R$ 22,3 milhões. Este foi o total arrecadado ontem (10/09) pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) em bônus de assinatura no primeiro ciclo de oferta permanente, no qual foram oferecidas áreas que não haviam despertado o interesse de investidores no passado. Ao todo, 15 empresas saíram vencedoras, do Brasil e dos Estados Unidos. Foram leiloadas 33 áreas em cinco estados brasileiros. A ANP recebeu a promessa de investimento de, pelo menos, R$ 320 milhões nos próximos anos.
A licitação teve como foco, principalmente, empresas de pequeno e médio portes. Mas, em Sergipe, conseguiu atrair a gigante Exxon Mobil, em consórcio com a brasileira Enauta e com a norte-americana Murphy. A Bacia de Campos, que costuma despertar o apetite das grandes petroleiras, não recebeu ofertas. Foram as áreas de acumulações marginais, em fase de declínio, que estimularam a disputa.
Na nova modalidade (leilão permanente), a ANP põe à disposição do mercado, de forma contínua, áreas de exploração de petróleo e gás que podem ser compradas sob demanda. Essa concorrência é voltada a petroleiras independentes, o que inclui estreantes no setor de petróleo. As informações foram publicadas pelos jornais O Estado de S. Paulo e Valor Econômico, entre outros veículos que também trazem reportagens e análises sobre o certame.
Colegiado discute hoje venda fracionada de gás
O Jornal do Senado informa (pág. 7 do pdf) que a proposta do governo de permitir a venda fracionada de gás de cozinha (ou gás liquefeito de petróleo, GLP) será debatida hoje pela Comissão de Desenvolvimento Regional (CDR). A possibilidade de o consumidor de GLP encher o botijão de forma parcial foi anunciada no fim de julho pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Além do fracionamento, o governo também estuda permitir o enchimento do mesmo botijão por diferentes marcas.
De acordo com a reportagem, senadores estão preocupados com os possíveis impactos dessas medidas. Jaques Wagner (PT-BA), que sugeriu a realização da audiência, avalia que as propostas do governo podem levar ao aumento do preço do gás, além de colocar em risco a segurança dos consumidores.
PANORAMA DA MÍDIA
O Correio Braziliense destaca hoje (11/09), em primeira página, que o governo vai propor novo imposto, semelhante à antiga CPMF (contribuição provisória sobre movimentação financeira), de 0,20% e 0,40%. A proposta prevê alíquota de 0,4% sobre saques e depósitos bancários em dinheiro e 0,2% para pagamentos no débito e no crédito (para cada lado da operação, pagador e recebedor).
Os jornais O Globo e O Estado de S, Paulo trazem em destaque, reações no Congresso e do vice-presidente, general Hamilton Mourão (presidente em exercício), a uma postagem feita ontem (10/09) no Twitter pelo vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), filho do presidente Jair Bolsonaro, em que diz: “por vias democráticas a transformação que o país quer não acontecerá na velocidade que almejamos”.
Para o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), o comentário causa “insegurança” nos investidores e, na avaliação do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), a frase merece “desprezo”. Mourão disse que a democracia é um “pilar” da sociedade e deve ser fortalecida.
Além do destaque na primeira página, o Estado de S. Paulo publicou editorial a respeito – “Flerte com o golpismo”. Na opinião do jornal, “faz-se urgente e necessária a manifestação do presidente da República. Jair Bolsonaro precisa dizer claramente aos brasileiros o que pensa sobre a declaração de seu filho”.
A Folha de S. Paulo informa que o número de assassinatos no Brasil caiu pela primeira vez em três anos. Foram 57.341 casos em 2018, mas o número de pessoas mortas pela polícia bateu recorde no período, chegando a 6/220 casos. Os dados são do 13º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública. A organização compila informações das secretarias estaduais de Segurança sobre homicídios, latrocínios, lesões corporais seguidas de morte e mortes em decorrência de intervenções policiais.
O Valor Econômico levou à primeira página da edição desta quarta-feira, matéria que foi destaque ontem em seu portal de notícias – “Avanço da Amazon agita varejo eletrônico no país”. De acordo com a reportagem, ao lançar ontem seu “Amazon Prime”, a empresa promoveu um visível estrago no valor de mercado das companhias de varejo eletrônico no país. Em conjunto, Magazine Luiza, B2W, Lojas Americanas e Via Varejo perderam R$ 4,75 bilhões na Bolsa de São Paulo (B3) e fecharam o dia valendo R$ 103,7 bilhões.
O novo programa da Amazon oferece aos clientes “Prime”, que são 100 milhões em todo o mundo, entrega ilimitada de produtos comprados em seu site mediante pagamento de R$ 89 ao ano ou R$ 9,90 ao mês. Os assinantes receberão também acesso livre aos serviços de vídeo, música, livros digitais e jogos eletrônicos.