O Brasil alcançou a marca de 2 gigawatts (GW) de potência instalada em sistemas de microgeração e minigeração distribuída solar fotovoltaica. O cálculo é da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), que contabilizou 171 mil sistemas solares fotovoltaicos conectados à rede nacional, informa o portal Petronotícias.
Apesar do avanço, a associação acredita que o mercado brasileiro continua pequeno em comparação com outros países líderes do setor, como Austrália, China, EUA e Japão. Nessas nações, diz a Absolar, já existem mais de 2 milhões de sistemas solares fotovoltaicos. Enquanto isso, países como Alemanha, Índia, Reino Unido e outros já superaram a marca de 1 milhão de conexões. No entanto, a Absolar vê perspectivas de expansão do setor no Brasil.
Incentivo a fontes de energia vai custar R$ 5,6 bilhões aos consumidores em 2020, diz Aneel
Estimativa da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) indica que os consumidores brasileiros vão pagar R$ 5,6 bilhões em 2020 para financiar políticas públicas de incentivo a fontes de energia, como eólica, solar, biomassa e até carvão. Esse valor não inclui o custo do benefício dado a quem gera a própria energia por meio de painéis solares. Segundo a Aneel, esse subsídio deve atingir R$ 995 milhões em 2020.
Reportagem publicada pelo portal G1 explica que o incentivo é uma das ações do governo no setor elétrico cobertas pela chamada Conta de Desenvolvimento Energético (CDE). O dinheiro que abastece esse fundo vem de um encargo cobrado nas contas de luz de todos os brasileiros. A participação de cada uma das fontes de energia no total desse subsídio está detalhada na reportagem.
Venda da Eletrobras pode ter perdido o timing
Pelo terceiro ano consecutivo, o governo terá de retirar do Orçamento as receitas previstas no processo de privatização da Eletrobras e pode ter pedido o timing para a venda da estatal de energia, destaca reportagem publicada na edição de hoje (26/01) do jornal O Estado de S. Paulo.
A exemplo das outras tentativas, o governo alega prudência para excluir o bônus de outorga (taxa que o vencedor paga para explorar um bem público) que a companhia teria que pagar à União da contabilidade de receitas orçamentárias e afirma, oficialmente, que esses recursos ainda podem voltar ao longo do ano.
O jornal informa que na equipe econômica, a posição é de cautela porque há resistências à privatização no Congresso e dentro do Palácio do Planalto. A retirada da previsão de R$ 16,2 bilhões de receita com a venda da Eletrobras vai elevar a necessidade de contingenciamento (bloqueio) do Orçamento.
Governo estuda alternativas contra impacto da alta do diesel
A Folha de S. Paulo informa que alternativas contra o impacto da alta do preço do diesel está em discussão em grupos de trabalho do governo e o tema deverá ser levado ao conselho da Câmara de Comércio Exterior, do Ministério da Economia. O motivo, de acordo com a reportagem, é que o preço do combustível alcançou um patamar superior ao praticado à época da greve dos caminhoneiros, em maio de 2018, enquanto medidas para limitar os aumentos continuam em estudo pelo governo.
A Folha destaca que, recentemente, começou a ser planejado o corte do imposto de importação de caminhões movidos a GNV (gás natural veicular) e GNL (gás natural liquefeito). É esperada, com isso, a redução da dependência que o transporte rodoviário tem do diesel, um combustível mais caro.
O instrumento analisado é o chamado ex-tarifário, que reduz temporariamente a alíquota do imposto de importação quando não há produção nacional equivalente. Além disso, o governo quer incentivar o uso de caminhões a gás no país também como forma de se aproveitar o chamado “choque de energia barata” anunciado pelo ministro da Economia, Paulo Guedes.
Brasil já produz quatro vezes mais petróleo que a Venezuela
A produção de petróleo do Brasil (3 milhões de barris por dia) é quatro vezes maior que a da Venezuela (700 mil barris), país integrante da Organização do Países Exportadores de Petróleo (Opep). A informação é destaque na coluna do jornalista Lauro Jardim, do Globo.
Volume de reservatório de hidrelétrica aumentou 13 vezes por conta de temporal em Guiricema (MG)
A pequena central hidrelétrica (PCH) Ervália, localizada no município de Guiricema, na Zona da Mata (MG), chegou a ter o volume de água que chegava no reservatório aumentado em 13 vezes durante a sexta-feira (24/01). A informação foi confirmada ao portal G1 pela Defesa Civil do município e pela Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig). A situação ocorreu por conta do forte temporal que atingiu a região, onde foi registrado mais de 110 milímetros de chuva em 24 horas.
Ainda conforme a Cemig, durante a tarde de sexta-feira, o volume médio de água que caía no Rio dos Bagres era de 5 m³ por segundo e foi para 65 m³ por segundo às 15h. Ontem (25/10), a estatal garantiu que a situação voltou a níveis normais, com a afluência de 8 m³ por segundo. A Cemig informou que a usina é à fio d’água, isto é, toda água que entra tem que ter vazão para sair.
No ano passado, a barragem estava na lista de fiscalização prioritária da Agência Nacional de Águas (ANA) por “Dano Potencial Associado” alto em caso de rompimento.
PANORAMA DA MÍDIA
O principal destaque da edição deste domingo (26/01) da Folha de S. Paulo é o contraste existente entre serviços públicos oferecidos à população pelo governo. A reportagem destaca que, de um lado, o Ministério da Economia apresenta dados positivos sobre o que chamou de “transformação digital”. Segundo o governo, foram 534 serviços transformados em 28 órgãos, o que deve gerar uma economia anual de RS 1,75 bilhão. Desse valor, o ministério afirma que seriam poupados R$ 346 milhões para os cofres públicos e R$ 1,4 bilhão para a sociedade.
A reportagem mostra que, apesar desses avanços, o governo enfrenta questões técnicas na prestação de serviços públicos. Falhas causam filas no INSS, afetam inscrições no Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e prejudicam multas do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
O jornal O Globo informa que a redução da criminalidade nas 120 cidades que, segundo a edição 2019 do Atlas da Violência, concentravam metade dos homicídios dolosos no país impulsionou a queda da violência no ano passado. Dentro deste recorte específico – capitais e municípios grandes ou médios do interior, em sua maioria –, a diminuição dos casos de assassinatos entre 2018 e 2019 foi mais expressiva do que a verificada no conjunto do território nacional, puxando a média geral para baixo.
A relação entre milícias e políticos é destaque na edição de hoje (26/01) do jornal O Estado de S. Paulo. Levantamento feito pelo jornal identifica grupos criminosos em 23 estados e no Distrito Federal. No Rio de Janeiro e em outras seis unidades da Federação há ligação de milicianos com políticos. De acordo com a reportagem, a interferência de milícias no sistema político do Rio e o risco de expansão da atuação de grupos paramilitares para o resto do país preocupam autoridades públicas e estudiosos do assunto. O tema deve estar presente nas eleições de 2020, especialmente na disputa pela capital fluminense, onde as milícias atuam desde os anos 1980.