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Brasil pressiona Paraguai e quer antecipar energia mais barata para 2026 – Edição do dia

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Itaipu-UHE-Hidreletrica-Foto-Divulgacao-Alexandre-Marchetti
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A Folha de S. Paulo informa que o governo brasileiro cogita antecipar os termos da renegociação do acordo de Itaipu e implementar a redução tarifária já em 2026 diante da resistência do Paraguai a fechar o acordo que estava previamente acertado.

A reportagem explica que as conversas vinham se estendendo desde maio, mas, agora, os representantes paraguaios querem, novamente, rever os cálculos da tarifa, impactada pela redução do custo operacional da usina.

Pelos cálculos, a energia pactuada seria de US$ 19,71 por kW (quilowatt) até 2026. No entanto, o governo brasileiro estima que, pelos custos da usina, seria de US$ 10 por kW, valor que seria adotado a partir de janeiro de 2027. No entanto, sem acordo, o governo cogita antecipar e implementar esse valor já no ano que vem.

Essa revisão estava prevista desde o início da parceria e estabeleceu que, após 50 anos, a energia seria vendida por preço de mercado — sem carregar os custos de construção da hidrelétrica. As partes também ficariam livres para vender o excedente da energia para quem quisesse. Hoje, cada um só pode vender para o outro.

ONS pede execução de garantia de R$ 466 milhões e Belo Monte diz não ter autorização para cobrança

O ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) solicitou à Caixa Econômica Federal na terça-feira (22/7) que execute a garantia financeira do contrato da Norte Energia, operadora da hidrelétrica de Belo Monte, alegando o não pagamento de R$ 466,8 milhões por encargos retroativos pelo uso do sistema de transmissão.

A cobrança refere-se ao montante relativo ao período de agosto de 2024 a julho de 2025, enquanto uma decisão judicial permitiu que a geradora pagasse o encargo de forma proporcional ao volume de energia injetada no sistema de transmissão, e não pela disponibilidade da rede. 

O operador pede que a Caixa, que é a gestora do mecanismo, bloqueie a conta corrente de comercialização da Norte Energia e transfira os valores depositados para os credores do segmento de transmissão, conforme os termos do contrato de garantia.

Ao ser cobrada pelo ONS, a Norte Energia declarou que “não reconhece a existência de determinação judicial que autorize qualquer cobrança retroativa”. Desta forma, “não cabe a execução de garantia neste momento”, disse em nota enviada à Agência Infra.

Raízen: usinas fechadas apertam caixa com reserva de recursos

Nem o fechamento de usinas pela Raízen ajudou a companhia na estratégia de melhorar seu desempenho financeiro e conter a alta do endividamento. É o que afirma a própria empresa em seu balanço.

No primeiro trimestre deste ano, a empresa fez um provisionamento de R$ 327 milhões para cobrir estimativa de perdas com o fechamento, entre 2023 e 2024, das usinas Santa Helena e Morro Agudo, ambas no interior de São Paulo. O encerramento das atividades tem sido uma estratégia da empresa para reduzir o seu endividamento.

O provisionamento realizado equivale a 13% do total do prejuízo de R$ 2,5 bilhões apurado pela empresa no primeiro trimestre deste ano. O valor refere-se à estimativa de depreciação do maquinário e demais ativos parados nas usinas nesse período, o que fez a Raízen a congelar parte de seu caixa.

Para o mercado, esse quadro sinaliza um cenário de mais dificuldades para a companhia, que planeja a desativação de novas usinas. Na semana passada, a Raízen anunciou o fechamento por tempo indeterminado da Santa Elisa, em Sertãozinho (SP). Consultada, a companhia não quis se manifestar.  (Folha de S. Paulo)

EUA querem minerais e governo cobra negociação

Com os Estados Unidos mostrando interesse nas chamadas terras raras brasileiras, o governo Lula cobrou nesta quinta-feira (24/7) que os americanos voltem à mesa de negociação para que seja construída uma alternativa à tarifa anunciado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reforçou em público a estratégia, orientando que os empresários recorram à Justiça americana para tentar mitigar os efeitos da decisão unilateral. Também revelou que o plano de contingência a ser levado para a mesa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva terá “propostas de todo tipo”, inclusive uma linha de crédito. (Valor Econômico)

As pressões dos EUA por acesso preferencial a minerais brasileiros

Os EUA nos últimos governos sempre têm tentado garantir o acesso sem restrições e de preferência somente para eles a minerais críticos brasileiros. São minerais essenciais para muitas tecnologias modernas e para a segurança nacional e econômica, explica o Valor Econômico.

A reportagem ressalta que o apetite dos EUA por minerais estratégicos do Brasil já foi manifestado no primeiro mandato de Donald Trump (janeiro 2017-janeiro 2021), mas negociações não prosperaram. A demanda continuou no governo do democrata Joe Biden, sem resultado.

A ameaça de sanção agora por Trump envolvendo tarifa de 50% sobre produtos brasileiros pode acelerar negociação mais concreta nessa área sensível, a margem de manobra de Washington é bem maior, mas a exclusividade exigida pelos EUA parece não ter como ser obtida.

É que um dos pontos do acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia (UE) é precisamente sobre melhor acesso europeu a minerais críticos no Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai.

Nova resolução da ANP para tarifas de gasodutos entra em consulta pública

A diretoria da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) aprovou ontem (24/7) a abertura de consulta pública, por 45 dias, sobre a regulamentação dos critérios para cálculo das tarifas de transporte de gás natural.

Trata-se da revisão da Resolução 15/2014, para atualizar as regras ao modelo de entrada e saída e à Lei do Gás de 2021. (Agência Eixos)

PANORAMA DA MÍDIA

Valor Econômico: As discussões envolvendo os possíveis impactos das tarifas impostas no início de julho pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, contra importações brasileiras deve roubar as atenções dos investidores e tirar o brilho de uma temporada de resultados do segundo trimestre que será notadamente positiva para empresas do setor doméstico.

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O Estado de S. Paulo: Os governos do Brasil e dos Estados Unidos mantiveram “conversas reservadas”, nos últimos dias, e negociaram caminhos para evitar que o tarifaço de 50% sobre as exportações brasileiras entre em vigor no dia 1.º de agosto.

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O Globo: O governo dos Estados Unidos está interessado em realizar acordos com o Brasil para a aquisição dos chamados minerais críticos e estratégicos, como lítio, nióbio e terras raras. Essa mensagem foi transmitida a representantes do setor de mineração brasileiro, em reunião na quarta-feira, pelo encarregado de negócios da embaixada americana em Brasília, Gabriel Escobar. Ele é o principal representante dos EUA em Brasília, já que a representação americana no país está sem embaixador.

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Folha de S. Paulo: O Brasil registrou 44.127 mortes violentas intencionais em 2024, seguindo uma tendência de queda nos assassinatos que teve início em 2018, mostram dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública divulgados nesta quinta-feira (24) — ou seja, esse movimento começou no fim do governo de Michel Temer (MDB) e continuou nas gestões de Jair Bolsonaro (PL) e Lula (PT).

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