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BNDES prevê privatizar CEEE-D e CEB em 2020 – Edição da Manhã

O Valor Econômico informa que os estudos para a desestatização da Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE-D), do Rio Grande do Sul, e da Companhia Energética de Brasília (CEB) estão em fase final, segundo Leonardo Cabral, diretor de privatizações do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Mesmo em meio à pandemia, os estudos seguirão para aprovação dos governos estaduais. A projeção é fazer os leilões das distribuidoras de energia no quarto trimestre – obviamente, se houver condições de mercado, diz o executivo.

“São ativos estratégicos e com perspectiva de maturação de longo prazo. Acredito que haverá interesse de diferentes investidores, sejam estratégicos, sejam financeiros”, afirma. A reportagem destaca que a carteira de privatizações do BNDES – que não engloba projetos de concessões, apenas de venda de estatais – inclui ainda outros seis companhias estaduais.

Na área de energia elétrica, há planos de leiloar também a CEEE-GT, braço de geração e transmissão da companhia gaúcha. No setor de gás natural, há duas privatizações previstas no pacote do banco: a MSGás, do Mato Grosso do Sul, e a Sulgás, também do Rio Grande do Sul. Para completar, foi incluída na carteira, na última semana, a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa).

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Energia que vem da luz do sol

O jornal O Globo traz hoje (01/06) uma reportagem sobre a viabilidade econômica da geração de energia solar no país, mesmo em pequena escala (matéria disponível apenas para assinantes, na versão digital do jornal, na editoria ‘Negócios e Leilões).

A redução progressiva de preços vem provando que essa é uma alternativa energética que pode servir a empresas e residências, com ganhos de médio e longo prazo em relação ao uso de fontes convencionais. A reportagem destaca que, mesmo com a pandemia de coronavírus, a produção de energia fotovoltaica a partir da luz solar continua em alta no país: em maio, cresceu 5,2% em relação a abril.

A reportagem mostra, ainda, que cerca de 300 mil sistemas de geração distribuída (GD) estão conectados às redes das companhias elétrica, de acordo com Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar). A potência instalada desses sistemas (micro e mini) chega a quase 3GW (gigawatts), suficientes para abastecer 1,2 milhão de moradias.

Somadas as usinas comerciais, a capacidade nacional de geração solar beira 6GW (três vezes mais que a da geração nuclear), num cenário em que o preço de produção já caiu a um quinto do valor de 2013 (o sistema foi regulamentado em 2012).

Petróleo e minério fecharam maio com fortes recuperações

Em maio, as cotações de petróleo e minério de ferro apresentaram aumento de 36,6% e 10,4%, respectivamente. Segundo analistas ouvidos pelo Valor Econômico, essa melhora aconteceu principalmente por causa da queda expressiva dos preços no mês de abril, considerado o pico da pandemia no mundo.

No caso do preço do Brent, o barril foi cotado para os contratos de junho a US$ 34, 53 na sexta-feira (29/05). No entanto, no ano, o recuo é de quase 50%, 47,7%. Gabriel Francisco, analista de petróleo da XP Investimentos, disse ao Valor que maio trouxe calmaria no mercado, por causa da medida dos cortes de produção dos países membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep).

PANORAMA DA MÍDIA

A escalada da crise política no país é o principal destaque de hoje (01/06) na mídia. Em São Paulo e no Rio de Janeiro, houve manifestações de rua a favor e contra o presidente Jair Bolsonaro. O encontro de grupos antagônicos provocou agressões e ações das polícias militares estaduais.

O jornal O Globo informa que, nas duas cidades, a novidade ficou por conta da presença de torcidas organizadas de times de futebol que levantam bandeiras antifascistas. No Rio, o confronto entre os grupos ocorreu na Praia de Copacabana, na Zona Sul da cidade. Já em São Paulo, os protestos ocuparam a Avenida Paulista, na região central.

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Além das manifestações de rua no domingo, sinais de insatisfação popular ocuparam outros espaços na semana passada. A Folha de S. Paulo destaca que a maior iniciativa nesse sentido é o movimento ‘Estamos Juntos’, lançado no sábado (30/05), na internet, por meio de um documento público. No fim de semana, o manifesto arrebanhou assinaturas online ao ritmo de 8.000 por hora, e já reunia mais de 150 mil no domingo (31). “Como aconteceu no movimento Diretas Já, é hora de deixar de lado velhas disputas em busca do bem comum”, diz o texto do documento.

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O jornal O Estado de S. Paulo informa que o decano do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Celso de Mello, comparou o Brasil à Alemanha de Hitler e, em mensagem reservada enviada a interlocutores no WhatsApp, disse que bolsonaristas “odeiam a democracia” e pretendem instaurar uma “desprezível e abjeta ditadura”. Procurado, o ministro alegou ao Estadão que a manifestação foi “exclusivamente pessoal”, “sem qualquer vinculação formal ao STF”.

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O Valor Econômico traz hoje uma entrevista com o vice-presidente da República, general Hamilton Mourão. Entre outros comentários sobre a tensão política, ele descartou a hipótese de um golpe militar, considerada “totalmente fora de propósito”.

A entrevista foi feita sexta-feira (29/05) e, para complementar, ele foi consultado ontem, sobre as manifestações de rua que ocorreram em São Paulo e no Rio de Janeiro. Em resposta ao jornal, Mourão enviou a seguinte nota: “Enquanto as atribuições dos Poderes estiverem sendo respeitadas, as decisões das autoridades acatadas e a disciplina das Forças Armadas mantida, como vem acontecendo, não há qualquer ameaça ao Estado de Direito Democrático no Brasil.”

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