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Angra 1 bate recorde histórico de geração de energia em janeiro de 2023

A usina termonuclear Angra 1 bateu recorde de geração em janeiro de 2023, atingindo a marca de 485,03 gigawatts-hora (GWh), superando sua melhor marca, obtida em julho de 2021, de 483,79 GWh. Essa foi a maior produção de energia registrada em um mês de toda a sua história.

Segundo a empresa, nos últimos anos, a equipe vem trabalhando para aprimorar o desempenho e a produtividade da usina, que estão entre os melhores do setor nuclear no mundo. De acordo com o superintendente da unidade, Abelardo Vieira, a melhoria se deve à dedicação dos engenheiros e técnicos da área de performance térmica, operação e manutenção.

Entre esses fatores, destacam-se a limpeza dos 48.000 tubos das caixas dos condensadores do sistema secundário (não nuclear), as melhorias na instrumentação de leitura de vários parâmetros eletromecânicos e a redução das perdas de vapor que otimizam a operação das turbinas, além do uso mais efetivo da água que é empregada na condensação de vapor no ciclo de operação termodinâmico da usina.

No consolidado de 2022, a Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto (CNAAA) também teve bons resultados no ano passado, produzindo um total de 4.872,45 GWh, enquanto Angra 2, 9.686,5 GWh. (Valor Econômico)

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CPFL pode ter 10% dos clientes atraídos por geração distribuída

Reportagem do Valor Econômico indica que a CPFL pode fechar 2023 com 10% da base de clientes residenciais atraídos pela geração distribuída (GD), modalidade incentivada pela sanção do marco legal da geração própria de energia, em janeiro de 2022, que acelerou o desenvolvimento de novos projetos.

De acordo com a reportagem, o impacto desse movimento para as distribuidoras foi a perda de clientes e o aumento de custos para os consumidores que permanecem no sistema. As quatro concessionárias do grupo – CPFL Paulista, CPFL Piratininga e CPFL Santa Cruz, todas em São Paulo, e RGE (Rio Grande do Sul) – atendem 10,2 milhões de unidades consumidoras (27 milhões de usuários). O número de consumidores que migraram para a geração distribuída já chegou a 6% em 2022. Nos primeiros dias de 2023, cerca de 17 mil clientes por dia fizeram a migração. A pressa se explica porque os empreendimentos que pediram a conexão à rede elétrica até 7 de janeiro estarão isentos da cobrança da tarifa de uso da rede das distribuidoras, a chamada Tusd, por 23 anos. Depois disso, o novo marco instituiu o início da cobrança gradual da tarifa até chegar a 29% em 2030.

GreenYellow entra em geração solar de grande porte

O Valor Econômico informa que a GreenYellow decidiu apostar em geração de energia solar de grande porte. O setor solar no Brasil movimentou mais de R$ 45 bilhões e cresceu 66% no ano passado, atingindo 23,5 gigawatts (GW) de potência operacional. A maior parte do crescimento foi puxado pela geração distribuída (GD), que são em grande maioria pequenos sistemas fotovoltaicos de geração própria em telhados, fachadas e pequenos terrenos.

Entretanto, a partir do dia 7 janeiro de 2023, novas regras de cobrança da tarifa de uso da rede das distribuidoras entraram em vigor e deixaram o segmento menos competitivo. Foi o que motivou a GreenYellow a apostar em um novo modelo de negócios. No ano passado, a companhia registrou crescimento de 23%, puxado principalmente pelo segmento de geração distribuída. De acordo com a multinacional francesa, a conexão de 24 MWp em geração distribuída possibilitou à empresa chegar ao total de 110 MWp de potência instalada, com perspectivas de conectar mais de 60 MWp este ano.

Ao Valor, o presidente da GreenYellow no Brasil, Marcelo Xavier, conta que a companhia tem atualmente um pipeline superior a 440 MWp para os próximos anos, sendo que uma parte será dedicada à geração centralizada. No jargão do setor, significa que a empresa vai investir em grandes usinas e enviar a energia aos consumidores por linhas de transmissão.

Safira fatura R$ 1 bilhão com maior aposta no mercado livre de energia

O grupo Safira, que atua em comercialização, gestão e soluções de energia elétrica, encerrou 2022 com um faturamento de R$ 1 bilhão e vem apostando na venda de energia a pequenos consumidores e em inovação, de olho em uma futura abertura de capital na B3, o Bolsa de Valores brasileira.

A companhia investiu em tecnologia para crescer em comercialização de energia, tendo lançado em 2022 duas plataformas digitais, no modelo SaaS (Software as a Service), para apoiar os consumidores em todas as etapas de compra e venda de energia e na gestão de contratos no mercado livre.

Um dos objetivos do grupo Safira é ampliar a oferta de energia para o chamado “varejo” do setor elétrico – consumidores de pequeno porte que poderão sair do mercado regulado para comprar energia no ambiente de contratação livre. (Infomoney – com informações da agência de notícias Reuters)

Eneva anuncia descoberta de gás natural em bloco na Bacia do Parnaíba

A Eneva anunciou novo avanço em seu programa exploratório no estado do Maranhão. A empresa encontrou indícios de gás natural no poço 1-ENV-36-MA, localizado no bloco PN-T-67A, na Bacia do Parnaíba.

A perfuração do poço foi iniciada pela companhia em julho do ano passado. O bloco PN-T-67A foi adquirido pela Eneva durante o primeiro ciclo da oferta permanente, realizado em setembro de 2019. (Petronotícias)

Refinaria de Pecém fecha acordo para produção de metanol no Ceará

A Agência EPBR informa que a Noxis Energy, empresa que desenvolve o projeto da Refinaria de Petróleo de Pecém (RPP), assinou um memorando de entendimentos com o grupo suíço-brasileiro BlueNano, para aquisição de tecnologia para produção de metanol.

A ideia é instalar uma planta industrial agregada à futura refinaria privada do Complexo Industrial e Portuário do Pecém, no Ceará. O projeto terá capacidade para 500 mil toneladas/ano e mira o potencial de substituição de importações do metanol — de olho, por exemplo, na demanda do setor de transporte marítimo. A decisão final de investimento está prevista para este ano.

Energia renovável cria nova demanda por profissionais

Um relatório da Agência Internacional de Energia Renovável (Irena), produzido em parceria com a Organização Internacional do Trabalho (OIT), classificou o Brasil como o quinto país que mais gera empregos em energia renovável, informa o Valor Econômico.

Segundo o levantamento, foram cerca de 115 mil posições abertas entre 2020 e 2021. De acordo com a reportagem, uma das empresas responsáveis por disponibilizar vagas na área é a dinamarquesa Vestas, que tem escritórios em 88 países e produz turbinas de energia eólica. Kerstin Knapp, vice-presidente executiva de pessoas e cultura da companhia, conta que a organização lançou recentemente o seu primeiro programa de estágio na América Latina, no qual os participantes passam por um rodízio em diferentes áreas.

“No Brasil, estamos trazendo pessoas diretamente da universidade para que elas possam ter sua primeira experiência profissional e testar para onde querem ir”, explica. Ela acredita que treinar os profissionais para que eles possam trabalhar com transição energética é responsabilidade das empresas do setor, mas considera essa apenas uma parte da equação. “Se observarmos tudo o que está acontecendo na indústria de energias renováveis, veremos que precisamos de muita força de trabalho.”

Rafael Maia será o novo presidente da Luz

O publicitário Rafael Maia vai assumir a presidência da energytech Luz, empresa de serviços digitais de energia controlada pelo Grupo Delta Energia, informa o Valor Econômico. Com passagens pela Nielsen, Reckitt Benckiser Group, Gympass, entre outras companhias, o executivo chega para comandar a empresa em um contexto de possibilidade de abertura mercado de energia para consumidores de baixa tensão. Até então, a empresa era comandada pelos sócios fundadores.

A Luz atua no segmento de geração distribuída (GD) compartilhada com a fonte solar na área de concessão da CPFL Paulista. O foco são consumidores de pequeno e médio portes, como residências e pequenos comércios, com o objetivo de baratear a conta de luz.

Brasil já instalou mais de 150 mil sistemas de GD solar em 2023

O Brasil já instalou mais de 150 mil sistemas de energia solar no segmento de micro e minigeração distribuída em 2023, de acordo com dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). O Canal Solar ressalta que em menos de três meses, esse total de unidades já supera o número de conexões computadas ao longo do ano de 2019, que registrou 123,8 mil instalações entre os meses de janeiro e dezembro.

Atualmente, o Brasil conta com mais de 1,78 milhão de sistemas fotovoltaicos de geração própria desde 2012 – ano em que a expansão da fonte no país começou a deslanchar.

Aberta a coleta de dados do setor de gás natural para o horizonte 2023-2033

A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) informa que a etapa de coleta de dados do setor de gás Natural para o horizonte 2023-2033 encontra-se aberta desde o dia 17 de março. O prazo vai até 10 de abril.

Em comunicado, a EPE ressalta que podem ser enviadas informações sobre projeções de demanda para o horizonte decenal, informações sobre projetos de grande porte com consumo de gás natural e informações gerais, em formato livre (documentos de engenharia, planilhas, mapas, etc). Mais especificamente, são solicitadas às CDLs informações sobre projeções de demanda conforme expectativas acerca de suas áreas de concessão, tanto em municípios já atendidos quanto em municípios ainda sem fornecimento de gás natural, englobando a demanda por gás natural existente, prevista e potencial.

Dá tempo de frear crise climática e tecnologia já existe, segundo painel do clima da ONU

O mundo vive sob uma pressão climática sem precedentes, com alguns danos irreversíveis e um prazo ainda mais curto para agir. Por outro lado, a ação imediata ainda dá chances de conter os efeitos mais severos da crise e as soluções tecnológicas estão mais baratas e acessíveis.

A Folha de S. Paulo destaca que esse é o principal recado que o painel científico do clima da ONU (IPCC, na sigla em inglês) deu ontem (20/3) aos governos, no relatório-síntese do seu sexto ciclo de avaliação. As recomendações do painel devem guiar as políticas públicas e as negociações diplomáticas até o final da década, quando os cientistas devem voltar a aprovar novos relatórios.

A reportagem ressalta, ainda, que o período é crucial para mudar a trajetória das emissões de gases-estufa, que devem ser cortadas em pelo menos 48% até 2030 para que o mundo contenha o aquecimento global em até 1,5ºC. A boa notícia do relatório — que adota um tom encorajador no seu sumário-executivo — é que o mundo tem recursos e tecnologias suficientes para reduzir as emissões e mudar o sistema socioeconômico.

PANORAMA DA MÍDIA

O Globo: Anos quentes de hoje serão ‘frescos’ para nova geração, alerta ONU. Esta é a manchete da edição de hoje (21/3) do jornal O Globo. A reportagem traz informações a respeito do relatório divulgado ontem pelo painel de cientistas do clima da Organização das Nações Unidas (ONU). O documento mostra como os futuros habitantes do planeta serão castigados pelas alterações climáticas.

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Valor Econômico: As 19 maiores empresas abertas não financeiras brasileiras questionam na Justiça a cobrança de R$ 559 bilhões em tributos pela União, Estados e municípios. O montante representa 74,3% das estimativas com ações judiciais em geral – quando consideradas as contingências nas demonstrações financeiras de 30 de setembro de 2022, segundo levantamento do Valor Data.

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O Estado de S. Paulo: A dois dias da definição da Selic, a taxa básica de juros da economia brasileira, seminário organizado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) virou trincheira de ataque ao atual nível de juros.

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Folha de S. Paulo: O ministro Paulo Pimenta, da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República do governo Lula, omitiu de sua declaração de bens entregue à Justiça Eleitoral a casa onde mora em Brasília, adquirida por R$ 1,6 milhão em 2013 (equivalente a cerca de R$ 3 milhões em valores atualizados pela inflação). O imóvel fica no Lago Norte, bairro valorizado da capital federal, e não entrou em nenhuma relação patrimonial apresentada pelo ministro nas eleições de 2014, 2018 e 2022. O ministro afirma que o imóvel consta da declaração de renda da esposa à Receita Federal.