O jornal O Estado de S. Paulo informa que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) está disposto a financiar toda a cadeia do gás: dos dutos de escoamento do mar até o continente, incluindo-se aí os investimentos do consumidor final – nesse caso, a indústria eletrointensiva.
Com o objetivo de ajudar a definir esses investimentos, a instituição acaba de lançar um estudo para “casar” oferta e demanda pelo insumo. Sobre esse tema, a reportagem ouviu Fábio Abrahão, diretor de infraestrutura, concessões e Parcerias Público Privadas (PPPs) do banco. Ele explicou que a instituição identificou os segmentos que mais precisam de gás e mapeou a localização para chegar aos investimentos mais eficientes.
Os setores selecionados foram papel e celulose, siderurgia, fertilizantes e químicos, com destaque para o metanol. Outro projeto com potencial é a substituição do diesel utilizado na frota de transporte público de grandes cidades. Nesse caso, a ideia é criar uma estrutura de gasodutos em longo prazo. A meta é ajudar a reindustrializar o país.
A proposta do BNDES para a expansão da rede de gasodutos é o compartilhamento pelas empresas de petróleo e gás, com operação por terceiros que não sejam produtores, por meio de Sociedades de Propósito Específico (SPEs). O banco se propõe a fomentar o modelo de negócio e os projetos e a se responsabilizar pela elaboração da estrutura financeira e contratual dos projetos, bem como financiá-los, articular o cofinanciamento e realizar road shows para divulgá-los.
Pesquisadores investigam solução para armazenamento de energia para veículos elétricos e residências
Um centro de pesquisa em engenharia, constituído pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e a Shell, com sede na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), vem desenvolvendo estudos para melhorar as tecnologias de baterias e supercapacitores, como meios complementares de armazenamento de energia. Basicamente, supercapacitores que armazenem mais energia a baterias que, por sua vez, recarreguem mais rapidamente e têm vida mais longa. (Tn Petróleo)
PANORAMA DA MÍDIA
Na busca para se reinventar e encontrar soluções para os negócios durante a pandemia do coronavírus, três empresários decidiram lançar no final de abril um movimento para trocar experiências. Em um mês, o #VamosVirarOJogo atraiu 453 empresas e associações interessadas em participar da iniciativa, informa o jornal O Estado de São. Paulo. Na lista estão, por exemplo, Carrefour, Magazine Luiza, 3M e Usiminas, além do empresário Jorge Gerdau, presidente do Mundo Brasil Competitivo.
“Nosso objetivo é estimular a troca de experiências e o compartilhamento de iniciativas que estão dando certo durante a pandemia”, afirma o fundador e presidente do grupo Empreenda, César Souza, idealizador do movimento. Ele conta que a iniciativa surgiu como uma forma de encarar o futuro e ver a vida no pós-covid-19.
De acordo com a reportagem, o movimento também será um ambiente para discutir e estruturar propostas que serão levadas a formuladores de políticas (governos federal, estadual ou municipal). A iniciativa não tem o objetivo de discutir questões políticas e partidárias. Além disso, não há custos envolvidos.
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O jornal O Globo traz hoje (28/05) uma análise da jornalista Míriam Leitão sobre a relação dívida pública / Produto Interno Bruto (PIB). Na análise, a jornalista cita o anúncio feito, recentemente, pelo secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, de que parte dos ganhos financeiros do Banco Central com a valorização das reservas, algo em torno de R$ 500 bilhões, será transferida para o caixa do Tesouro.
Conforme explica Míriam Leitão, o dinheiro só poderá ser usado para pagar dívida pública, mas de qualquer maneira ajudará indiretamente no financiamento das despesas. A ajuda indireta ocorre porque recursos que seriam usados para pagar a dívida poderão ser utilizados para outras despesas. No entanto, todo aumento de gasto extra este ano será financiado por aumento da dívida.
Segundo a análise da jornalista, “o país sairá desta crise com uma alta relação dívida/PIB e precisará ter um plano para efetivamente reduzir o endividamento. Não basta repetir o clichê de que vai aprovar ‘reformas estruturantes1 (promessas feitas pelo ministro da Economia, Paulo Guedes). Será preciso ter de fato um projeto de reequilíbrio fiscal”.