O Balcão Brasileiro de Comercialização de Energia (BBCE) lança nesta quarta-feira (22/09), sua plataforma para a realização de leilões. Ao Canal Energia, o presidente da empresa, Carlos Ratto, conta que todo o processo será digital, de “forma simples e parametrizável pelos clientes”. Segundo ele, a ideia não é atender apenas comercializadoras, mas também outros clientes que queiram comprar ou vender energia elétrica.
“É um serviço específico e aberto a todos, sejam clientes atuais ou não clientes e que desejem apenas utilizar o serviço. É uma plataforma à parte, com acesso exclusivo”, explicou Ratto. Serão oferecidos dois pacotes: o básico e o premium. Nesse último, também será oferecido apoio à documentação.
O executivo informou que a plataforma vem sendo planejada desde o final de 2019, a partir de conversas entre a BBCE e clientes que apresentaram suas demandas. Para acessar a nova plataforma, os interessados devem entrar em contato com a equipe do departamento comercial da BBCE para uma visita virtual de demonstração e testes.
Bairros da zona oeste do RJ ficam sem luz após falha em subestação da Light
Durante a tarde e no começo na noite de ontem (21/09), moradores de diferentes bairros da zona oeste do Rio reclamaram de picos de luz ou de quedas de energia de mais longa duração. (O Globo)
Em nota à imprensa, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) informou que houve um desligamento automático na subestação Jacarepaguá (RJ) e foi verificada variação de cerca de 1 GW. De acordo com o ONS, às 17h45 já haviam sido normalizados cerca de 700 MW de carga. Porém, às 17h47 horas ocorreu novo desligamento da mesma subestação, com uma nova variação de carga de 700 MW. O sistema foi totalmente normalizado às 18h17.
O ONS afirmou que avaliará as causas da ocorrência junto aos agentes envolvidos. Ainda em nota à imprensa, o operador enfatizou: “Reiteramos que, assim que o problema foi identificado, atuamos prontamente para que o completo fornecimento de energia fosse restabelecido o mais rápido possível”. (Canal Energia)
Aneel avalia três projetos de usina eólica offshore, mas deve aguardar regulação específica
O Valor Econômico informa que a diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) analisa os pedidos de autorização para instalação de duas usinas eólicas offshore no Ceará, mas tende a aguardar o amadurecimento de uma regulação específica para o setor, o que deve acontecer em 2022.
A informação foi dada pelo assessor da diretoria da Aneel, Daniel Vieira, em seminário on-line sobre a regulação do setor organizado ontem (21/09) pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan). O empreendimento, da Eólicas do Brasil, chegou a obter uma primeira autorização da Aneel, mas com base no regramento válido para usinas eólicas em terra, o que não deve bastar.
Por ora, a recomendação da área técnica da agência aos diretores que analisam os projetos é aguardar as regras para a operação em alto mar antes de emitir os chamados despachos de requerimento de outorga (DRO), primeiro documento que autoriza a geração de energia.
Potiguar E&P vence chamada pública para fornecer gás natural no Ceará
A PetroRecôncavo informou que sua subsidiária, Potiguar E&P S.A., foi vencedora do processo de chamada pública para suprimento de gás natural 2022/2023 da Companhia de Gás do Ceará (Cegás). A finalização da chamada pública e a assinatura dos respectivos contratos de suprimentos ocorrerão apenas após a finalização da negociação dos termos do contrato e o atendimento das condições precedentes, dentre elas a assinatura do contrato de acesso à infraestrutura de escoamento da Petrobras interligando as instalações de produção da Potiguar E&P até a Unidade de Processamento de Gás Natural da Petrobras em Guamaré (UPGN Guamaré). (IstoÉ Dinheiro)
Energia mais cara limita produção da British Steel
A British Steel alertou para a escalada “fora de controle” dos preços da energia, em meio a aumentos de até 50 vezes nas tarifas, que tornam impossível produzir de forma rentável em certos horários do dia. O alerta da segunda maior produtora de aço do Reino Unido chega em meio às preocupações cada vez maiores do setor com os aumentos de preços.
A produção de aço exige uso intensivo de energia e a eletricidade pode representar até 20% dos custos de transformação das matérias-primas básicas em aço. Na semana passada, a UK Steel, associação britânica das empresas siderúrgicas, divulgou que alguns produtores têm suspendido as operações em determinados períodos nos horários de pico. (Valor Econômico – tradução do jornal inglês Financial Times)
Datafolha: 63% consideram que governo tem responsabilidade por crise energética
Pesquisa Datafolha realizada entre os dias 13 e 15 de setembro indica que para 63% dos brasileiros, o governo federal tem muita ou um pouco de responsabilidade pela crise energética no país.
Para 27% dos entrevistados, o governo tem muita responsabilidade. Para 36%, um pouco de responsabilidade. Outros 34% isentam a atual gestão pelo problema. (Folha de S. Paulo)
Alcoa anuncia retomada de produção de alumínio no Maranhão
A Alcoa e a South32 retomarão as operações de uma fundição de alumínio inativa no Brasil depois que os preços do metal atingiram a maior alta em 13 anos, em meio a cortes de produção na China. As ações da Alcoa caíram após o anúncio.
A Alumar, propriedade de um consórcio entre as mineradoras transnacionais Alcoa, South 32 e Alcanque em São Luís, no Maranhão, está paralisada desde 2015 e vai produzir seu primeiro metal fundido no segundo trimestre de 2021, informou a Alcoa, em comunicado na noite de segunda-feira (20/09). (O Globo – Bloomberg)
PANORAMA DA MÍDIA
O discurso do presidente Jair Bolsonaro, ontem (21/09), na abertura da 76ª Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, é destaque na mídia nesta quarta-feira.
O jornal O Globo informa que, em seu discurso, o presidente defendeu o tratamento precoce contra a covid-19 — cuja ineficácia é comprovada —, criticou o passaporte sanitário e disse que o Brasil estava à beira do socialismo antes de ele assumir o governo. A reportagem ressalta, ainda, que o presidente Bolsonaro “citou dados distorcidos sobre o desmatamento, que cresce em seu governo, e fez alegações infundadas sobre o enfrentamento da pandemia”.
A Folha de S. Paulo analisa que o presidente “usou o discurso para fazer um relato distorcido da situação do Brasil”. Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, o discurso “teve repercussão negativa no exterior e entre observadores da política externa brasileira e parlamentares. Para eles, Bolsonaro usou sua terceira aparição na ONU mais para mandar recados a seus apoiadores internos do que para reposicionar o país no cenário internacional”.
O Estado traz a íntegra do discurso do presidente Bolsonaro na ONU. No portal UOL, é possível assistir o vídeo do discurso, pela plataforma do Youtube.
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O Valor Econômico informa que o governo e o Congresso fecharam acordo para limitar a cerca de R$ 40 bilhões o pagamento de precatórios em 2022, dispostos a fortalecer o programa de transferência de renda que sucederá o Bolsa Família. De acordo com a reportagem, o valor corresponde ao que foi pago em dívidas judiciais em 2016, quando foi criado o teto de gastos, corrigido pela inflação. Entrariam aí as sentenças de pequeno valor. Como o total de precatórios previstos para o ano que vem é de R$ 89 bilhões, faltariam ainda quase R$ 50 bilhões a serem resolvidos.