A Enel São Paulo encerrou outubro com os melhores indicadores de qualidade de fornecimento de sua história. O número médio de interrupções de energia por cliente ficou em 3,93 vezes no acumulado em 12 meses, segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Já a duração média anual de interrupções de energia atingiu 6,83 horas por cliente.
De acordo com matéria do jornal O Estado de S. Paulo, a melhora nos indicadores reflete os investimentos realizados desde que o grupo italiano assumiu a concessionária, em julho de 2018. Até setembro deste ano, a Enel investiu cerca R$ 1,4 bilhão na rede da distribuidora. A maior parte desses recursos foi destinada à modernização, fortalecimento e automação da rede elétrica.
Consumo de energia cresceu 2,4% no país, em novembro
A informação, divulgada ontem (18/12) pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e por canais de internet, foi publicada hoje pelo Valor Econômico: a carga (consumo mais perdas) de energia no Sistema Interligado Nacional (SIN) em novembro, de 69.303 megawatts (MW) médios, foi 2,4% maior que a do mesmo período do ano passado. Na comparação com outubro deste ano, a carga recuou 0,3%. No acumulado dos últimos 12 meses até novembro, a carga de energia no sistema nacional cresceu 2,1%.
No subsistema Sudeste/Centro-Oeste, o principal do país, a carga em novembro somou 39.737 MW médios, com alta de 1,6%, ante igual período anterior. Com relação a outubro, porém, houve redução de 2,4%. Com relação ao subsistema Sul, a carga somou 12.087 MW médios, alta de 3% ante novembro de 2018. Também foi observado aumento de 3,3%, na comparação com outubro. O consumo de energia no Nordeste, de 11.731 MW médios, foi 2,5% maior que o apurado em novembro do ano passado. Em relação ao mês exatamente anterior, a alta foi de 2,8%. No Norte, o consumo em novembro cresceu 6,4% totalizando 5.749 MW médios. Na comparação com outubro, houve alta de 1,6%.
Novas regras afetam futuro da geração distribuída no país
O Jornal do Comércio, do Rio Grande do Sul, traz hoje uma série de matérias sobre o impacto que a alteração das regras do setor de geração distribuída, pretendida pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), poderá acarretar para o setor. A proposta da Aneel está em consulta pública até o fim deste mês.
O diretor da Siclo Consultoria em Energia, Plinio Milano, ouvido pela reportagem, argumenta que, do ponto de vista técnico, a geração distribuída diminui a perda de eletricidade, por aproximar a produção de energia do centro de consumo. Outro ponto favorável para essa atividade é se tratar de uma tendência mundial. Contudo, o analista reforça que o sistema precisa ser sustentável, ou seja, as partes envolvidas precisam ser escutadas.
Eletronorte insiste em usina na Amazônia
A Eletronorte apresentou novo estudo de impacto ambiental ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama) na tentativa de avançar com o projeto da hidrelétrica Tabajara, prevista para ser construída na Amazônia, barrando as águas do rio Ji-Paraná, em Rondônia.
O jornal O Estado de S. Paulo ressalta que a usina vem sendo estudada desde a década de 1980, mas não obteve o licenciamento ambiental. Os últimos estudos foram entregues em fim de novembro. O projeto prevê capacidade de geração de 500 megawhatts (MW), o que daria para abastecer uma cidade de 1,4 milhão de habitantes.
Petrobras descarta Comperj
O Valor Econômico informa que a Petrobras terminou o estudo de viabilidade econômica a respeito da finalização da construção da refinaria do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), em parceria com a empresa chinesa CNPC, e concluiu que o projeto não apresenta atratividade econômica.
Com isso, os projetos relacionados à parceria estratégica com a empresa chinesa foram encerrados sem a efetivação do negócio. Em comunicado, a Petrobras esclarece que seguirá buscando novas oportunidades de negócios conjuntos com a CNPC, “fortalecendo o laço iniciado em 2013 com a parceria na área de Libra, seguida da aquisição, em 2017, do Bloco de Peroba (juntamente com a BP), e, recentemente, do direito de exploração e produção do volume excedente ao contrato de cessão de cessão onerosa do campo de Búzios.”
PANORAMA DA MÍDIA
Os jornais Valor Econômico e Correio Braziliense destacam que o governo fechou um acordo para avançar na tramitação da reforma tributária. Ontem (18/12), o ministro da Economia, Paulo Guedes, recebeu em seu gabinete os presidentes das duas Casas do Congresso, o senador Davi Alcolumbre (DEM-AP) e o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), para definir como serão conduzidas as mudanças no sistema tributário nacional. Na reunião, Guedes detalhou as propostas do Executivo. As sugestões do governo serão enviadas diretamente para uma comissão mista, que vai conciliá-la com as duas propostas que tramitam no Congresso. O colegiado será instalado hoje e trabalhará durante o recesso, com o objetivo de garantir que a tramitação da reforma seja concluída no primeiro semestre. A criação de um imposto sobre transações financeiras, do tipo da CPMF, foi novamente mencionada pelo ministro, dois dias depois de o presidente Jair Bolsonaro afirmar que todas as hipóteses de mudanças tributárias estão sobre a mesa.
O principal destaque de hoje (19/12) dos jornais O Globo e O Estado de S. Paulo foram as ações de busca e apreensão realizadas ontem em endereços ligados ao senador Flávio Bolsonaro (sem partido-RJ) e a ex-assessores seus na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). O Ministério Público do Rio (MP-RJ) elaborou um resumo das investigações sobre a prática de “rachadinha” no gabinete do então deputado estadual entre os anos de 2007 e 2018. Os promotores afirmam que Flávio nomeava assessores orientados a devolver parte de seus salários para o grupo; que o ex-policial militar Fabrício Queiroz fazia toda a operação de recolhimento da remuneração dos funcionários; e que a loja de chocolates de Flávio num shopping da Barra da Tijuca e negócios imobiliários do senador serviam para lavar o dinheiro ilegalmente.
A Folha de S. Paulo informa que o empresário Marcelo Odebrecht acusa o pai, Emílio Odebrecht, de levar a empresa à recuperação judicial, com dívidas que chegam a R$ 98,5 bilhões.