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Brasil e Paraguai chegam a acordo por tarifa de Itaipu – Edição do Dia

O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chegou ontem (7/5) a um acordo com o Paraguai sobre a tarifa a ser cobrada pela energia da usina de Itaipu, após meses de negociação. Os países também se comprometeram com premissas a serem seguidas em torno do assunto.

A tarifa atualmente cobrada, de US$ 16,71 por kW.mês, vai a US$ 19,28. A Folha de S. Paulo informa que, de acordo com pessoas envolvidas nas negociações, no entanto, o consumidor brasileiro não sentirá o aumento porque a diferença será devolvida, por meio de uma espécie de cashback da binacional à ENBpar (estatal brasileira que detém a participação de 50% na hidrelétrica).

O mecanismo foi desenvolvido para aumentar o montante recebido pelo país vizinho na venda de energia aos próprios consumidores enquanto os brasileiros deixam de sentir a ampliação da tarifa.

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Itaipu: acordo abaterá R$ 1,5 bilhão na conta de luz em dois anos

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O acordo entre o Brasil e o Paraguai sobre a tarifa de Itaipu destinará US$ 300 milhões (equivalente a R$ 1,5 bilhão) antes usados em obras na bacia do rio Paraná, onde fica a hidrelétrica, para manter a estabilidade do preço até 2026.

A Folha de S. Paulo explica que os termos finais do acordo foram acertados ontem (7/5) e preveem, além da estabilidade da tarifa até 2026, o fim da obrigatoriedade de compra do excedente da energia do lado paraguaio.

Petrobras avalia rotas para trazer gás boliviano

Uma comitiva da gestão de parcerias e processos de exploração e produção da Petrobras viajou para a Argentina para acompanhar a produção de gás natural de Vaca Muerta, em meio a tratativas para viabilizar rotas para importar gás natural dessa reserva, apurou o Valor Econômico.

O megacampo de Vaca Muerta é uma área com gás de xisto (“shale gas”) e petróleo na Província de Neuquén, na Patagonia argentina, com campos produtores e contratos de diferentes operadoras. A Petrobras é uma das empresas que atuam na região, com 30% de participação em um dos campos.

Com a produção do gás da Bolívia em declínio, fontes apontam um possível interesse da petroleira brasileira em acessar fontes de suprimento d e gás mais competitivas para gerir o portfólio da companhia.

Sistema para conter águas falhou em Porto Alegre

Apesar de ter sido criado para suportar até seis metros de elevação, o sistema de contenção de águas do Rio Guaíba em Porto Alegre não aguentou o nível acima dos cinco metros na capital gaúcha. O motivo, de acordo com o professor do Instituto de Pesquisas Hidráulicas (IPH) da UFRGS, Gean Paulo Michel, ouvido pelo jornal O Globo, é falta de manutenção e negligência da prefeitura ao longo de décadas. O sistema começou a operar a partir dos anos 1960.

Com 80% do estado afetado, RS tem fuga em massa de Porto Alegre, em busca de água

Em meio ao caos que tomou conta de Porto Alegre devido às enchentes que atingem o Rio Grande do Sul, moradores têm fugido às pressas em direção ao litoral em busca de água. O desabastecimento já atinge parte da capital gaúcha, que também sofre com a falta de energia e de suprimentos, além da ameaça de saques.

Segundo dados da Defesa Civil divulgados na noite de ontem (7/5), 401 dos 497 municípios do estado — o equivalente a 80% das cidades gaúchas— já foram afetados de alguma forma pelas chuvas. (Folha de S. Paulo)

RS faz alerta para onda de frio, temporais generalizados e fortes inundações

Com a previsão de “temporais generalizados”, risco de descarga elétrica, ventos de até 100 km/h, granizo e uma queda acentuada na temperatura sequência, o Rio Grande do Sul está em alerta para uma piora ainda maior na crise climática e humanitária que afeta ao menos 401 dos 497 municípios gaúchos. (O Estado de S. Paulo)

Petrobras está na fase de levar ao conselho alvos de aquisição em geração renovável, diz Prates

O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, disse ontem (7/5) que a estatal está na fase de submeter os primeiros planos de aquisição em geração de energia renovável ao conselho de administração. “Nas próximas semanas, vamos levar projetos ao conselho”, disse Prates a jornalistas nos Estados Unidos, onde participa da Conferência de Tecnologia Offshore, a OTC, maior evento do setor de óleo e gás no mundo.

“Precisamos lidar com ativos onshore. Isso deve acontecer em duas ou três plataformas de renováveis com diferentes parceiros”, explicou. Executivos da Petrobras têm dito que a ideia é comprar participação em projetos de geração eólica em terra já em operação, mas com espaço para expansão. Além de energia eólica, Prates disse que a companhia observa projetos de geração fotovoltaica. (Agência Estado)

Prolagos inaugura usina solar no norte fluminense

A Prolagos, concessionária responsável pelos serviços de saneamento básico em cinco municípios da região dos Lagos, no estado do Rio de Janeiro, inaugurou uma usina solar localizada no município de São João da Barra, no norte fluminense.

O empreendimento atenderá o consumo energético de 79 unidades operacionais da concessionária, incluindo estações elevatórias de esgoto, reservatórios e unidades de bombeamento de água nos cinco municípios atendidos.

Realizado em parceria com a Brasol, empresa investida da Siemens e BlackRock e consolidada no mercado de transição energética com projetos de geração de energia limpa, o novo empreendimento tem uma área de 30 mil metros quadrados, os 5.670 módulos têm 2,89 MWp de potência instalada e geração estimada de 4,22 GWh por ano. (portal G1)

Corrida pelo domínio de minerais da transição energética deve criar onda de fusões e aquisições

Reportagem do jornal O Estado de S. Paulo destaca que a surpreendente oferta de US$ 39 bilhões (quase R$ 200 bilhões) da mineradora BHP pela rival Anglo Americana pode ser apenas o prenúncio de uma onda de fusões e aquisições no setor de mineração, avaliam analistas e especialistas ouvidos pelo Estadão.

Como pano de fundo está o domínio dos metais e minerais estratégicos para uso na transição energética e o avanço da indústria de mobilidade elétrica. Estão elencados como potenciais alvos ativos de cobre, níquel, lítio, alumínio, manganês, nióbio, terras raras, grafite, ferro, entre outros.

Num primeiro momento, a possível aquisição da Anglo teria desdobramentos principalmente na América do Sul. No Brasil, atingiria as operações de produção de minério de ferro da empresa, em Minas Gerais, e a de ligas de níquel, em Goiás. O modelo da aquisição proposto, se concretizado, poderá gerar vários negócios, uma vez que a BHP não tem plano de ficar com alguns ativos na África do Sul, origem, expansão e base das principais operações da Anglo American.

PANORAMA DA MÍDIA

Com diferentes abordagens, a tragédia no Rio Grande do Sul segue como principal destaque da mídia nesta quarta-feira (8/5).

O Rio Grande do Sul chegou, nesta terça-feira (7/5), à marca de 95 mortes em decorrência das fortes chuvas que atingiram a região ao longo da última semana. Ao todo, 1,4 milhão de pessoas foram afetadas pela tragédia da região. O número de mortos pode aumentar ainda mais nos próximos dias, pois há um total de 131 desaparecidos, além de 372 feridos. Também há 4 óbitos em investigação. (Folha de S. Paulo)

(A tragédia) Também causou problemas logísticos que vão levar tempo para ser resolvidos, afetando o escoamento de parte importante da produção agropecuária do Estado. Essas dificuldades afetam o arroz e são um entrave também para as empresas de aves e suínos da região. O Rio Grande do Sul ainda enfrenta bloqueios parciais ou totais em 64 trechos de rodovias estaduais e federais. Além disso, o aeroporto e o porto da capital Porto Alegre seguem fechados, sem perspectiva de retomar as operações. (Valor Econômico)

O Rio Grande do Sul é grande produtor de alguns itens da alimentação dos brasileiros, por isso já se espera impacto na inflação e os principais especialistas estão revendo para cima a previsão de inflação de alimentos. (Miriam Leitão – O Globo)

Em meio à calamidade provocada pelas chuvas no Rio Grande do Sul, um pacote de medidas para aumentar despesas, liberar emendas parlamentares para outros Estados e beneficiar setores para além do território gaúcho começou a ganhar corpo no Congresso Nacional. Até a volta do auxílio emergencial para vítimas de desastres — e não restrito às chuvas no RS — foi proposta pelos congressistas. (O Estado de S. Paulo)

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