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BNDES deixará de financiar térmicas a carvão – Edição da Manhã

Pressionado pela sociedade e pela crescente relevância das políticas de ESG (sigla em inglês para ambientais, sociais e de governança) no cenário global, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) confirmou ontem (27/07), que não dará mais crédito para usinas térmicas a carvão. Em entrevista à jornalista Vanessa Adachi, do site Capital Reset, o diretor do BNDES Bruno Aranha afirmou que “não financiaremos mais térmicas a carvão, independentemente da tecnologia empregada ou de qualquer outra coisa”.

“A mudança na política de crédito do BNDES é uma vitória importante do movimento socioambiental e uma evidência de que as campanhas pelo fim do financiamento e do investimento em combustíveis fósseis estão ganhando força no Brasil, a exemplo do que já acontece em vários outros países”, afirma Ilan Zugman, diretor da 350.org na América Latina. Em agosto de 2020, a 350.org e outras 49 organizações publicaram uma carta aberta dirigida ao BNDES, em que cobravam do banco, entre outros pontos, o alinhamento de suas políticas com os valores de uma reconstrução econômica sustentável no pós-pandemia. (Monitor Merccantil)

Leilão dos campos do pré-sal de Atapu e Sépia pode atrair investimentos de R$ 200 bilhões

O governo federal prepara o maior certame de petróleo e gás natural deste ano. Previsto para ocorrer em dezembro, o leilão dos campos do pré-sal de Atapu e Sépia, na Bacia de Santos, deve atrair investimentos de R$ 200 bilhões até 2050, informa o portal Click Petróleo e Gás. A expectativa ainda é que o Brasil suba no ranking mundial de maior produtor de petróleo.

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De acordo com a reportagem, o leilão deve arrecadar até R$ 11,1 bilhões para a União somente com bônus de assinatura, que é o valor pago para a obtenção da concessão da área. Do valor, mais de R$ 7 bilhões serão repassados a estados, Distrito Federal e municípios.

Ceará poderá receber mais uma planta de hidrogênio ‘verde’ em projeto da Engie e EDP

As multinacionais Engie e a EDP têm planos para investir na produção de hidrogênio verde (H2V) no Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP), no Ceará. Nos próximos dias, as empresas irão assinar um memorando de entendimento com o governo do estado para fazer parte do hub de hidrogênio do CIPP, que já conta com quatro memorandos assinados até agora: Enegix, White Martins, Qair e Fortescue.

O projeto da Engie e EDP deve ser tocado pela Ocean Winds, uma joint venture 50-50% das duas companhias, com sede na Espanha. Atualmente, a Ocean Winds está licenciando cinco parques eólicos offshore no Brasil, com 15 GW de capacidade – a maioria de grande porte. A combinação dos portos com os novos parques eólicos offshore atrai investidores interessados no hidrogênio verde.

A expectativa é que a nova fonte de energia renovável seja capaz de suprir uma parte relevante da enorme demanda de eletricidade necessária na eletrólise para sintetização do H2V. A EDP e Engie já operam no Ceará. A EDP, com a termelétrica a carvão UTE Pecém – I, localizada no CIPP, e a Engie com o Conjunto Eólico Trairi. (Click Petróleo e Gás)

BID Energy investe em geração para garantir lastro

Reportagem publicada hoje (28/07) pelo Valor Econômico mostra que, num momento de crescimento e sofisticação do mercado livre de energia elétrica, comercializadoras independentes, não ligadas a companhias integradas do setor elétrico, vêm buscando investir em ativos próprios de geração, como forma de garantir lastro para suas vendas e dar mais confiabilidade aos clientes.

É o caso da BID Energy, que nasceu há três anos e tem hoje um portfólio de cerca de 100 clientes e faturamento próximo de R$ 300 milhões. Segundo o sócio-fundador, Leandro Parizotto, estão no radar aquisições de usinas já operacionais e também projetos para serem desenvolvidos do zero. A ideia da comercializadora é investir em torno de R$ 300 milhões no braço de geração nos próximos cinco anos, tudo com recursos próprios.

PANORAMA DA MÍDIA

Negacionismo do governo na crise de energia custará caro, dizem especialistas – esse é o tema da principal reportagem da edição de hoje (28/07) da Folha de S. Paulo. Em mesa redonda com a imprensa, ontem (27/07), especialistas do Instituto Clima e Sociedade classificaram a resposta do governo à crise como negacionista, por minimizar os riscos e evitar incentivos à economia de energia pela população.

O primeiro programa relacionado à demanda está em fase final de elaboração, informa o Ministério de Minas e Energia, mas ainda não há prazo para começar a funcionar. Para especialistas, a estratégia é arriscada e deve pressionar ainda mais a conta de luz.

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O Valor Econômico informa que a retomada das economias locais, a desvalorização do real e possíveis brechas nas cadeias globais ajudaram as exportações brasileiras a ganhar terreno nos países latino-americanos no primeiro semestre deste ano, principalmente com a venda de bens duráveis e de capital, como veículos e máquinas.

O movimento é importante para a manufatura nacional, que perdeu espaço na região para a China nos últimos anos. Apesar disso, especialistas alertam que o cenário ainda é de desafios no curto e médio prazos para uma recuperação estrutural desses mercados. De janeiro a junho, o total exportado pelo Brasil cresceu 6,6% em relação a igual período de 2020, enquanto os preços avançaram 25,2%. Os dados são do Indicador de Comércio Exterior (Icomex), do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre).

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O principal destaque da edição de hoje (28/07) dos jornais O Globo e O Estado de S. Paulo é a confirmação do senador Ciro Nogueira (PP-PI) para comandar a Casa Civil, anunciada ontem presidente Jair Bolsonaro.

Com isso, ressalta a reportagem do Globo, Bolsonaro alçou um dos principais líderes do centrão ao espaço mais nobre já ocupado por esse bloco partidário nesta e em outras gestões no Planalto. Nas palavras do próprio presidente, ele está entregando a “alma do governo” a Ciro Nogueira. Embora as siglas do Centrão tenham ocupado cadeiras de destaque nas gestões dos últimos três ex-presidentes da República – Michel Temer, Dilma Rousseff e Luiz Inácio Lula da Silva – jamais haviam indicado um nome para um ministério com o prestígio da Casa Civil. A pasta é considerada a mais importante do Executivo e concentra todas as nomeações da máquina pública.

Na análise do jornal O Estado de S. Paulo, a entrada do senador Ciro Nogueira na Casa Civil representa um movimento político importante para o presidente Jair Bolsonaro em um momento de crescente perda de popularidade do governo. Com isso, o presidente tenta alavancar sua campanha ao segundo mandato, em 2022.

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