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Brasil importa da China tecnologia para carro híbrido e energia elétrica – Edição da Manhã

Das linhas de transmissão de energia da usina de Belo Monte (PA) para o Sudeste à fabricação de veículos híbridos interconectados, empresas chinesas têm sido responsáveis por uma série de iniciativas de transferência de novas tecnologias para o Brasil.

Projetos relacionados, diretamente ou não, aos setores de energia e comunicações se destacam entre os grandes investimentos nessa área, destaca reportagem da Folha de S. Paulo. Os responsáveis pelas obras da usina de Três Gargantas, na China, vieram aprender com aqueles que construíram Itaipu. Agora, soluções utilizadas no sistema elétrico chinês foram importadas para aplicação em novas linhas de transmissão e na modernização de antigas hidrelétricas no Brasil.

Usina de cana-de-açúcar usa vinhaça para produzir energia elétrica e biocombustível

Reportagem do portal G1 mostra o projeto de uma usina de cana-de-açúcar de Olímpia, no interior de São Paulo, que utiliza a vinhaça, um resíduo que sobra da produção do etanol, para produzir energia.

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O projeto demorou dois anos para ficar pronto e está em operação desde julho deste ano. Jonas Gutierres, gerente executivo de operações agroindustriais, explica que dentro de uma bolha, chamada de biodigestor, existem microrganismos que consomem a vinhaça e, com isso, produzem o biogás.

A decomposição da energia química que gera o biogás é transformada em energia mecânica que ativa um gerador, produzindo, então, a energia elétrica. A capacidade de geração é de 1 megawatts/hora, o suficiente para abastecer, em média, 330 casas durante esse tempo.

No Brasil, a biomassa de cana-de-açúcar representa 16,4% da oferta interna de energia, segundo dados da Empresa de Pesquisa Energética (EPE). Além da energia, também é possível produzir combustível com o biogás. Jonas Gutierres explica que o processo de produção do biometano é semelhante ao gás natural veicular (GNV). A diferença é que o GNV tem origem fóssil, como a gasolina e o diesel, já o biometano é 100% renovável.

A meta da usina de cana-de-açúcar de Olímpia é substituir 100% do diesel usado da frota de caminhões pelo biometano até 2030. Atualmente, o grupo usa em média 77 milhões de litros de diesel, o que representa de 10 a 15% do orçamento da empresa. Além da economia, essa troca também gera benefícios para o meio ambiente. O uso do biocombustível gasoso reduz a emissão de gases de efeito estufa e de material particulado, ambos poluentes.

PANORAMA DA MÍDIA

Com diferentes abordagens, a campanha eleitoral é o principal destaque dos jornais impressos neste domingo (23/10).

O jornal O Estado de S. Paulo informa que ao menos cinco microrregiões do Brasil viraram objeto central da disputa entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição neste segundo turno das eleições. Com mais de 20 milhões de eleitores, Triângulo Mineiro, Zona da Mata, Região Metropolitana de Belo Horizonte – todos em Minas – Pampa Gaúcho e Grande São Paulo são áreas em que há a maior possibilidade de virada de votos.

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A escalada da guerra digital do segundo turno tem se refletido nos conteúdos com maior circulação nas redes sociais. Um levantamento feito pelo jornal O Globo a partir das postagens em português sobre política com maior engajamento no Facebook e no Instagram nas três semanas de enfrentamento direto entre o ex-presidente Lula (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL) revela que publicações com conteúdo falso têm até ultrapassado o alcance de postagens sem desinformação.

No grupo dos dez conteúdos mais virais, há seis mentiras, que atingiram 9,8 milhões de interações (curtidas, comentários e compartilhamentos), enquanto os outros quatro posts relacionados ao pleito somaram 7,6 milhões.

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A Folha de S. Paulo destaca que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) adotou linha mais dura contra as fake news na reta final das eleições e passou a utilizar o combate à “desordem informacional” como uma das teses para ampliar a intervenção nas redes sociais e na propaganda eleitoral. Sob esse tipo de justificativa, os ministros mandaram apagar publicações baseadas em reportagens jornalísticas. Nos casos em que há maior divergência entre os ministros sobre o tema, vem se consolidando um placar de 4 a 3 no plenário da corte a favor da retirada.