Em reunião realizada hoje (18/01), a diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) ratificou a tarifa provisória de repasse da potência contratada de Itaipu Binacional, fixada em US$ 24,73/ kW mês para o período de janeiro a dezembro de 2022. O valor vai vigorar até que a base orçamentária das despesas de exploração da usina seja aprovada pelo conselho de administração da empresa.
A tarifa de Itaipu é paga à Eletrobras pelas distribuidoras das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, que recebem a energia da usina na forma de cotas proporcionais ao mercado de cada uma delas. A atualização do valor atual da tarifa já havia sido homologada pela Aneel em reunião extraordinária. A decisão foi confirmada hoje pela agência, em sua primeira reunião semanal de 2022. As informações são do Canal Energia.
ONS registra desligamento de linhas de transmissão após queda de 10 torres no RS
O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) informou em seu boletim diário que ontem (17/01), às 16h17min houve desligamento automático da LT 230 kV Guaíba 2 /Cidade Industrial e da LT 230 kV Guaíba 2 / Eldorado no Rio Grande do Sul. Segundo o ONS, houve queda de dz torres, sendo quatro torres na LT 230 kV Guaíba 2 / Cidade Industrial e seis na LT 230 kV Guaíba 2 / Eldorado. A previsão de normalização é para o dia 21 de janeiro de 2022. (Canal Energia)
Leilão de capacidade: usinas a óleo acreditam em manutenção de liminares
Conforme indica reportagem do Canal Energia, termelétricas movidas a óleo, que participaram do leilão de capacidade realizado em dezembro de 2021, estão otimistas quanto à manutenção de seus contratos. Após a disputa, a disposição do governo foi pela derrubada das liminares que garantiram a presença das UTEs Global I, Global II, Potiguar, Potiguar III, Geramar I, Geramar II e Viana na licitação.
A reportagem ressalta que as liminares foram concedidas pelo Superior Tribunal de Justiça e são ao menos três decisões de ministros, além de um parecer favorável da Procuradoria Geral da República pela decisão.
O diretor-executivo da Gera Maranhão, Daniel Adler, explica que a liminar obtida ainda em outubro, dois meses antes da realização da disputa, visava afastar o limite de Custo Variável Unitário (CVU) como condição de participação no leilão. Segundo ele, o limite restringia a concorrência, como acabou ocorrendo, com a vitória das UTEs Geramar I e II, com os preços mais baixos.
O advogado Rafael Carneiro, do escritório Carneiro & Dipp, ouvido pela reportagem, afirma que o valor do CVU só foi divulgado após o período das audiências públicas, o que não seria permitido. Ainda de acordo com o advogado, o CVU foi tratado de forma equivocada no certame, uma vez que seu valor é apenas uma parte do preço final da energia. A outra parte vem da receita fixa, que no caso da UTE Viana, por exemplo, por ser de um empreendimento já amortizado, consegue ser competitiva para um leilão.
Sobre a disposição do governo de reverter a liminar, Carneiro afirma que, como as usinas a óleo já participaram do leilão e conseguiram viabilizar contratos, isso mostra que a entrada na disputa era correta. Outro fator que ele menciona para que a decisão favorável às liminares se mantenha é que a derrubada da medida levaria a uma mudança no resultado final.
Equatorial prepara follow-on de até R$ 3,5 bilhões para amortizar Echoenergia
A Equatorial Energia contratou bancos para um follow-on, cujo capital será usado majoritariamente para amortizar parte da aquisição da Echoenergia. Conforme informação do Pipeline, site de negócios do Valor Econômico, a oferta será coordenada pelo Citi, Credit Suisse, XP Investimentos, Goldman Sachs e UBS.
A oferta base será de R$ 2 bilhões, com um hot issue de até R$ 1,5 bilhão. De acordo com o cronograma atual, a oferta será lançada na semana que vem. A companhia já havia sinalizado a investidores que poderia acessar o mercado em breve para ajudar a fechar essa equação. A Equatorial fechou a aquisição da geradora eólica em outubro por R$ 6,7 bilhões – sem troca de ações, numa operação financiada.
Braskem usa mecanismo raro em oferta de ações brasileiras e indica mais vendas
A oferta de ações da Braskem, que pode render R$ 8 bilhões para a Petrobras e para a Novonor (antiga Odebrecht), tem uma inovação que sinaliza que as vendas de papéis não vão parar agora, conforme indica reportagem do jornal O Estado de S. Paulo.
O “registro de prateleira”, mecanismo ainda raro entre empresas brasileiras, mas comum nos Estados Unidos, agiliza futuras ofertas, permitindo uma nova operação apenas com o registro de informações suplementares. Analistas da XP lembram que a Petrobras ainda detém 212,4 milhões de ações ordinárias (ON, com direito a voto) da companhia.
De acordo com a reportagem, o “registro de prateleira” (shelf registration) foi usado por poucas empresas no Brasil até agora. Petrobras, Vale e Suzano estão entre as que utilizaram o mecanismo nos últimos anos. No caso da Braskem, primeiro registro foi protocolado na Securities and Exchange Commission (SEC), que regula o mercado acionário americano.
Cade apura se Petrobras cometeu infração no reajuste de preços dos combustíveis
O Valor Econômico informa que o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) deu início a um inquérito para investigar se a Petrobras cometeu infração à ordem econômica com o recente reajuste nos preços de combustíveis. Na última semana, a companhia anunciou aumento nos preços da gasolina e do diesel de até 8%. Em resposta ao Valor, a Petrobras informou que seus preços seguem a dinâmica de mercados de commodities e estão em conformidade com a legislação aplicável.
PANORAMA DA MÍDIA
O governo de Minas Gerais anunciou nesta terça-feira (18/01) que vai destinar R$ 603 milhões em recursos estaduais para dar suporte aos municípios afetados pelas chuvas que atingiram o estado. O plano de ação contempla quatro eixos: auxílio às pessoas, apoio às cidades, infraestrutura estadual e organização de doações da sociedade civil.
“Estamos dando o primeiro passo, agindo com recursos do estado para recuperar o que foi perdido principalmente em função das enchentes que atingiram nosso estado”, afirmou o governador Romeu Zema (Novo). (Valor Econômico)