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Auren, Copel e Spic se movimentam para leilão de reserva de capacidade de energia – Edição do Dia

Reportagem do Valor Econômico destaca que o anúncio de que o governo pretende realizar um leilão de reserva de capacidade, no dia 30 de agosto de 2024, para termelétricas novas ou em operação e ampliação em hidrelétricas deu a largada para as empresas se mobilizarem para participar do certame.

Geradoras de energia dizem que já se preparam para desengavetar projetos de expansão, incluir programas descontratados e adotar novas tecnologias. Nomes de peso já declararam que estarão no evento. Spic Brasil, Auren, Copel, Petrobras disseram que têm intenção de entrar na corrida para colocarem seus projetos.

A reportagem explica que leilão de reserva de capacidade é um processo licitatório no qual são contratadas usinas geradoras de energia para disponibilizarem uma quantidade específica de geração em um determinado período. O objetivo é garantir a reserva de energia para atender à demanda futura considerando aspecto do crescimento do consumo em razão da sazonalidade e contingências.

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A Abrage, associação que representa 80% da geração hidrelétrica do Brasil, estima que há potencial de cerca de 7 gigawatts (GW) para ampliação da potência de hidrelétricas por meio da motorização de poços vazios. A esse respeito, o Valor Econômico ouviu a a CEO da Spic Brasil, Adriana Waltrick, a diretora de assuntos regulatórios da Auren Energia, Priscila Lino, e o presidente da Copel, Daniel Slaviero.

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Entidades cobram do Ministério de Minas e Energia avanços na agenda setorial

Reportagem do Valor Econômico indica que entidades com ampla representação dos consumidores de energia elétrica voltaram a cobrar do Ministério de Minas e Energia (MME) avanços na agenda de reforma do setor elétrico e ação política para conter “pautas bombas” discutidas no Congresso Nacional que, em caso de aprovação, vão impor novo custo bilionário às contas de luz.

Capitaneada pelo presidente da Frente Nacional dos Consumidores de Energia, Luiz Eduardo Barata, a coalizão que reúne mais de quinze entidades vinculadas aos consumidores preparou documento com dez medidas prioritárias para corrigir decisões tomadas por governos anteriores, medidas populistas ou de interesse de grupos econômicos específicos defendidas no Legislativo e tirar do papel a atualização do conjunto de normas e leis do setor elétrico consideradas ultrapassadas.

Com passagens pelos comandos de órgãos que cuidam do setor (como MME, Operador Nacional do Sistema Elétrico e Câmara de Comercialização de Energia Elétrica), Barata é um dos especialistas que alertam o governo sobre o risco de o setor entrar em colapso.

Governo mapeia cadeias de valor e vê pressão em preço de alimento e energia

O Valor Econômico informa que um estudo da Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda fez um mapeamento em cadeias de valor dos produtos que mais pressionaram a inflação nos últimos anos e concluiu que ainda há muito trabalho a ser feito no Brasil para mitigar choques nos preços para garantir a segurança alimentar e energética.

O resultado consta no relatório final do Grupo de Trabalho Interministerial (GT) sobre Resiliência em Cadeias de Valor, que será divulgado nesta terça-feira (12/3). Foram selecionados os itens da cesta básica e do transporte de mercadorias que mais pressionaram os indicadores de preços entre 2020 e 2022, durante a pandemia.

Conselho da Petrobras pode avaliar distribuir dividendos extraordinários “em momento oportuno”, diz ministro

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que “em momento oportuno” o conselho de administração da Petrobras pode reavaliar a decisão de reter os dividendos extraordinários relativos ao lucro do 4º trimestre em uma conta de contingência.

“Os recursos apurados de lucro que não são obrigatórios de serem divididos foram para uma conta de contingência, que remunera o capital, e que num momento oportuno o Conselho pode reavaliar a possibilidade de dividir parte ou a totalidade, em momento oportuno”, disse Silveira após reunião no Palácio do Planalto. (Valor Econômico)

A versão digital do Valor Econômico publicou ontem (11/3) uma série de reportagens a respeito da Petrobras. Entre elas, esta que explica a crise na Petrobras sobre dividendos extraordinários.

Dívida e capacidade de investir: o que está em jogo na decisão da Petrobras sobre dividendos?

Segundo fontes do jornal O Estado de S. Paulo a par das discussões em torno da Petrobras, o governo, por meio de seus indicados ao conselho de administração da estatal, demonstrou preocupação com o limite de endividamento da companhia para fazer frente ao plano de investir US$ 102 bilhões até 2028.

A retenção de dividendos, ainda que não possam ser usados para bancar esses investimentos, contribui para a melhora das métricas da companhia, dando segurança ao financiamento do plano de investimentos e às futuras distribuições aos acionistas.

Ministério da Fazenda terá assento no conselho de administração da Petrobras

O Ministério da Fazenda terá um assento no conselho de administração da Petrobras. A pasta deverá encaminhar, por determinação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o nome de um indicado para passar pelo crivo do conselho da estatal.

Em entrevista à imprensa, ontem (11/3), o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, confirmou o convite à Fazenda para ocupar um dos seis assentos do governo, de um total de 11, no colegiado. Ele falou a jornalistas após participar de uma reunião de mais de três horas que ocorreu no Palácio do Planalto, com a presença de Lula e do presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, além de diretores da estatal e dos ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Rui Costa (Casa Civil).

O encontro ocorreu após a Petrobras perder R$ 56 bilhões em valor de mercado em um único dia, devido ao temor de ingerência do governo federal sobre a estatal, que anunciou a retenção de dividendos extras na semana passada. (O Estado de S. Paulo)

Confira estudo da CCEE que mostra alta de 3,7% no consumo de energia do Brasil em 2023

Em 2023, o Brasil consumiu 69.363 megawatts médios de energia elétrica, 3,7% a mais do que em 2022. É o que mostra o novo estudo da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), disponibilizado na íntegra nesta semana. As ondas de calor que atravessaram o país no segundo semestre e o bom desempenho de alguns setores da economia foram os principais fatores para o aumento.

No mercado regulado, em que os consumidores compram sua energia diretamente das distribuidoras, a alta foi de 2,5%. O uso mais intenso de eletrodomésticos como ventiladores e ar-condicionado alavancou a demanda, especialmente nos últimos meses do ano, quando as temperaturas bateram recorde em boa parte do país. A migração de consumidores para o ambiente livre também impactou os resultados.

Por sua vez, o mercado livre, no qual é possível escolher o fornecedor de energia e negociar condições de contrato, o consumo avançou 5,9% no comparativo anual. O crescimento reflete uma combinação da maior atividade em alguns setores produtivos, a chegada de novos entrantes no segmento e o impacto do calor em ramos como Comércio e Serviços, que também usaram mais os equipamentos de refrigeração.

EUA são os maiores produtores de petróleo pelo 6º ano seguido

Os Estados Unidos produziram 12,9 milhões de barris de petróleo por dia (bpd) em 2023, o maior volume já extraído anualmente por um país. Com isso, lideram o ranking de produtores pelo sexto ano consecutivo, segundo a Agência de Informações em Energia do Departamento de Estado americano (EIA, na sigla em inglês).

A produção média no ano passado superou o recorde anterior, de 12,3 milhões de bpd estabelecido em 2019. Em dezembro de 2023, o volume chegou a 13,3 milhões de bpd.

Veja a lista dos maiores produtores de petróleo cru e condensado em 2023 (em milhões de bpd): EUA: 12,9 / Rússia: 10,1 / Arábia Saudita: 9,7 / Canadá: 4,6 / Iraque: 4,3 / China: 4,2 / Irã: 3,6 / Brasil: 3,4 / UAE: 3,4 / Kuwait 2,7 / outros: 22,8. (Agência EPBR)

RenovaBio: distribuidores têm até o dia 28 para realizar aposentadoria de CBIOs na B3 como cumprimento das metas de descarbonização de 2023

O Jornal da Cana informa que termina no próximo dia 31 o prazo para a comprovação das metas individuais de descarbonização para distribuidores de combustíveis fósseis referentes ao ano de 2023, conforme estabelecido no decreto nº 9.888, de 2019.

De acordo com a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a B3 aceitará aposentadorias de créditos de descarbonização (CBIO) até o dia 28, para fins de cumprimento das metas de descarbonização referentes ao ano de 2023.

O descumprimento parcial ou integral da meta anual individual sujeita o distribuidor de combustíveis à multa, sem prejuízo das demais sanções administrativas e pecuniárias previstas em lei e de outras de natureza civil e penal.

Brookfield busca sócio para produzir biometano no Brasil

O Valor Econômico informa que a canadense Brookfield decidiu entrar no mercado de biogás e biometano no Brasil em 2024. De acordo com a reportagem, a gestora já está em tratativas avançadas para comprar fatia de um projeto que prevê investimentos que podem chegar a U$$ 300 milhões (quase R$ 1,5 bilhão).

Embora a canadense não revele a identidade da companhia com a qual está negociando, ela destaca que a mesma contratou um banco para explorar propostas de investidores e encontra-se em fase de negociação com a Brookfield. Segundo o diretor da área de energia renovável e transição da gestora, André Flores, as plantas em questão devem converter biogás para biometano, uma vez que o valor agregado é maior.

Cuba sofre nova onda de apagões

Cuba registrou ontem (11/3) um grande número de apagões por “déficit” de geração de energia, informou a companhia estatal Unión Eléctrica, em meio a uma nova onda de cortes enquanto várias de suas termelétricas estão em conserto ou manutenção.

A Unión Eléctrica informou em fevereiro que a termelétrica Antonio Guiteras, a mais importante do país, pararia de funcionar para manutenção, enquanto outro diretor indicou nesta segunda na televisão estatal que outras plantas operam parcialmente. (portal UOL – com informações da Agência France Presse)

PANORAMA DA MÍDIA

A polêmica a respeito do pagamento de dividendos extras da Petrobras é o principal destaque da edição desta terça-feira (12/3) de jornais de circulação nacional.

A crise dos dividendos da Petrobras elevou a pressão para reverter a decisão da quinta-feira passada, de não distribuir remuneração extra aos acionistas. Diante da queda no valor de mercado da empresa, passou-se a considerar entendimento que leve os acionistas, em assembleia no dia 25 de abril, a analisar a distribuição parcial ou total do dividendo extraordinário. (Valor Econômico)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta segunda-feira (11/3) que a Petrobras tem de pensar nos 200 milhões de brasileiros que são donos, sócios dela, não apenas acionistas. (Folha de S. Paulo)

Ele (presidente Lula) afirmou já ter tido uma “conversa séria” sobre isso com a direção da Petrobras no passado. Hoje, ele se encontra com o presidente da estatal, Jean Paul Prates, num momento de tensão na estatal por conta da retenção de dividendos pela empresa. (O Globo)

“O que não é correto é a Petrobras, que tinha de distribuir R$ 45 bilhões de dividendos, querer distribuir R$ 80 bilhões. São R$ 40 bilhões a mais que poderiam ter sido colocados para investimento, fazer mais pesquisa, mais navio, mais sonda”, disse Lula. “Tivemos uma conversa séria com a direção da Petrobras.” Após a divulgação da entrevista, as ações da petroleira, que subiam entre 1% e 2,3%, fecharam em queda de 1,92% (ON) e 1,30% (PN). (O Estado de S. Paulo)

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