Autoridades da Argentina anunciaram hoje (01/02) um acordo de US$ 8,3 bilhões em investimentos com a China para a construção de uma nova usina nuclear na província de Buenos Aires. O acordo foi assinado em uma cerimônia que contou com a presença do governador de Buenos Aires, Alex Kicillof, e autoridades do governo de Alberto Fernández.
O Valor Econômico destaca que esse é o maior investimento da China na Argentina e do primeiro projeto nuclear chinês na América Latina. A nova usina terá capacidade de gerar 1.200 megawatts e deverá ter suas obras concluídas em até oito anos e meio. Segundo a imprensa argentina, a central terá vida útil de 60 anos e respeitará os requisitos exigidos pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIE).
Ainda de acordo com a reportagem, o contrato entre a Nucleoelétrica Argentina S.A. e a Corporação Nuclear Nacional da China (CNNC) prevê transferência de tecnologia para que a Argentina passe a fabricar o combustível usado na usina, que será construída na central de Zárate.
Distribuidoras de energia têm dúvidas sobre tributação de bônus concedido a consumidores
Distribuidoras de energia elétrica têm dúvidas sobre a tributação de bônus que deverão dar para os consumidores que reduziram o consumo de luz entre setembro e dezembro do ano passado, conforme o Programa de Incentivo à Redução Voluntária do Consumo de Energia Elétrica criado pelo governo federal para incentivar o menor consumo de energia.
A orientação é da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), mas a falta de legislação tributária sobre o assunto deixou as distribuidoras sem saber ao certo como pagar o ICMS aos estados, conforme explica o Valor Econômico.
Com o bônus, se o consumidor atingir a meta estipulada de redução de consumo ele recebe um desconto na conta de luz. O bônus é de R$ 0,50 por quilowatt-hora do total da energia economizada entre setembro e dezembro de 2021 em relação ao mesmo período de 2020. As leituras, a emissão e o vencimento podem ocorrer com pequenos desvios em relação ao mês civil correspondente. Para as distribuidoras, o risco é cada estado acabar adotando uma postura diversa quanto ao recolhimento de ICMS.
Neoenergia obtém financiamento de R$ 1,2 bi com Banco Europeu
A Neoenergia assinou um novo contrato com o Banco Europeu de Investimento para financiamento de até 200 milhões de euros ou cerca de R$ 1,2 bilhão na cotação atual para os complexos eólicos Oitis (BA-PI), Chafariz (PB) e os parques solares de Santa Luzia (PB). O prazo é de até dez anos, sendo três anos de carência e com os desembolsos devendo ocorrer em até 36 meses.
O Banco Europeu é uma das maiores agências multilaterais do mundo para financiamento de investimentos alinhados a iniciativas voltadas para atenuar alterações climáticas. (Canal Energia)
EPE: consumo de energia cresceu 5,2% em 2021
O consumo de energia elétrica no Brasil atingiu 500.209 GWh ao longo de 2021, crescimento de 5,2% na comparação com o ano anterior, informa a última Resenha Mensal, publicação da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), que foi divulgada ontem (31/01) à noite,
Em dezembro a demanda subiu 2%, alcançando 42.937 GWh, sendo a melhor marca para o mês desde a série histórica da entidade, que começou em 2004. Comércio e indústria puxaram a expansão, com acréscimos de 6,7% e 2,9%. O mercado livre apresentou alta de 6,7% no período, enquanto o consumo cativo das distribuidoras retraiu 0,6%. (Canal Energia)
PANORAMA DA MÍDIA
A privatização da Eletrobras no TCU: decisão em março é o mais provável – informa Lauro Jardim, em seu blog no Globo. O jornalista ressalta que o governo tem pressionado o Tribunal de Contas da União (TCU) a votar na sessão do dia 9 de fevereiro o processo que analisa a modelagem de privatização da estatal elétrica, suspenso desde dezembro quando o ministro Vital do Rêgo pediu vista do processo. Ainda segundo Lauro Jardim, quem acompanha de perto o processo no TCU avalia que “é possível, mas não é provável” que o processo volte a ser discutido no dia 9 pelo plenário do tribunal.