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Atraso em chuvas pode levar conta de luz a ter taxa extra em dezembro, dizem analistas – Edição da Manhã

Outubro está chegando ao fim e as chuvas, até o momento, representaram apenas 59% da média de longo prazo para a região Sudeste, onde estão instalados os maiores reservatórios do país. É o que mostram dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) divulgados ontem (29/10).

Segundo especialistas do setor ouvidos pela agência de notícias Reuters, o atraso do início do período de chuvas na região das hidrelétricas poderá levar as contas de luz a permanecerem com cobranças adicionais em dezembro, geradas pelo acionamento das bandeiras tarifárias.

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) já anunciou que, em novembro, a bandeira tarifária ficará no patamar vermelho nível 1, que gera custo extra de R$ 4,169 para cada 100 quilowatts-hora consumidos, ante bandeira amarela em outubro deste ano e em novembro de 2018.

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“Em dezembro, a bandeira tarifária poderá ficar entre o patamar vermelho nível 1 e o amarelo. Vai depender um pouco de como será o comportamento (das chuvas) na segunda quinzena de novembro”, disse o diretor comercial da Energética Comercializadora, Laudenir Pegorini.

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Com o tempo bastante seco, as primeiras chuvas significativas que caírem na região das hidrelétricas deverão, inicialmente, apenas umedecer o solo. O enchimento dos reservatórios irá demorar um pouco mais, disse a gerente de Estudos e Pesquisa da empresa de inteligência em energia MegaWhat, Juliana Chade.

“O nível dos reservatórios deve começar a subir a partir de fevereiro – entre fevereiro e março”, afirmou. Juliana ressaltou, no entanto, que a situação não gera riscos de oferta de energia. “Em anos anteriores já tivemos afluências ainda menores e não houve esse risco”, acrescentou.

Ministro de Energia prevê recuperação dos reservatórios

O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, disse ontem (28/10) que há boa expectativa de chuvas para o próximo verão. Na avaliação do ministro, deve haver recuperação dos reservatórios das usinas hidrelétricas nos próximos meses, apesar da baixa nas precipitações ter levado a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) a acionar a bandeira tarifária vermelha.

“As expectativas são positivas no sentido do regime de chuvas para o próximo período de verão”, disse Albuquerque. Segundo ele, a decisão da Aneel foi tomada em cumprimento às normas que regulam o setor. Entretanto, é esperada uma melhora (das chuvas) nos próximos meses. (Fonte: Jornal do Comércio, do Rio Grande do Sul)

Furnas busca parceiro para leilão de transmissão

O Diário do Comércio, de Minas Gerais, informa que a estatal Furnas, subsidiária da Eletrobras, está em busca de eventuais parceiros para disputar o leilão do governo federal, previsto para dezembro, que oferecerá concessões para a construção de novos projetos de transmissão de energia.

A reportagem destaca que o interesse, se concretizado, marcará o retorno de Furnas às licitações após seis anos. A companhia arrematou o último projeto em leilões de transmissão em dezembro de 2013 e, desde então, chegou até a ser vetada em algumas concorrências pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) devido ao atraso excessivo em empreendimentos no setor. A ausência ainda aconteceu em meio a dificuldades financeiras do grupo Eletrobras.

Brasil veio para ficar no mercado do petróleo, diz AIE

Com os recordes sucessivos de produção no pré-sal, o Brasil será um dos pilares de sustentação do crescimento da oferta mundial de petróleo até 2030, atrás apenas dos Estados Unidos, estima a Agência Internacional de Energia (AIE).

Em entrevista ao Valor Econômico, o diretor-executivo da AIE, o economista turco Fatih Birol afirmou que o Brasil “veio para ficar” como um dos principais supridores de petróleo no mundo. Segundo ele, o megaleilão dos excedentes da cessão onerosa, marcado para dia 6 de novembro, será “certamente um das maiores da história do setor”. A entrevista está alinhada ao principal destaque da edição de hoje (29/10) do Valor Econômico (ver Panorama da Mídia neste boletim).

Petrobras avalia venda de ativos via mercado de capitais

O Valor Econômico informa que a Petrobras pretende repetir o modelo da venda da BR Distribuidora e recorrer ao mercado de capitais para avançar com desinvestimentos de ativos como a Braskem, Gaspetro, seus gasodutos marítimos de escoamento e termelétricas.

A informação foi apresentada ontem (28/10) pelos diretores da companhia, a investidores, segundo a XP Investimentos. A estatal sinalizou, ainda, que está disposta a investir, no leilão dos excedentes da cessão onerosa, no dia 6 de novembro, mais do que os US$ 9 bilhões que receberá da União. O valor equivale a cerca de um terço do bônus de assinatura fixado pelo governo para a rodada e diz respeito à quantia que a estatal receberá pela renegociação do contrato da cessão onerosa – que em 2010 cedeu à petroleira o direito de produzir 5 bilhões de barris, no pré-sal, como parte do processo de capitalização que resultou no aumento da fatia da União na companhia.

PANORAMA DA MÍDIA

O Brasil caminha para ser uma das maiores potências petrolíferas do mundo, destaca o Valor Econômico em sua principal reportagem na edição de hoje (29/10). O país já está entre os dez maiores produtores e, dada a elevada produtividade do óleo explorado na camada pré-sal, pode se tornar a segunda maior fonte de crescimento da produção mundial de petróleo até 2030, só atrás dos Estados Unidos.

“O Brasil tem os recursos petrolíferos ‘offshore’ (no mar) mais produtivos do mundo. Enquanto um poço [no pré-sal] pode ter produtividade de 60 mil barris por dia, no Golfo do México é algo como 12 mil a 13 mil barris por dia. São cinco vezes mais”, disse Carlos Pascual, vice-presidente da IHS Markit. Para ele, outro aspecto fundamental foram as reformas dos últimos dois anos no setor, que abriram a possibilidade de haver outros operadores [no pré-sal], não somente a Petrobras.

O jornal O Estado de S. Paulo informa que após a aprovação da Previdência, o ministro da Economia, Paulo Guedes, entrega esta semana ao Congresso uma agenda de propostas as contas públicas. De acordo com a reportagem, essa segunda fase de reformas é a principal tentativa da equipe econômica para mudar a gestão das contas públicas nas três esferas de governo, com a criação de um novo marco institucional para o país quase 20 anos depois da aprovação da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

O principal destaque de hoje do jornal O Globo é o aumento da quantidade de armas de fogo no país, em consequência das políticas implementadas pelo governo federal. De acordo com dados da Polícia Federal (PF), 36.009 novos armamentos foram registrados entre janeiro e agosto deste ano, dos quais 52% ocorreram nos últimos três meses desse período, após o presidente Jair Bolsonaro editar uma sequência de decretos sobre o tema. Em setembro, o total de registros ativos de armas no país expedidos pela PF – que incluem não só as novas armas, mas as que expiraram e foram renovadas – já havia ultrapassado a marca de 1 milhão, ante os 678.309 de dezembro do ano passado.

O estado de saúde do prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), 39, é a manchete da Folha de S. Paulo. O prefeito recebeu diagnóstico de câncer no trato digestivo com metástase e terá que passar por quimioterapia. O quadro foi divulgado ontem (28/10) em entrevista coletiva no hospital Sírio-Libanês. Covas não deve se afastar do cargo a princípio. Aos médicos, ele disse que tem a responsabilidade de ficar no comando da prefeitura enquanto possível e que terá a responsabilidade de deixar o cargo se precisar.

 

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