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Ao demitir Castello Branco, Bolsonaro passou por cima do conselho da Petrobras – Edição da Manhã

A seção Radar, da revista Veja, informa que a decisão do presidente Jair Bolsonaro, de interferir na Petrobras e determinar a troca do presidente da estatal, Roberto Castello Branco, pelo general Joaquim Silva e Luna, poderá acabar na Justiça.

Fontes do conselho de administração e da cúpula da estatal ouvidas pelo Radar disseram que o ato do presidente passou por cima das regras da companhia, que impedem tal ingerência. Ainda de acordo com fontes da reportagem, Bolsonaro não poderia mudar o presidente da Petrobras sem ouvir o conselho de administração e só poderia escolher nomes para comandar a estatal entre os que figuram no conselho – o que não é o caso de Luna. Castello Branco estava no cargo desde janeiro de 2019.

Sem experiência em óleo e gás, indicação de Silva e Luna vai na contramão de requisito desejável para Petrobras

Em análise publicada em seu portal de notícias, o Valor Econômico informa que o nome indicado pelo presidente Jair Bolsonaro para assumir a Petrobras, o general da reserva Joaquim Silva e Luna, vem de uma experiência recente como diretor-geral brasileiro de Itaipu Binacional, mas sem currículo no setor de óleo e gás.

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A indicação vem na contramão das qualificações desejáveis para o cargo, segundo a própria governança da estatal, destaca o Valor. Embora não haja um veto a profissionais oriundos de outras áreas, o estatuto social da Petrobras diz que os membros da diretoria deverão atender ao requisito de dez anos de experiência em liderança, “preferencialmente, no negócio ou em área correlata”.

No código de boas práticas de governança da companhia, as indicações e avaliações de elegibilidade de membros da diretoria deverão levar em consideração, entre outras diretrizes específicas, os requisitos de capacitação e gestão, como: pós-graduação, proficiência em inglês fluente e conhecimento na área de atuação pretendida. A indicação de um militar vai também na contramão do perfil de presidentes da Petrobras no histórico recente da estatal.

O nome do militar ainda precisa ser deliberado pelo conselho de administração da Petrobras. Compete ao Comitê de Pessoas verificar a conformidade do processo de indicação e realizar a avaliação de elegibilidade dos indicados para atuar como membros da alta administração. Silva e Luna vem, basicamente, de experiência na área militar.

Mercado reage à demissão de Castello Branco; ADR cai 15%

As críticas do presidente Jair Bolsonaro à Petrobras derrubaram as ações da estatal na B3. A PETR4, que se refere aos papéis preferenciais da companhia, fechou ontem (19/02) em queda de 6,63%. E depois do fechamento dos mercados, o presidente emitiu um comunicado com a indicação do general Joaquim Silva e Luna, atual diretor da Itaipu Binacional, para substituir Roberto Castello Branco como presidente da estatal.

Ontem, o Ibovespa refletiu a queda das ações da Petrobras e fechou em baixa de 0,64%, a 118,4 mil pontos. Como esperado, a repercussão é negativa para a empresa e o ADR da estatal, papéis da empresa no exterior, despencou. Na Bolsa de Nova York, o ADR da Petrobras chegou a cair 15% após o fechamento do mercado. (portal da revista Veja)

Petrobras: ações manterão tendência de queda na 2ª feira, apontam economistas

Economistas consultados pelo portal Poder360 disseram que a demissão do presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, levará a novas perdas na Bolsa de Valores quando as operações forem retomadas, na segunda-feira (22/02).

O economista-chefe da Necton, André Perfeito, afirma que a substituição pode indicar uma intenção de interferência na política de preços da Petrobras, a despeito das declarações do presidente Jair Bolsonaro negando essa iniciativa.

O analista de pesquisa da Ativa Investimentos, Ilan Arbetman, disse que recebeu “com pesar” a notícia da troca do presidente da Petrobras. “O mercado deve amanhecer instável com previsão de queda, mas muita coisa vai depender do que vai acontecer no final de semana”, pondera.

O diretor da Mirae Asset, Pablo Spyer, afirma que pode haver mais desconforto por parte dos investidores como resultado da alteração. Por outro lado, pondera que outros acontecimentos contribuíram para a queda de Castello Branco. “Foi uma soma de fatores. O preço do petróleo afundou quinta (18/02) e sexta-feira.”

Diretores da Petrobras conversam sobre possível renúncia coletiva

A agência de notícias Reuters informa que a diretoria executiva da Petrobras está considerando uma renúncia coletiva após o presidente Jair Bolsonaro ter decidido substituir o presidente da companhia, Roberto Castello Branco. Segundo a Reuters, a informação é de fontes próximas do assunto, que falaram sob a condição de anonimato.

Governo indica general Francisco Ferreira como diretor brasileiro de Itaipu

O Ministério de Minas e Energia (MME) informa que o governo federal indicou ontem (19/02), o general da reserva João Francisco Ferreira como diretor-geral brasileiro da Itaipu Binacional. Ferreira vai substituir Joaquim Silva e Luna, que deverá ir para a presidência da Petrobras. (portal Poder 360)

Geração de bioeletricidade registra alta em 2020

Em 2020, a geração de bioeletricidade (incluindo os resíduos sucroenergéticos, biogás, lenha, lixívia, resíduos de madeira, capim elefante, casca de arroz) para a rede elétrica foi de 27.476 GWh, o que representa alta de 0,9% em relação a 2019. Os dados são do Boletim de Bioeletricidade da União da Indústria da Cana de Açúcar (Unica).

No ano passado, o setor sucroenergético foi o responsável por 82,3% da energia elétrica gerada a partir de biomassa, ou seja, 22,6 mil GWh ofertados à rede. Esse volume representou crescimento de 0,9% na comparação com 2019. (Canal da Cana)

Gustavo Alvares é o novo presidente da Atvos

O conselho de administração da Atvos, empresa produtora de etanol, elegeu ontem(19/02) Gustavo Alvares como novo presidente da companhia. As prioridades imediatas nesse novo ciclo da Atvos são o fortalecimento financeiro da companhia, a renovação e expansão dos canaviais, a maior eficiência produtiva e a geração de resultados de forma sustentável no longo prazo.

A empresa tem capacidade para produzir 3 bilhões de litros de etanol, 700 mil toneladas de açúcar VHP e 3,1 mil GWh de energia elétrica. Tem mais de 9 mil empregados, em nove unidades agroindustriais localizadas nos estados de São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás. (Paranoá Energia)

PANORAMA DA MÍDIA

Com reportagens, análises e editoriais, as edições dos jornais neste sábado (20/02) trazem como principais destaques as notícias da demissão do presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, por decisão do presidente Jair Bolsonaro, e a manutenção da prisão do deputado bolsonarista Daniel Silveira (PSL-RJ).

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A demissão de Castello Branco é vista, pelos jornais, como intervenção direta do presidente Jair Bolsonaro na Petrobras, por causa da política de preços dos combustíveis praticada pela estatal. Os jornais trazem, ainda, a repercussão no mercado, por causa da crise na petroleira.

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Por 364 votos a 130 – e três abstenções –, a Câmara dos Deputados confirmou ontem (19/02) a ordem de prisão de Daniel Silveira, determinada na terça-feira (16/02), pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e confirmada pelos demais ministros, por unanimidade. O motivo da prisão do deputado foi a publicação de um vídeo com ataque aos ministros do STF, incitação à violência e defesa do Ato Institucional nº 5 (AI-5), que deu início ao período mais repressivo do regime militar.

Confira as notícias nos jornais O Estado de S. Paulo, Folha de S. Paulo e O Globo.

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