A agência de notícias Reuters informa que a diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) decidiu, hoje (20/04), adiar mais uma vez medidas sobre reajustes tarifários para empresas de distribuição de energia, enquanto avalia formas de conter uma escalada nas contas de luz em 2021.
A Aneel havia postergado reajustes para duas empresas dos grupos CPFL e Energisa, no início de abril. Agora, mais cinco elétricas controladas por Neoenergia, Enel e Energisa tiveram processos suspensos.
O diretor-geral da Aneel, André Pepitone, disse que a avaliação sobre a tarifa dessas distribuidoras deve ser retomada em uma reunião extraordinária agendada para quinta-feira (22/04). “A agência, em comum acordo com o setor, com os segmentos de geração, transmissão e distribuição, está tomando medidas para que a gente tenha modicidade tarifária”, afirmou ele, em reunião transmitida online.
Pepitone acrescentou que a Aneel tem conduzido reuniões junto a empresas dos setores de distribuição e transmissão para estudar mecanismos que poderiam reduzir os reajustes previstos, mas não entrou em detalhes. Além de processos sobre tarifas, a agência retirou de pauta da reunião de diretoria desta terça-feira a análise de três recursos em discussões sobre a revisão tarifária de empresas de transmissão de energia.
Consumo nacional de energia cresce no 1º trimestre, mas desacelera em abril
O consumo nacional de energia elétrica resistiu à piora da pandemia entre janeiro e março, mas começou a desacelerar nos primeiros dias de abril, segundo dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) divulgados hoje (20/04) pelo Valor Econômico. Levantamento prévio Câmara mostra que, em março, as restrições de circulação impostas em várias partes do país tiveram impacto limitado sobre o consumo no Sistema Interligado Nacional (SIN).
Ajudado pelas temperaturas mais elevadas, o volume atingiu 67.410 megawatts médios (MWm), 6,7% superior ao observado em março de 2020 – quando o baque da pandemia já começava a ser sentido –, e 5,5% acima do nível de 2019. Com isso, o indicador fechou o primeiro trimestre com alta de 4,3% na base anual De acordo com a reportagem, essa tendência pode não perdurar no mês de abril.
De 1º a 9 de abril, a prévia da CCEE mostra um consumo de 62.084 MWm, 6,8% superior ao do ano passado, mas 4,4% inferior ao de 2019. Rui Altieri, presidente do conselho de administração da CCEE, atribui o desempenho prévio de abril à manutenção do cenário de restrições contra a covid19, à redução das temperaturas no período e ao impacto dos feriados antecipados no Rio de Janeiro e em São Paulo.
Petrobras diz buscar alternativas para SIX; FUP aponta risco de unidade fechar
A Petrobras está estudando alternativas para a Unidade de Industrialização do Xisto (SIX), em São Mateus do Sul (PR), caso suas operações tornem-se economicamente inviáveis. A SIX, que está à venda pela estatal, tem valores em royalties em negociação com a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), admite a companhia, sem mencionar valores. A SIX produz a óleos combustíveis, GLP, gás combustível, nafta, enxofre e insumos para pavimentação. (UOL / Reuters)
Gás natural na refinaria de Barcarena
A empresa norueguesa de alumínio Hydro assinou na semana passada, um memorando de entendimento com a New Fortress Energy (NFE), para substituição da maior parte do seu consumo atual de óleo combustível na refinaria de alumina Alunorte, em Barcarena (PA), por gás natural. O fornecimento de gás natural liquefeito (GNL) está previsto para começar em 2022.
O projeto é parte da estratégia climática da empresa e de seu compromisso global de reduzir suas emissões de gases de efeito estufa em 30% até 2030. Pelo memorando, a NFE deverá entregar, anualmente, uma quantidade mínima acordada de gás natural à refinaria, por um prazo de 15 anos. O gás tem como origem um terminal de regaseificação de GNL, que ficará localizado próximo à Alunorte, em Barcarena (PA). (revista Brasil Mineral)
PANORAMA DA MÍDIA
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou hoje (20/04), por unanimidade, o pedido de uso emergencial de um medicamento contra a covid-19 que é resultado da combinação dos anticorpos monoclonais casirivimabe e imdevimabe. O coquetel, chamado de Regen-Cov, não previne a doença, mas apresentou resultados positivos para evitar o agravamento do quadro em pacientes com fatores de risco.
Segundo a Anvisa, “a indicação dos medicamentos é para quadros leves e moderados da doença, em adultos e pacientes pediátricos (12 anos ou mais) com infeção por Sars-CoV-2 confirmada por laboratório, e que possuem alto risco de progredir para formas graves da doença”. (portal UOL)
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O jornal O Estado de S. Paulo informa que servidores do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) denunciam paralisação total do sistema de multas. De acordo com a reportagem, uma mudança feita pelo ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, no processo de autuação por crimes ambientais tem sido criticada internamente por agentes de órgãos de fiscalização. Segundo os servidores, a nova regra levou à paralisação total das emissões de multas por agentes do Ibama e do Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio). Procurada, a pasta não se manifestou.