O Valor Econômico informa que a BR Distribuidora pretende se reposicionar no mercado, visando a abertura em curso do mercado de gás natural. Presente apenas na etapa de distribuição do gás, atualmente, por meio de uma concessão no Espírito Santo, a companhia também tem planos de entrar no varejo de gás natural liquefeito (GNL) e, no futuro, atuar também como comercializadora de gás no mercado livre.
A reportagem ressalta, ainda, que a BR já obteve a autorização da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), em junho, para atuar na comercialização do gás. “A partir do momento em que a legislação do gás se solidificar, vamos achar um espaço para a BR encontrar o seu mandato como comercializadora de gás”, afirmou o presidente da BR, Rafael Grisolia, em teleconferência com analistas.
Lucro líquido da Eletrobras chega a R$ 4,6 bilhões no trimestre
O lucro líquido da Eletrobras foi R$ 4,6 bilhões no segundo trimestre deste ano e o Ebitda (sigla para lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) foi R$ 7,8 bilhões, valor 483% maior do que o mesmo período de um ano atrás.
Os dados foram divulgados pela empresa ontem (12/08) à noite. Segundo a estatal, entre os motivos dos bons resultados está a queda de 26% de despesas na área de Pessoal, Material, Serviços & Outros. Influenciaram o resultado as medidas relativas aos planos de demissão consensual e ao projeto Orçamento Base Zero, tendo este último, apenas no primeiro semestre, representado uma economia de R$ 97 milhões. (Investing.com)
Brasil pode ganhar R$ 2,8 trilhões com ‘economia verde’, diz estudo
O estudo “Uma Nova Economia para uma Nova Era”, desenvolvido pelo WRI Brasil, com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), ex-ministros de Finanças do Brasil e executivos do Banco Mundial, indica que o movimento de recuperação da economia após o abalo provocado pela pandemia de covid-19, pode gerar 2 milhões de empregos e adicionar R$ 2,8 trilhões ao Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, além de ajudar o país a se tornar mais resiliente às mudanças climáticas, caso os investimentos forem direcionados para uma economia mais verde.
O estudo faz parte da iniciativa global New Climate Economy, que busca apontar caminhos que aliem o desenvolvimento econômico com o combate ao aquecimento global. A expectativa é que as mudanças climáticas causem impactos ainda mais severos do que o novo coronavírus. Por isso, vários países estão estudando formas de adotar medidas que tragam ganhos econômicos e climáticos. A construção de uma economia mais eficiente e resiliente teria essa capacidade.
O trabalho focou estratégias que poderiam ser adotadas em três setores estratégicos da economia brasileira: infraestrutura, indústria e agronegócio. A reportagem é do jornal O Estado de S. Paulo.
Energia solar injeta R$ 160 milhões em Minas Gerais
O jornal Estado de Minas traz hoje (13/08) uma reportagem sobre investimentos em energia solar em Minas Gerais. Como exemplo, cita a empresa Evolua, que aplicará R$ 160 milhões até 2021 na geração distribuída de energia solar no estado.
O primeiro parque gerador está sendo montado em Pirapora, no Norte de Minas, com capacidade para gerar 7,5 megawatts no pico (MWp). De acordo com a reportagem, o empreendimento está consumindo R$ 25 milhões.
PANORAMA DA MÍDIA
O principal destaque da edição de hoje (13/08) do Valor Econômico é a reação, na cúpula do governo federal, à saída de dois dos mais importantes integrantes da equipe do ministro da Economia, Paulo Guedes. De acordo com a análise do jornal, o ministro obteve do presidente Jair Bolsonaro dois gestos em defesa de sua agenda liberal.
No início do dia, Bolsonaro publicou texto em rede social e, à noite, no Palácio da Alvorada, protagonizou ato de grande valor simbólico em Brasília: acompanhado dos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), reafirmou compromisso com o teto constitucional de gastos, as privatizações e a reforma administrativa.
A reportagem do Valor ressalta que os ataques de ministros aos três temas mencionados foram as razões que fizeram Paulo Guedes perder três secretários em menos de dois meses.
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Os jornais O Globo e O Estado de S. Paulo também deram destaque a esse tema. O Estado informa que, diante do desfalque na equipe de Paulo Guedes, por insatisfação com os rumos da agenda econômica, o governo quer antecipar, para 2021, medidas de contenção dos gastos já previstas na Constituição, além de criar novos freios para as contas públicas.
Os chamados “gatilhos” seriam disparados quando despesas obrigatórias do governo, como o pagamento de salários, subissem além do limite e colocassem em risco os gastos não obrigatórios (que incluem investimentos), prejudicando o funcionamento da máquina pública.
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Já a jornalista Míriam Leitão, do Globo, faz uma análise diferente. Para ela, a cena de ontem (12/08) em Brasília, que reuniu o presidente Jair Bolsonaro e os presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado “foi montada para acalmar o ministro da Economia, Paulo Guedes, mas o presidente (Bolsonaro) continua prisioneiro de sua indecisão”.
Míriam Leitão explica que “a discussão em torno do teto de gastos não nasceu esta semana e não é um dilema criado pela pandemia. A ideia de que estava tudo indo bem e que a crise na saúde fez desandar a economia é falsa. Em setembro do ano passado, o presidente disse que o teto de gastos precisaria ser flexibilizado, do contrário, em dois ou três anos ele teria que apagar a luz de todos os quartéis”.
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A Folha de S. Paulo informa que o gabinete do presidente Jair Bolsonaro abasteceu o esquema de ‘rachadinha’ por meio da filha de Fabrício Queiroz. De acordo com a reportagem, a personal trainer Nathalia Queiroz continuou repassando a maior parte de seu salário ao pai, Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), mesmo quando estava empregada no antigo gabinete do hoje presidente Jair Bolsonaro na Câmara dos Deputados.