O presidente Jair Bolsonaro afirmou ontem (07/10) que o Brasil deve enfrentar “problemas de abastecimento” no ano que vem. Segundo ele, o cenário de possível falta de produtos em 2022 está relacionado com a crise energética na China.
“Eu vou avisar um ano antes, fertilizantes: por questão de crise energética, a China começa a produzir menos fertilizantes. Já aumentou o preço, vai aumentar mais e vai faltar. A cada cinco pratos de comida no mundo, um sai do Brasil. Vamos ter problemas de abastecimento ano que vem”, declarou o presidente em cerimônia realizada no Palácio do Planalto.
Ainda segundo Bolsonaro, diante do cenário a Secretaria de Assuntos Estratégicos está concluindo a elaboração de um plano emergencial de fertilizantes. A crise energética chinesa deve ter impactos sobre o Brasil, sendo que os primeiros efeitos já estão sendo sentidos. O agronegócio enfrenta maior dificuldade para comprar defensivos e fertilizantes e o setor de mineração vê as cotações internacionais em queda. O setor de energia, por sua vez, é afetado pelos preços recordes do gás natural. As informações são da Folha de S. Paulo.
ANP: Gutman vai assumir diretoria de Cecchi, que teve mandato encerrado
A partir da próxima terça-feira (12/10), José Gutman assume o cargo de diretor substituto da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Servidor de longo prazo do órgão regulador, ele substituirá José Cesário Cecchi, cujo mandato se encerra neste mês. Atualmente, Gutman ocupa o cargo de superintendente de Governança e Estratégia. Sob sua coordenação ficarão as superintendências de Infraestrutura e Movimentação (SIM), de Defesa da Concorrência (SDC), de Exploração (SEP) e de Avaliação Geológica e Econômica (SAG). (portal IstoÉ Dinheiro)
EPE faz estudo sobre criação de mercado de carbono
O presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Thiago Barral, informou a companhia está concluindo os estudos sobre a criação de um mercado de precificação de carbono no Brasil e deve apresentar um relatório ao Ministério da Economia e ao Ministério de Minas e Energia (MME) até o fim do ano.
“Temos que ter em mente que o mercado brasileiro é ofertante de energias limpas. O ideal seria talvez começar com um mercado regulado e ampliá-lo para além do setor elétrico, buscando segmentos em que a eletrificação possa ser uma solução de descarbonização, como mineração e transportes”, disse Barral, durante o Shell Talks, evento online promovido na manhã de quarta-feira (06/10), em parceria entre os jornais Valor Econômico e O Globo.
Heineken lança projeto de energia verde para bares e restaurantes
O portal Mercado & Consumo informa que a Heineken deu início a um projeto para levar energia renovável a 50% dos bares e restaurantes de 19 capitais brasileiras, até 2030. O compromisso foi firmado pela marca de cerveja, e segue a linha de mudanças que a empresa vem adotando para reduzir impactos da produção no meio ambiente. Em dezembro de 2020, a Heineken anunciou que utilizaria 100% de energia renovável em todo seu processo produtivo.
A ação entre a Heineken e bares e restaurantes parceiros apenas facilitará o acesso de pontos de venda com fontes de geração de energia verde. Para isso, o estabelecimento deverá se cadastrar em uma plataforma digital, por meio da qual acontecerá a conexão entre as duas partes.
O projeto entrou em fase de testes piloto em agosto, nas cidades de Florianópolis, Curitiba e Criciúma. Nesse mês de outubro, as operações estão sendo expandidas para mais seis cidades: Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Goiânia Fortaleza, Recife e Distrito Federal.
Empresa de energia renovável que nasceu em uma Kombi atrai fundo bilionário e quer desenvolver ‘garagens solares’
Reportagem do jornal O Globo conta a trajetória do paranaense Aldo Teixeira, que há 40 anos deu os primeiros passos como empreendedor, à frente de uma Kombi, trabalhando como representante comercial, com vendas porta a porta.
Em 2015, ele resolveu se arriscar em um novo segmento: o de energia solar. Fundou a Aldo Solar e passou a distribuir geradores. O crescimento da empresa, que teve faturamento de R$ 1,6 bilhão em 2020, chamou a atenção de pesos pesados da indústria de investimentos.
Em agosto deste ano, a empresa foi comprada pelo fundo de private equity bilionário Brookfield Business Partners, por um valor que não foi revelado. Na companhia de um novo investidor, Aldo não descarta a realização de uma oferta pública inicial de ações (IPO) no futuro e se prepara, agora, para entrar no ramo de veículos elétricos.
Petroleira japonesa Eneos pagará US$ 1,7 bi por startup de energias renováveis
A petrolífera japonesa Eneos Holdings está se preparando para adquirir a Japan Renewable Energy (JRE), com sede em Tóquio, por mais de 200 bilhões de ienes (US$ 1,7 bilhão), apurou o “Nikkei Asia”, um movimento que mostra a pressão que as empresas estão sofrendo para agir sobre as mudanças climáticas e descarbonizar as operações.
De acordo com o Valor Econômico, que publicou a informação, a Eneos vai comprar todas as ações dos proprietários da startup, Goldman Sachs (dos Estados Unidos) e GIC, um fundo soberano de Cingapura. A petroleira está acertando os detalhes com o Goldman e planeja fazer um anúncio já na próxima semana.
PANORAMA DA MÍDIA
O resultado da 17ª Rodada de licitações de blocos exploratórios, promovida pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), realizado ontem (07/10), é o principal destaque desta sexta-feira nos jornais Valor Econômico, O Globo e Folha de S. Paulo
Ao atrair apenas duas empresas e negociar somente cinco dos 92 ativos à venda, a 17ª Rodada tornou-se o leilão sob o regime de concessões mais fraco realizado até agora, tanto em número de participantes como em áreas arrematadas. A rodada pode marcar um novo ciclo dos leilões no Brasil, após o calendário intenso de licitações implementado desde 2017. As áreas mais cobiçadas, com potencial para o pré-sal, já foram quase todas licitadas. Há exceções, como os excedentes da cessão onerosa das áreas de Sépia e Atapu, no pré-sal, que serão licitados sob o regime de partilha em dezembro. (Valor Econômico)
Para especialistas, o resultado fraco reflete um menor apetite pelo risco no setor, que vem mirando cada vez mais as energias renováveis e ainda não deu conta de explorar as áreas petrolíferas arrematadas em leilões recentes no Brasil. (Folha de S. Paulo)
As empresas do setor tiveram perdas de receitas em 2020 com a baixa no preço do barril de petróleo e precisam fazer caixa para investimentos em energia limpa. (O Globo)
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Apesar da covid em queda, Brasil chega a 600 mil mortos, informa o jornal O Estado de S. Paulo. Números divulgados na noite de ontem (07/10) apontavam 599.865 vítimas da doença desde o início da pandemia.