O Valor Econômico informa que, na reta final do lançamento ao mercado de derivativos de energia elétrica, o Balcão Brasileiro de Comercialização de Energia (BBCE) reforçou sua governança com três novos conselheiros independentes, cumprindo um dos principais condicionantes da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para que a empresa possa iniciar as operações do produto.
Em assembleia de acionistas realizada segunda-feira (01/06), o BBCE elegeu três nomes com diferentes perfis de carreira, para ocupar as novas cadeiras do conselho: Gustavo Franco, economista e ex-presidente do Banco Central; Cássio Casseb, ex-presidente do Banco do Brasil e com passagens por grandes empresas; e Silvio Meira, especialista em tecnologia da informação e inovação e fundador do Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife (CESAR).
“A eleição nos coloca num padrão de governança mais qualificado, como gostaríamos. Também vamos nos descolando da imagem do BBCE como uma iniciativa do setor de comercialização para passar a ser uma empresa ‘do’ e ‘para’ o mercado de energia”, afirma o presidente do conselho do BBCE, Daniel Rossi.
Riscos ao suprimento de energia no futuro
A pandemia do novo coronavírus deverá provocar, neste ano, a maior queda já registrada nos investimentos em energia em todo o mundo, destaca o jornal O Estado de S. Paulo, no editorial econômico desta quarta-feira (03/06). O jornal explica que essa é a reação dos produtores à brutal queda de demanda decorrente do isolamento social e da aguda retração da atividade econômica em todos os segmentos e em escala global.
No começo do ano, a Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês) estimava aumento de 2% nos investimentos globais em energia, no que seria a maior expansão em seis anos. Mas, em seu relatório World Energy Investment 2020, atualizado com informações até maio, para aferir pelo menos o impacto inicial da covid-19 no setor, projetou uma queda de 20% em relação ao total investido no ano passado. Isso significa um corte de US$ 400 bilhões no volume anual de investimentos em energia.
De acordo com a análise da AIE, embora a redução venha como resposta a um problema do presente, suas consequências mais agudas poderão ser mais notáveis no futuro. A queda dos investimentos pode retardar a transição para energias renováveis e sustentáveis.
A maior redução, de cerca de 30% ocorrerá na indústria do petróleo, cujo mercado vem registrando grandes oscilações em razão da notável diminuição do consumo. Os investimentos em xisto, que já vinham em queda, deverão diminuir 50% neste ano. Mas também cairão investimentos em eficiência energética.
Queda de demanda por energia leva Brasil a limitar geração renovável
O portal Brasil Agro também traz, hoje (03/06), uma matéria sobre o impacto no setor elétrico provocado pela queda na demanda por eletricidade, vista em todo o mundo devido às medidas de isolamento adotadas contra a disseminação do coronavírus. Estão em curso mudanças importantes na operação do sistema elétrico em diversos países, inclusive no Brasil, onde até mesmo a geração de energia renovável vem sendo afetada.
Mas, de acordo com a reportagem, enquanto na Europa e nos Estados Unidos a pandemia ajudou a desligar termelétricas e reduzir emissões, ao ampliar a fatia de fontes renováveis na matriz, no Brasil o novo cenário tem por vezes exigido restrições à geração de usinas ‘limpas’, como eólicas e solares.
Esse comportamento deve-se às características particulares do parque gerador do país, onde as renováveis já predominam e não há parcela suficiente de usinas movidas a combustíveis fósseis para que estas absorvam sozinhas o choque na demanda. (conteúdo Reuters)
Biocoalização será lançada na Semana do Meio Ambiente
Num momento em que governos, empresas e diversas instituições discutem como será o ‘novo normal’ pós-pandemia de ccovid-19, o setor de biocombustíveis do Brasil resolveu formar uma coalização pró-biocombustíveis, para integrar ações de valorização dos renováveis.
Inicialmente formada pela Frente Parlamentar do Biodiesel e pela Frente Parlamentar pela Valorização do Setor Sucroenergético, integradas por parlamentares de diferentes partidos, o objetivo da Biocoalizão é unificar pautas em comum e demonstrar para a sociedade como os biocombustíveis favorecem o desenvolvimento econômico e criam oportunidades de emprego, ao mesmo tempo em que cuidam da qualidade do ar e da qualidade de vida dos brasileiros. (Agência Estado)
PANORAMA DA MÍDIA
Dois mil brasileiros participarão dos testes para a vacina contra a covid-19 desenvolvida pela Universidade de Oxford. A estratégia faz parte de um plano de desenvolvimento global, e o Brasil será o primeiro país fora do Reino Unido a começar a testar a eficácia da imunização contra o vírus causador da doença.
Em entrevista ao portal G1 (o link inclui vídeo), a cientista brasileira Daniela Ferreira, chefe do departamento de ciências clínicas da Escola de Medicina Tropical de Liverpool, explica que, para provar mais rapidamente se a fórmula é eficaz, é preciso que os voluntários tenham contato com o vírus e, atualmente, o Brasil é considerado epicentro da pandemia no mundo. Esse é um dos motivos pelo qual o Brasil foi escolhido para a realização dos testes. O procedimento foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), com o apoio do Ministério da Saúde.
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O dólar comercial mantém, nesta quarta-feira (03/06), a trajetória de queda observada ontem. Segundo informação do Globo, às 14h20, a moeda americana era negociada por R$ 5,083, com recuo de 2,46%. É o menor patamar da cotação desde o fim de março. No mês passado, a cotação da divisa se aproximou dos R$ 6.
A reportagem explica que a desvalorização do dólar no Brasil segue movimento global, reflexo de um otimismo mais forte por parte dos investidores em relação à perspectiva de reabertura das principais economias europeias atingidas pela pandemia do coronavírus, como Espanha e Itália.