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BBCE tem alta de 36,2% nas negociações em setembro – Edição da Tarde

O Valor Econômico informa que o Balcão Brasileiro de Comercialização de Energia (BBCE), plataforma de negociação eletrônica de contratos de energia, registrou a negociação de 28.253 gigawatts/hora (GWh) em setembro, alta de 36,2% em relação a igual mês em 2021.

Na comparação com agosto deste ano, houve crescimento de 105,6%. Ao todo, esse volume foi negociado em 4.023 contratos, que movimentaram R$ 3,3 bilhões. O valor financeiro teve aumento de 29,5% na comparação mensal e redução de 39,7% se comparado a setembro de 2021.

Segundo a BBCE, os contratos no mês indicaram alongamento de prazos. Do total de negócios fechados em setembro, 65% foram contratos para entrega em 2023 e 2024. De acordo com o diretor de produtos, comunicação e marketing da BBCE, Felipe Nasciben, o movimento mostra que o mercado está olhando para o longo prazo.

Ministro fala em reduzir conta de luz e deixa mercado apreensivo

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Reportagem da Folha de S. Paulo indica que analistas da área de energia dos maiores bancos tiveram um início de semana mais tenso que o normal. De acordo com a reportagem, profissionais das principais casas de análises foram a campo logo cedo ontem (10/10), para tentar entender quais medidas o governo federal vai anunciar após as eleições para reduzir a conta de luz.

O motivo foi a afirmação feita pelo ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, na sexta-feira (07/10), no programa A Voz do Brasil, de que no dia 10 de novembro anunciaria medidas com potencial para reduzir em 10% a tarifa de energia elétrica. O segundo turno da eleição presidencial ocorre em 30 de outubro.

“Quero anunciar que o Brasil continuará tendo novas reduções no valor da energia. Ela vai ficar mais barata, seguindo as quedas que já tivemos neste ano. Nos próximos meses, vamos anunciar medidas que vão reduzir as tarifas de energia em até 10%, já a partir do ano que vem” disse, sem dar detalhes e afirmando que manteria o “suspense no ar”.

Térmicas completam cinco meses de atraso do início da operação sem pagar multas de R$ 1 bilhão

A Folha de S. Paulo informa que o atraso no início do funcionamento das usinas térmicas contratadas pelo governo federal para enfrentar uma possível crise hídrica de 2021 completou cinco meses no último final de semana. Até agora, 11 das 17 contratadas não entraram em operação. As multas somadas pelo atraso já chegam a R$ 1 bilhão.

Na última quinta-feira (06/10), a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) marcou o julgamento do processo que pode postergar os prazos ou iniciar a cobrança das multas. As térmicas foram contratadas pelo Procedimento Competitivo Simplificado, o PCS, que previu a oferta de novas usinas a serem construídas para operarem como uma espécie de seguro contra apagões.

O leilão foi realizado em outubro de 2021 e as unidades deveriam iniciar a operação em 1º de maio deste ano. Em caso de atraso, pagariam multa e teriam de entrar em operação até 31 de julho. Caso contrário, teriam os contratos rescindidos a partir de 1º de agosto.

Gestora Apollo faz nova proposta pela Braskem e avalia a petroquímica em R$ 37 bilhões

A gestora Apollo apresentou uma nova proposta de compra de 100% da Braskem, ao preço de R$ 47 por ação, segundo fontes ouvidas pelo Valor Econômico. A oferta, que estaria sendo formalizada junto à controladora Novonor (ex-Odebrecht), avalia a petroquímica em cerca de R$ 37 bilhões, considerando-se o número total de ações da companhia.

De acordo com uma fonte próxima ao processo de venda, a Apollo teria condicionado sua oferta à realização de due diligence e um dos pontos mais críticos, para a gestora, seria a situação da Braskem em Alagoas. Embora a petroquímica tenha avançado bastante nas tratativas com autoridades sobre o afundamento do solo em bairros de Maceió, que foi atribuído à sua antiga operação de sal-gema, o entendimento é que ainda há riscos, inclusive financeiros.

GM cria unidade de negócios de transferência de energia de veículo elétrico para casas

A General Motors (GM) está iniciando uma nova unidade de negócios para vender sistemas de armazenamento de energia e serviços para proprietários de residências e clientes comerciais – um desdobramento do trabalho de desenvolvimento de baterias da montadora para veículos elétricos.

A GM informou que a nova divisão, chamada GM Energy, ajudará os clientes a transferir eletricidade de veículos elétricos ou caixa de armazenamento de bateria para uma casa ou prédio, como forma de proteger contra quedas de energia e transferir eletricidade para a rede durante os horários de pico.

Para clientes que compraram veículos elétricos, a GM oferecerá um carregador especial para permitir que o veículo abasteça a casa durante uma interrupção de energia. Também venderá baterias grandes e independentes para clientes comerciais para armazenar e gerenciar energia. As informações são da agência Dow Jones e foram publicadas pelo Valor Econômico.

PANORAMA DA MÍDIA

Os preços na economia brasileira recuaram em setembro pelo terceiro mês consecutivo. Mais uma vez, os combustíveis puxaram a deflação, segundo os dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) divulgados nesta terça-feira (11/10), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O IPCA caiu 0,29% em setembro, após já ter recuado em agosto (0,36%) e julho (-0,68%). O índice acumulou uma deflação de 1,32% em três meses, a maior queda trimestral da série histórica, iniciada em janeiro de 1980. (O Estado de S. Paulo)