agência Nacional de Mineração (ANM) por causa da inviabilidade técnica para realizar o serviço dentre desse tempo. (CNN Brasil)