Para o setor de petróleo e gás, o resultado das eleições presidenciais no domingo deve afetar principalmente a venda de ativos da Petrobras na área de refino e as políticas de incentivo para o escoamento de gás natural até a costa, conforme indica reportagem do Valor Econômico.
Na produção de petróleo e gás, entretanto, não são esperadas grandes alterações, tanto em caso de vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ou de Jair Bolsonaro (PL), apontam especialistas. “Os projetos de produção são de médio a longo prazo. A maioria dos projetos que vai começar a produzir até 2026 já está contratada. Independentemente do resultado eleitoral, a produção deve seguir a mesma”, diz o ex-diretor da Agência Nacional do Petróleo (ANP) e sócio consultor do escritório Schmidt Valois Advogados, Aurélio Amaral.
Em relatório divulgado nesta semana, a consultoria S&P Global Commodity Insights lembra que ambos os candidatos já presidiram o país em momentos de aumento da produção. No governo Lula, entre 2003 e 2010, a produção nacional de petróleo cresceu 45%, com estímulo ao desenvolvimento de áreas em águas profundas, um incremento de 700 mil barris por dia (barris/dia). Nos últimos quatro anos, no governo Bolsonaro, a consultoria também aponta um crescimento na extração, com alta de 15%, equivalente a 400 mil barris/dia.
Pressão ambiental faz mais empresas relatarem suas emissões de carbono
A Folha de S. Paulo informa que a quantidade de empresas que relatam suas emissões de carbono dobrou nos últimos três anos e atingiu patamar recorde no Brasil. Segundo levantamento do Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getúlio Vargas (FGVces), 305 companhias publicaram inventário de gases de efeito estufa em 2021, o que representa um aumento de 108% em relação a 2018, quando 145 organizações fizeram a divulgação.
O estudo considera os dados do Registro Público de Emissões, plataforma que integra o Programa Brasileiro GHG Protocol e é considerada uma das principais bases de dados para esse tipo de diagnóstico. Na comparação com 2020, o crescimento no número de empresas foi de 60%, saindo de 192 para 305. Segundo o relatório, o aumento ocorre apesar das dificuldades enfrentadas pelas companhias durante a pandemia de covid-19, demonstrando o maior compromisso do setor empresarial com a agenda sustentável.
2W Energia vai fornecer energia renovável para o Banrisul e Semae
A 2W Energia vai fornecer energia renovável para o Banrisul e o Serviço Municipal de Água e Esgotos (Semae) da prefeitura de São Leopoldo (SP), informa o site Energia Hoje. Com a crescente migração para o mercado livre, a empresa busca firmar parcerias com empresas públicas e privadas com intuito de ampliar o acesso à energia limpa no país.
O contrato com o Semae é uma alternativa para o abastecimento energético da autarquia municipal e ocorreu por meio de um pregão eletrônico realizado em 16 de outubro. Com relação ao Banrisul, cerca de 100 agências do banco do Rio Grande do Sul serão beneficiadas pelo acordo ainda em outubro. O fornecimento terá rastreabilidade da fonte (I-REC) e o contrato prevê o fornecimento de mais de 140 GWh até dezembro de 2031 no ambiente de contratação livre.
IBP sugere royalty menor para quem emitir menos
O Instituto Brasileiro do Petróleo e do Gás (IBP) sugeriu ontem (25/10), em audiência pública na Agência Brasileira de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) uma alteração no edital da oferta permanente para redução das alíquotas de royalties ao mínimo previsto na regulação para empresas que comprovarem a utilização de tecnologias de baixo carbono ou a redução das emissões de carbono, no contexto da transição energética.
Reportagem do Valor Econômico explica que o modelo de oferta permanente prevê que os leilões para conceder novas áreas para exploração e produção ocorrem depois da manifestação de interesse das empresas. Até o momento, foram realizados três ciclos de leilões nesse formato para contratos de concessão.
A ANP trabalha no aprimoramento do edital e minutas de concessão para áreas incluídas na oferta permanente. Entre as alterações, debatidas na audiência pública, está a inclusão na oferta permanente de áreas que foram oferecidas na 17ª Rodada, em 2021 sem ter sido arrematadas. Também está prevista a possibilidade de se iniciar um novo ciclo antes da homologação dos resultados do anterior.
PANORAMA DA MÍDIA
O Brasil gerou 278.085 empregos com carteira assinada em setembro deste ano, de acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados nesta quarta-feira (26/10), pelo Ministério do Trabalho e da Previdência Social. O resultado veio abaixo do registrado em setembro do ano passado, quando foram abertas 330.177 mil vagas formais. (O Estado de S. Paulo)