A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) homologou, parcialmente, o resultado do leilão A-6 de 2019. Dos 91 empreendimentos que venceram o certame, 58 deles, arrematados por 23 empresas, tiveram os resultados adjudicados nesta terça-feira (21/01). Os demais passarão pela mesma etapa assim que cumprirem a fase de entrega de documentos de habilitação.
O leilão contratou novos empreendimentos de geração de energia elétrica a partir de fontes hidrelétrica, eólica, solar fotovoltaica e termelétrica (a biomassa, a gás natural e a carvão mineral nacional), com início de suprimento em 1º de janeiro de 2025. Os investimentos devem somar R$ 11 bilhões, com valor médio de R$ 176,09 por megawatt-hora (MWh). A relação de empreendimentos homologados pode ser conferida na página da Aneel na internet.
Aneel suspende habilitação da UTE Barbacena
O Canal Energia informa que a Comissão Especial de Licitação da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) suspendeu a habilitação técnica do Consórcio Novo Tempo Barcarena, vencedor do leilão A-6 de 2019, até que a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) se pronuncie sobre o pedido de desclassificação apresentado pela Hidrovias do Brasil – Vila do Conde.
Em recurso administrativo apresentado à Aneel, a empresa alegou irregularidades na documentação para a obtenção da Licença Prévia da UTE Novo Tempo Barcarena e na cessão de área pública sem licitação pela Companhia Docas do Pará, para a instalação do empreendimento no porto de Vila do Conde.
De acordo com a reportagem, o consórcio liderado pelas Centrais Elétricas Barcarena S.A. (Celba) foi responsável por 49,3% da enerhia vendida no A-6 de outubro do ano passado, com 569,7 MW médios em contratos negociados no certame.
Na Índia, Bolsonaro vai discutir de etanol a segurança
O presidente Jair Bolsonaro viaja no próximo fim desta semana para a Índia com a previsão de assinar pelo menos 12 acordos comerciais. O objetivo da comitiva é aprofundar as relações entre o Brasil e o segundo país mais populoso do mundo – com 1,3 bilhão de habitantes.
O jornal O Estado de S. Paulo destaca que serão assinados acordos nas áreas tributária, de investimentos, agronegócio, energia, segurança cibernética e saúde. Com quatro bilhões de habitantes, a Ásia reúne 65% da população mundial e é o principal destino das exportações brasileiras.
A cooperação na área da bioenergia, em especial o etanol, é um dos principais tópicos da viagem. Os indianos pretendem direcionar parte da produção de cana, que hoje vira açúcar, para aumentar a porcentagem de álcool na gasolina. Hoje, essa mistura não passa de 7%. O objetivo é chegar a 10% até 2022 e a 20% em 2030.
Eneva vai emitir R$ 600 milhões em debêntures
O conselho de administração da Eneva, empresa integrada do setor de energia, aprovou na semana passada a quarta emissão de debêntures simples da companhia. O objetivo é captar R$ 600 milhões. Os recursos serão utilizados no pagamento de despesas da oferta e, principalmente, na construção da solução de geração da usina termelétrica Jaguatirica II, em Boa Vista, que reforçará o abastecimento elétrico de Roraima.
Segundo a Eneva, a emissão representa cerca de 33% dos recursos necessários para financiar o projeto, que se encontra em fase de construção, com realização de, aproximadamente , 28% das obras. (Fonte: Canal Energia)
Despachos térmicos deverão ser menores em 2020, diz diretor-geral do ONS
O total de despachos térmicos no Brasil em 2020 deverá diminuir em relação ao ano passado, ao menos no período úmido, que vai até abril. A informação é do diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Luiz Barata, em entrevista à Agência infra.
“Já podemos até falar em melhora uma vez que, no começo do ano passado, batemos cinco vezes o recorde de consumo de energia. Em 2020, estamos longe desse recorde. E ainda a expectativa é que, pelo menos ao longo do período chuvoso, diminua a quantidade de despachos térmicos para o país”, explicou. Apesar da diminuição no uso das termelétricas, Barata afirmou que os despachos das usinas deverão continuar.
Cargos nas agências afetam investimentos
O editorial da edição de hoje (21/01) do jornal O Globo traça um paralelo entre o aumento da atratividade do país a investimentos pesados e de longo prazo e o papel das agências reguladoras.
O jornal ressalta que o presidente Jair Bolsonaro terá a oportunidade de indicar 22 nomes para cargos de diretorias nessas agências, até o fim do ano, e que esses organismos têm papel estratégico para garantir a segurança jurídica de que necessitam as empresas nacionais e estrangeiras para assumir riscos em projetos, principalmente na infraestrutura, onde há carências visíveis no Brasil.
Diz o editorial: “Entre as agências nas quais há vagas a preencher por indicação do presidente à avaliação do Senado estão as dos setores de telecomunicações, de aviação civil, de transportes aquaviários, de transportes terrestres, de petróleo e de águas. Seis agências que tratam de questões fundamentais: a entrada do Brasil na nova geração da internet, a 5 G; a imoral situação do saneamento básico, de que a crise da água no Rio de Janeiro é símbolo; a ampliação e melhoria de aeroportos; e, de uma forma mais ampla, o precário escoamento da crescente produção agropecuária mas não apenas dela , por estradas, ferrovias e portos, onde persiste um gargalo que contribui para elevar o tal custo Brasil.”
Taesa entrega sistema de transmissão de energia na Bahia
A Taesa concluiu nesta semana a energização do sistema de transmissão em 230 kV Poções III Poções II, localizado na Bahia. O empreendimento é operado pela Empresa Diamantina de Transmissão de Energia (EDTE), que em dezembro energizou o trecho LT 500 kV Ibiocara Porções III e a subestação 500/230 kV Porções III. Com isso, a Taesa adiciona uma receita anual de R$ 69,2 milhões para o ciclo 2019-2020. (Fonte: Canal Energia)
PANORAMA DA MÍDIA
O Valor Econômico informa, em seu portal de internet, que o ministro da Economia, Paulo Guedes, confirmou hoje (21/01) que o Brasil abrirá seu mercado às empresas estrangeiras em licitações públicas e pedirá formalmente a adesão do país ao Acordo de Compras Governamentais. Segundo o ministro, tornando-se voluntariamente signatário do tratado, o país busca incorporar melhores práticas e fazer um “ataque frontal” à corrupção.
O acordo, conhecido pela sigla em inglês GPA (Government Procurement Agreement), dá tratamento isonômico a empresas nacionais e estrangeiras em aquisições do setor público. “O Brasil está querendo entrar para a primeira divisão de melhores práticas. Isso é um ataque frontal à corrupção e um tema importante da campanha do presidente Bolsonaro”, disse Guedes, ao sair de seu primeiro compromisso na reunião anual do Fórum Econômico Mundial, em Davos.