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Belo Monte quer erguer muros dentro do Rio Xingu, após esvaziar trecho de 130 km – Edição da Manhã

Depois de causar o esvaziamento de um trecho de 130 quilômetros do Xingu para encher seu reservatório, a hidrelétrica de Belo Monte pretende, agora, erguer muros dentro do leito do rio, no Pará. De acordo com reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, a ideia é formar uma cascata de lagoas artificiais abaixo da usina e, assim, aumentar o volume de água desviada por suas barragens.

O Estadão teve acesso a um projeto que a concessionária Norte Energia, dona de Belo Monte, encaminhou ao Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), como forma de minimizar a situação crítica que a usina impôs ao curso d’água desde 2015, quando fechou seu reservatório no trecho conhecido como Volta Grande do Xingu.

O projeto prevê a construção de ao menos sete “soleiras”, em estruturas que teriam até 1,5 km de extensão. Com formato similar ao de uma “pirâmide”, esses diques teriam uma base no fundo do rio de até 83 metros de largura e sairiam da água, chegando a seis metros de largura em sua extremidade. Na maior parte do tempo, esses diques ficariam expostos, formando um tipo de labirinto no Xingu.

O Ibama analisou a ideia em março do ano passado e apontou uma série de consequências negativas do projeto, como a dificuldade de navegação em determinadas áreas, além do “impacto visual” das estruturas. “Embora a Norte Energia tenha um entendimento distinto, acredita-se que ocorrerá sim impactos sobre algumas rotas de navegação, especialmente rotas secundárias”, apontou o parecer técnico dos analistas ambientais.

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Apesar da recomendação técnica de que a obra “não seja autorizada”, a diretoria do Ibama decidiu dar andamento ao processo no fim do ano passado. Questionado, o Ibama informou, ainda em dezembro, que “não rejeitou a proposta técnica, mas entende que, para avaliar qualquer projeto, faz-se necessário apresentação de estudos ambientais fundamentados”. A Norte Energia informou que tem atendido aos pedidos do Ibama.

Governo quer criar diretoria “verde” na Petrobras para desenvolver fontes renováveis de energia

O novo governo estuda criar uma diretoria na Petrobras, com foco em transição energética. A sugestão partiu do grupo de transição e agradou à nova administração, de acordo com fontes do jornal O Estado de S. Paulo. Nas últimas semanas, diversos integrantes do governo e representantes do grupo de transição vêm ressaltando a necessidade de a Petrobras voltar a investir em fontes de energia renovável, área que foi abandonada pela estatal para se dedicar ao pré-sal.

A diretoria de transição energética já existe em outras petrolíferas, como a britânica BP, conforme destacou o relatório do grupo de transição. Outra alternativa seria dividir a área de Refino e Gás em duas diretorias: uma de Refino e Petroquímica e outra de Gás, que poderia incluir áreas de energia e fontes renováveis, inspirada na petroleira francesa Total. Parte do governo também defende essa ideia, enfatiza a reportagem.

Aliança Energia planeja aportes de R$ 300 milhões

Com atuação no mercado de geração e comercialização de energia elétrica, a mineira Aliança Energia prevê investimentos de R$ 300 milhões neste ano, segundo o diretor e gerente de Implantação na Aliança Energia, Carlos Henrique Afonso. O desafio para 2023 é a conclusão do terceiro projeto eólico, o Complexo Acauã (109,20 MW), no Rio Grande do Norte.

De acordo com Afonso, o projeto está na fase de montagem dos aerogeradores 4.2WEG e as edificações do BOP elétrico e civil, que contemplam linha de transmissão, rede média tensão, subestação e BAY (ampliação de subestação existente), que estão mais de 95% concluídas.

“O complexo eólico entrará em operação comercial por projeto, ou seja, parque eólico, com previsão de operação plena em novembro de 2023”, conta. Os investimentos no Rio Grande do Norte, que são com recursos próprios, são da ordem de R$ 730 milhões. O empreendimento terá capacidade para atender ao consumo de 840 mil pessoas ou 270 mil residências. (Diário do Comércio)

Em 2023, o Espírito Santo sediará o 17º Fórum GD da região Sudeste

O 17º Fórum Regional Anual de Geração Distribuída (Fórum GD) será realizado nos dias 1 e 2 de março de 2023, em Vitória, no Espírito Santo, com foco na fabricação de equipamentos para micro e minigeração de energia no Brasil e debates a respeito da GD.

O principal objetivo do fórum, promovido pela Associação Brasileira de Geração Distribuída (ABGD) e organizado pelo Grupo FRG Mídias & Eventos, é reunir a cadeia produtiva do setor da região Sudeste e discutir questões importantes relacionadas ao setor, incluindo oportunidades de negócios, barreiras regulatórias, impedimentos legais, tecnologias inovadoras, financiamento, treinamento e perspectivas de crescimento. (portal Click Petróleo e Gás)

PANORAMA DA MÍDIA

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou ontem (6/1) que ministros que tiverem alguma ação ilícita serão demitidos do governo. “Quem fizer errado sabe que tem só um jeito: a pessoa será simplesmente, da forma mais educada possível, convidada a deixar o governo. E se cometer algo grave a pessoa terá que se colocar diante das investigações e da própria Justiça”, afirmou durante a primeira reunião ministerial de seu governo.

Embora Lula não tenha citado nenhum nome em particular, a titular do turismo, Daniela Carneiro (União Brasil), aproveitou a sua fala no encontro para se defender do elo político com milicianos. Esse é o principal destaque da edição de hoje (7/1) dos jornais Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo e O Globo.