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Antes da COP-26, Senado deve aprovar nova meta climática – Edição da Tarde

Às vésperas da CoP-26, conferência climática que começa no dia 1º de novembro em Glasgow (Escócia), o Senado deverá aprovar amanhã (20/10) a antecipação em cinco anos da meta brasileira para reduzir suas emissões de gases-estufa, segundo informação do Valor Econômico.

Um projeto da senadora Kátia Abreu (PP-TO), apresentado em abril e que ganhou tração com a proximidade da cúpula do clima, prevê adiantar de 2030 para 2025 o atual compromisso de diminuir as emissões em 43%. O PL 1.539 é o primeiro da lista de votações em plenário nesta quarta-feira e tem o aval dos principais líderes. A reportagem ressalta que isso daria ao governo condições de anunciar a nova meta ainda durante a cúpula e já com respaldo Legislativo.

Com resistência da China e Índia, carvão pode ser obstáculo na CoP-26

Divergências sobre o uso do carvão para geração de energia no curto prazo ameaçam a cooperação internacional na Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (CoP26), que começa no fim deste mês. Enquanto os europeus propõem o abandono da matéria-prima, China, Índia e outros países resistem à medida. As discordâncias podem impedir um acordo em Glasgow, mesmo após um relatório recente ter enfatizado a necessidade cada vez mais urgente de cortar as emissões de carbono.

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Os preparativos para a reunião ocorrem em um momento em que os preços da energia estão disparando devido a uma combinação de redução do investimento em combustíveis fósseis e temores de um aumento da demanda durante o inverno no Hemisfério Norte. A crise ressaltou a dependência europeia do gás natural russo e os gargalos na produção de energia renovável. O G7, grupo que reúne as principais economias do mundo, concordou em junho em encerrar o apoio internacional às usinas de carvão sem redução de carbono. E o Japão, membro do G7, que vinha financiando novas instalações de carvão no Sudeste Asiático, disse que vai mudar de rumo. O presidente da China, Xi Jinping, prometeu, na sessão da Assembleia Geral da ONU em setembro, que suspenderia o apoio a projetos de novas usinas termelétricas a carvão no exterior, em linha com movimentos semelhantes de outras grandes economias. (Valor Econômico)

Cesp: reorganização é oportunidade para diversificar fontes de energia, dizem bancos

O Valor Econômico informa que a proposta de reorganização da Companhia Energética de São Paulo (Cesp) foi bem recebida pelos analistas que acompanham a empresa. O Goldman Sachs destaca que, graças à diversificação de negócios da nova empresa formada pelo grupo Votorantim e pela CPP Investiments, a Cesp vai reduzir sua exposição à hidrologia e ao fator de escala bruto, além de diminuir a sazonalidade na produção, uma vez que energia hídrica e eólica são fontes complementares.

Já o Credit Suisse cita que a proposta de reorganização deve permitir que a Cesp tenha melhor estrutura de alavancagem, enquanto o Safra pontua que a mudança levará a companhia a fazer parte de um grupo maior, com portfólio mais diversificado, forte poder de fogo para expandir as operações e melhor governança.

Revisão de garantia física pode reduzir sobrecontratação, avalia Absolar

A baixa contratação de energia nos leilões regulados pode ser amenizada caso o governo proceda com a revisão da garantia física de usinas contratadas com as distribuidoras, na avaliação de Rodrigo-Sauaia, presidente-executivo da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar). Essa medida, indicou, poderia ajudar a reduzir a sobrecontratação elevada que a distribuição apresenta.

Segundo Sauaia, usinas que foram contratadas no passado tendem a perder produtividade, por diversos fatores, e a revisão periódica da garantia física ajudaria a evitar o que ele classificou como energia de papel – que é contratada, mas sem a perspectiva de ser entregue a pleno.

Realizado no fim de setembro, o leilão de energia nova A-5 contratou apenas 151 MW médios de 40 usinas – mesmo com alto volume de energia cadastrada. O governo, que após o leilão afirmou que o resultado foi “um sucesso”, depois admitiu que a contratação tem sido baixa nos últimos certames, motivados por vários fatores, como a expansão do mercado livre e da geração distribuída e a retração da economia.

Para Sauaia, ao não revisar a garantia física contratada, as distribuidoras fazem declarações de demanda baseadas em uma energia que não estará disponível. No entanto, nem todas as usinas, especialmente hidrelétricas e termelétricas, estão a favor da medida, ressaltou. A revisão de garantia física é prevista por lei, mas a implantação é considerada difícil pelo mercado. As informações são do portal Energia Hoje.

PANORAMA DA MÍDIA

O dólar e os juros futuros operam em alta enquanto a Bolsa cai nesta terça-feira (19/10). Reportagem do jornal O Globo ressalta que as atenções do mercado se voltam para a votação da proposta da emenda à Constituição (PEC) dos precatórios e para as discussões a respeito da reformulação do programa Bolsa Família, o chamado Auxílio Brasil, para o qual se buscou uma saída fora do teto de gasto.

O Ministério da Economia prevê R$ 30 bilhões fora do teto para bancar o novo programa. O valor do benefício será de R$ 400 até o fim do ano que vem. O anúncio será feito hoje, no Palácio do Planalto.

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O jornal O Estado de S. Paulo informa que o arranjo financeiro aprovado pelo presidente Jair Bolsonaro para levar o valor médio do novo programa social Auxílio Brasil a R$ 400 até o fim de 2022 pode provocar novas baixas na equipe econômica. Por enquanto, os principais auxiliares do ministro estão focados na contenção de danos, após a ala política do governo impor uma derrota à equipe econômica e emplacar um desenho do auxílio com uma parte (R$ 100) fora do teto de gastos – a regra que limita o avanço das despesas à inflação.

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