Metade da produção nacional de petróleo será exportada em 2021, segundo projeções da Empresa de Pesquisa Energética (EPE). De acordo com o Plano Decenal de Energia (PDE), colocado em consulta pública pela estatal, esta semana, a relação entre o volume de óleo bruto vendido no exterior e a produção nacional crescerá gradualmente nos próximos dez anos, dos 42% em 2019 para 65% em 2030.
A EPE estima que os embarques para o exterior totalizarão 1,63 milhão de barris/dia em 2021 e 3,43 milhões de barris/dia em 2030. Para efeitos de comparação, em 2020, no acumulado do ano até outubro, as exportações brasileiras somam cerca de 1,4 milhão de barris/dia, segundo dados da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
“Esse volume expressivo poderá alçar o Brasil como um dos cinco maiores exportadores do mundo, o que elevaria a importância e relevância do país no quadro geopolítico da indústria mundial do petróleo”, cita o PDE 2030. O aumento das exportações acompanha o salto de 88,5% da produção nacional entre 2019 e 2030, para 5,26 milhões de barris/dia. As informações foram publicadas na edição desta quarta-feira (16/12) do Valor Econômico.
Demanda por petróleo continuará fraca em 2021
Em uma segunda reportagem na edição de hoje (16/12) sobre o setor de petróleo, o Valor Econômico informa que serão ainda necessários meses para que as vacinações contra a covid-19 comecem a aquecer a demanda mundial por petróleo. Neste trimestre, a recuperação de alguns países ricos do mundo “deu marcha a ré”, disse ontem a Agência Internacional de Energia (AIE).
Em seu relatório mensal, a AIE disse que os governos provavelmente manterão as fronteiras fechadas e as restrições a viagens enquanto uma vacina não estiver amplamente disponível, o que prorrogará a dificuldade do setor aéreo. “A demanda, sem dúvida, será mais baixa por um período maior do que o previsto.”
A agência cortou em 170 mil barris/dia, sua previsão de recuperação da demanda em 2021 para 5,7 milhões de b/d. A previsão de demanda para o último trimestre de 2020 também foi reduzida.
Segundo a AIE, houve alguma retomada no consumo por petróleo e derivados no segundo semestre do ano, em relação à sua queda recorde de 16% do segundo trimestre e isso “se deve quase inteiramente à rápida recuperação da China em relação ao lockdown”. Mas as perspectivas para a demanda nos países ricos que compõem a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) são “sombrias”, diz a agência.
CCEE já repassou 98% da Conta-Covid
O portal Paranoá Energia informa que a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) realizou na última segunda-feira (14/12), o sexto repasse do empréstimo da Conta Covid para as distribuidoras de energia.
A parcela, de R$ 574,5 milhões, considera os valores dos termos de adesão para o período e os montantes remanescentes das transferências anteriores. Até o momento, a CCEE já repassou 98% dos valores contratados pelas companhias que aderiram à medida, o que corresponde a um total R$ 14,5 bilhões. O último repasse, com os montantes remanescentes, ocorrerá em janeiro de 2021.
O portal informa, ainda, que das 61 concessionárias e permissionárias de distribuição participantes, 42 já receberam todo o previsto em seus termos de adesão.
Enel X se junta à Estapar em rede para carro elétrico
A Enel X, empresa de soluções energéticas do grupo italiano Enel, acaba de dar início ao seu primeiro grande projeto em mobilidade elétrica no Brasil. A companhia fechou acordo com a Estapar, de estacionamentos, para criar a primeira rede de carregamento de veículos elétricos semi-pública do país.
A parceria prevê a criação de vagas exclusivas para veículos elétricos em pontos “premium” da rede da Estapar. As chamadas “Ecovagas” serão equipadas com carregadores da Enel X, capazes de abastecer 80% da bateria de automóveis elétricos e híbridos “plug-in” em aproximadamente 3 horas. As instalações também contarão com assistência para gestão e manutenção dos equipamentos. A reportagem é do Valor Econômico.
PANORAMA DA MÍDIA
O Valor Econômico traz, como principal destaque da edição desta quarta-feira (16/12), uma análise acerca do desempenho do mercado de capitais em 2020 no Brasil. Apesar da crise econômica provocada pela pandemia de covid-19, o setor teve um ano positivo, principalmente por causa dos juros muito baixos e da enorme liquidez.
Segundo o Valor, este será o melhor ano para listagens iniciais desde 2007 e com o maior volume total de operações, perdendo apenas para 2010, quando houve a capitalização da Petrobras. Segmentos que nunca tiveram representatividade na bolsa, como as startups de tecnologia e outros que não traziam novidade há tempos, como o petrolífero, acessaram o mercado neste ano.
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A Folha de S. Paulo informa que o gabinete do general Eduardo Pazuello, ministro da Saúde, ignora há quase seis meses um pedido para que se manifeste sobre o interesse público na importação de seringas descartáveis da China. O Ministério da Economia enviou um ofício ao secretário-executivo da pasta de Pazuello, Élcio Franco, em 23 de junho, e permanecia sem resposta até ontem à noite (15/12).
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A alta recente de óbitos de covid-19 em todo o Brasil é fruto principalmente do grande número de mortes registradas nas cidades do Rio de Janeiro e de São Paulo. A capital fluminense lidera o ranking de municípios que mais confirmaram óbitos provocados pela doença nas últimas duas semanas, com 565 mortes. Com 514 mortes em 14 dias, São Paulo vem logo atrás do Rio. O levantamento, se baseou em dados coletados até segunda-feira (14/12). As informações foram publicadas pelo jornal O Globo.
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O presidente Jair Bolsonaro reconheceu ontem (15/12) a vitória de Joe Biden, 38 dias após ele ter sido eleito presidente dos Estados Unidos. O jornal O Estado de S. Paulo ressalta que o Brasil foi o último dos países que compõem o G-20 a fazer isso.