A Argentina elevou em cerca de 250% a importação de energia elétrica do Brasil, a fim de suprir suas demandas energéticas para o inverno que se aproxima, até setembro, informa o Valor Econômico. O país tem alta demanda por energia nesse período por causa da necessidade de aquecimento de ambientes.
Segundo Walfrido Ávila, presidente da Tradener, comercializadora responsável pela transação, o país vizinho vinha importando, desde o início de maio, volumes da ordem de 480 megawatts (MW) médios, passando nos últimos dias para o patamar de 1.200 MW médios. Esse valor varia a cada dia.
De acordo com dados preliminares do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), na quarta-feira (01/06), a exportação do Brasil ficou em torno de 1.000 MW médios. O envio de energia do Brasil para a Argentina se dá por meio da subestação conversora de Garabi, no Rio Grande do Sul, na fronteira entre os dois países.
Ainda de acordo com a reportagem, a Argentina compra pelo mercado livre (ambiente em que se pode escolher o fornecedor da eletricidade) energia de usinas térmicas que não estejam em operação no momento do pedido. Nesse caso, as usinas apresentam ofertas semanais de preços e a vencedora (que pode ser uma térmica a gás, a carvão mineral ou a óleo combustível) recebe liberação pelo ONS para gerar.
RBE e AES Brasil fecham contrato de energia de dez anos
A RBE, empresa do Grupo HCS, fechou com a AES Brasil um contrato de compra energia no mercado livre com duração de dez anos para 20 megawatt-médio (MW-med). A aquisição visa garantir o suprimento de energia para os clientes de uma futura plataforma varejista em desenvolvimento. O valor do contrato também não foi divulgado.
Além da comercialização de energia, a RBE também atua em geração com cerca de 1.000 MW em projetos de energia fotovoltaica, eólica e de pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) em estudos de viabilidade pela empresa. (Valor Econômico)
Amazônia gera 26% da energia elétrica do país, mas tem 1 milhão de pessoas no escuro
Reportagem do canal BBC News Brasil informa que a região amazônica gera, por meio de suas usinas hidrelétricas, 26% da energia elétrica consumida em todo o território nacional. No entanto, municípios da Amazônia Legal têm 1 milhão de pessoas sem luz elétrica – elas recebem fornecimento em apenas algumas horas do dia, por meio de geradores.
De acordo com a reportagem, outros 3 milhões de habitantes da região estão fora do Sistema Interligado Nacional (SIN). Essa população na Amazônia Legal precisa ser abastecida por usinas termelétricas a óleo diesel. A Amazônia Legal engloba 772 cidades em nove estados: Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins. (portal Terra – com informações da BBC News Brasil)
Guerra na Ucrânia aumenta os custos de usinas solares e eólicas
Reportagem do Valor Econômico indica que o desenvolvimento de usinas eólicas e solares ficou mais caro no Brasil. Essa realidade resulta do aumento dos preços de componentes usados na geração de energia renovável que, por sua vez, é reflexo dos impactos na cadeia logística global de commodities como resultado da guerra na Ucrânia.
O cenário, no entanto, não deve frear o ritmo de crescimento dos setores, dizem especialistas. A recuperação do consumo depois da retração na pandemia e o conflito na Europa levaram a fortes aumentos nos preços de insumos para fabricação de peças usadas na geração renovável, caso do silício das placas solares fotovoltaicas e do aço das torres eólicas.
O vice-presidente de geração centralizada da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), Ricardo Barros, afirma que as commodities com maior impacto no segmento de geração solar são silício, aço e cobre. “O aço usado no Brasil é de produção nacional, então o país está bem posicionado em relação a outras economias. Monitoramos também impactos [da guerra] na cadeia logística, que podem gerar riscos ou oportunidades na importação de equipamentos, em especial os módulos, que vêm principalmente da China”, diz.
Indústria do biodiesel tem oferta para mistura B12
Representantes da indústria de biodiesel reforçaram ontem (02/06), junto ao governo, a defesa de que o segmento tem matéria-prima suficiente para que a mistura do produto no diesel seja elevada de 10% para pelo menos 12% já no segundo semestre. A medida vem sendo cogitada em alguns setores do governo como forma de garantir o abastecimento de diesel à população.
Líderes da indústria foram recebidos pelo secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Guilherme Bastos Filo, e outros representantes da pasta. A decisão pela mudança da mistura, porém, cabe ao Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), presidido pelo Ministério de Minas e Energia (MME). (Valor Econômico)
Crédito tributário em tarifas de gás passa de R$ 2 bilhões, diz Abrace
A devolução de créditos tributários para os consumidores poderá não ficar restrita à energia elétrica e valer também para o gás canalizado. Levantamento inédito da Abrace (associação dos grandes consumidores industriais de energia), obtido pelo Valor Econômico, identificou mais de R$ 2 bilhões recolhidos indevidamente em PIS/Cofins pelas distribuidoras de gás. Quase metade disso diz respeito à Comgás (SP).
No ano passado, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que a exclusão do ICMS da base de cálculo do PIS/Cofins é válida desde março de 2017, quando foi fixada a tese de repercussão geral sobre o assunto. Os valores cobrados a mais, durante esse período, devem ser reembolsados. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) já tem usado parcialmente esses créditos tributários para aliviar os reajustes das contas de luz.
PANORAMA DA MÍDIA
As Cataratas do Iguaçu, em Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná, registraram nesta sexta-feira (03/06) a maior vazão dos últimos cinco anos, conforme a Companhia Paranaense de Energia (Copel), que faz monitoramento do fluxo de água na região. O volume de água no Rio Iguaçu, próximo das quedas, ultrapassou o volume considerado normal, que é de 1,5 milhão e registrou hoje mais de 10 milhões de litros por segundo. (portal G1 – o link inclui vídeo)
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O Citigroup vai perder ao menos US$ 50 milhões por causa de um erro de digitação cometido por um funcionário britânico, que causou um crash nas ações europeias no mês passado, conforme relataram fontes à Bloomberg. O banco ainda está calculando as perdas pelo erro na transação e o prejuízo pode ser maior, disse uma das fontes, que pediu para não ser identificada. (O Globo)