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Bradesco compra certificados de energia renovável da AES Tietê – Edição da Manhã

O Bradesco fechou a compra de mais de 1,4 milhão de certificados de energia renovável, chamados de I-REC, para cumprir a meta de já ter neste ano todas as suas operações abastecidas com fontes dessa natureza. Conforme reportagem do Valor Econômico, o banco pagou R$ 1,7 milhão à AES Tietê para adquirir os títulos, cujo volume representa 10% de todos certificados gerados no país em um ano e equivale, por exemplo, ao consumo de energia da cidade de Campinas (SP) durante cinco meses.

Cada I-REC certifica que 1 megawatt hora (MWh) de energia renovável foi gerado e injetado no sistema elétrico brasileiro. Esses certificados são emitidos por usinas que produzem energia com base em fontes renováveis e podem ser comprados por empresas que querem mitigar seu impacto ambiental. O Brasil é o segundo maior emissor desses títulos, atrás apenas da China.

“A operação vai tornar o Bradesco uma das primeiras instituições financeiras no mundo a completar sua transição para a energia renovável”, diz Adelmo Perez Jr, diretor da área de patrimônio do banco. Os I-RECs representam 90% das fontes renováveis do banco neste ano. Outros 3% vêm de fazendas solares e 7%, da compra direta de energia renovável no mercado livre. Até 2024, o plano da instituição financeira é elevar para 10% a fatia vinda de geração solar e para 61% as aquisições no mercado livre. A fatia dos certificados cairá para 29%.

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Distribuidora do Amapá começa a medir os prejuízos pelo blecaute

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Com a normalização do fornecimento de energia no estado, a Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA), volta suas preocupações aos potenciais impactos da crise ao processo de venda da companhia. “A partir de agora, estamos focados em planos para conter qualquer efeito que possa repercutir na privatização”, afirmou ao Valor Econômico o presidente da distribuidora, Marcos Pereira, que chegou há menos de um mês ao comando da gestão da CEA.

Para o presidente da CEA, a princípio, o blecaute não representa grande ameaça à desestatização, mas pode afetá-la a depender do tamanho do prejuízo. Ele aponta que a situação trouxe prejuízos financeiros, ainda não mensurados, e também uma espécie de “crise de imagem”. Embora o incêndio que deu origem ao apagão tenha ocorrido em equipamentos da transmissora Linhas de Macapá (LMTE), quem está na linha de frente do atendimento ao consumidor é a distribuidora – ou seja, é sobre ela que recaem as reclamações.

Plano de privatização de estatal do pré-sal provoca divergências

A privatização da Pré-Sal Petróleo S. A. (PPSA), estatal que gere os contratos de exploração dos campos do pré-sal e comercializa o óleo que cabe à União, transformou-se em mais um foco de conflito da equipe econômica com outras áreas do governo. Neste caso, com o Ministério de Minas e Energia (MME), informa o jornal O Globo.

Juntamente com Eletrobras, Correios e a Companhia Docas de São Paulo (que administra o Porto de Santos), a PPSA faz parte das quatro grandes privatizações que o ministro da Economia, Paulo Guedes, quer implementar nos próximos meses para ajudar a reduzir o rombo nas contas públicas. No entanto, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, evita falar em privatização, conforme destaca a reportagem.

A privatização seria uma operação de antecipação de receitas. A PPSA estima que vai receber mais de R$ 400 bilhões entre 2020 e 2032 com a comercialização do óleo-lucro dos 17 contratos existentes. O dinheiro não é da empresa – vai para os cofres do Tesouro. Por isso, a privatização significaria trazer uma receita futura a valor presente. Os ganhos de um eventual investidor privado na PPSA estariam em adiantar os recursos para a União agora e receber a partilha com as petroleiras ao longo do tempo.

A reportagem explica, ainda, que para estruturar a venda seria necessário estudar, por exemplo, tendências de câmbio e de preços de referência para o barril de petróleo e estipular algum tipo de deságio. Por essas peculiaridades, há resistência no MME a uma operação desse tamanho. Há receio de a União sair perdendo, além da possibilidade de se criar uma discussão jurídica e administrativa.

Sinopec inicia extensa pesquisa sobre o pico de emissões de CO2 e o carbono neutro

O portal Paranoá Energia informa que a empresa elétrica chinesa Sinopec convidou especialistas nas áreas de mudança climática, energia e indústria química para conduzir pesquisas sobre o caminho estratégico para atingir o pico de emissões de CO2 e chegar à neutralidade em carbono antes de 2030, seguindo o plano de ação da China.

De acordo com a reportagem, nos últimos anos, a Sinopec promoveu sua tática de desenvolvimento verde e de baixo carbono para a estratégia de desenvolvimento corporativo, controlando ativamente suas emissões de gases de efeito estufa para obter resultados significativos de emissões de carbono.

Na área de desenvolvimento de energia limpa, a Sinopec expandiu sua construção de capacidade de produção de gás natural e promoveu o desenvolvimento de novos recursos energéticos, como energia de biomassa e energia geotérmica, ao mesmo tempo em que impulsionou o desenvolvimento e utilização de energia de hidrogênio.

PANORAMA DA MÍDIA

O mercado reagiu mal ao corte de investimentos da Petrobras, destaca o Valor Econômico. A estatal vai reduzir em 27,34% o investimento previsto para os próximos cinco anos. No Plano Estratégico 2020/24, a previsão era investir US$ 75,7 bilhões. Para o período 2021/25, serão US$ 55 bilhões, segundo fato relevante divulgado na madrugada de ontem (26/11).

Após o anúncio, na Bolsa, a ação preferencial da empresa caiu 1,64%, para R$ 25,82, enquanto a ação ordinária recuou 1,54%. O plano anunciado prevê produção de 2,75 milhões de barris de óleo equivalente por dia em 2021 e de 3,3 milhões em 2024, queda de 5,7% em relação ao estabelecido no planejamento anterior, de 3,5 milhões de barris por dia.

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O jornal O Globo informa que a vacina contra covid-19, desenvolvida pela AstraZeneca em parceira com a Universidade de Oxford, enfrenta questionamentos após a farmacêutica reconhecer um problema na dosagem do produto administrado em parte dos voluntários dos testes.

A reportagem explica que, no início da semana, a empresa divulgou dados preliminares indicando eficácia de até 90% de seu produto, e disse que alguns dos indivíduos nos quais a vacinação teria funcionado melhor receberam apenas meia dose na primeira de duas aplicações. O que a AstraZeneca não deixou claro na ocasião é que isso havia sido fruto de um equívoco, o que colocou os resultados de eficácia sob o alvo de cientistas independentes. A segurança da vacina, já confirmada nas fases anteriores dos ensaios, não está sendo questionada.

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O Centro Estadual de Contingência Covid-19 já analisa retomar restrições ao lazer em algumas regiões de São Paulo, diante da alta de casos da covid-19. A taxa de ocupação em leitos de enfermaria da capital chegou a 60% para hospitais estaduais e 66% na rede privada. O prefeito Bruno Covas (PSDB) autorizou abrir 200 novas vagas para evitar sobrecarga do sistema de saúde municipal.

Conforme a Secretaria Municipal de Saúde, a última vez que a capital ultrapassou a média mensal de 60% na ocupação dos leitos de enfermaria foi em maio, quando atingiu 65%. Na semana passada, o estado recomendou o adiamento de cirurgias eletivas (não urgentes) para desafogar os hospitais.

O Centro de Contingência não detalhou quais segmentos do lazer, como parques, bares ou cinemas, podem ser incluídos em eventuais novas restrições. A reclassificação oficial do Plano São Paulo (programa estadual de flexibilização da quarentena) será anunciada na segunda-feira pelo governador João Doria (PSDB). As informações foram publicadas em destaque pelo jornal O Estado de S. Paulo.

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Na reta final da campanha eleitoral paulistana, o prefeito Bruno Covas (PSDB) marca 54% dos votos válidos e o candidato do PSOL, Guilherme Boulos, 46%, mostra o Datafolha. O instituto de pesquisa ouviu 1.512eleitores. A pesquisa, feita em parceria com a TV Globo, tem margem de erro de três pontos percentuais, para mais ou para menos. O levantamento está registrado no Tribunal Regional Eleitoral. (Folha de S. Paulo)

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