Do total da energia consumida no Brasil na última sexta-feira (10/09), 14% foi produzido por usinas eólicas, o que poderia suprir a necessidade da região Nordeste. As informações são do sócio-diretor da TCE Energia Consultoria e Serviços em Energia, Tarcísio Rosa.
De acordo com o especialista, nessa data, hidrelétricas responderam por 46% do consumo, enquanto termelétricas corresponderam a 25,5%. A energia nuclear, por sua vez, representou 2,8%, e a solar, 1,5%. Rosa afirmou ainda que, há 15 anos, as hidrelétricas correspondiam a 95% da energia consumida no Brasil. “Quando se pensa que 8 mil megawatts vieram do Nordeste para o Sudeste, chega-se à conclusão que só a eólica, teria, em tese, condição, com sobra, de atender o Nordeste inteiro. Há 10 anos atrás, ninguém poderia dar esse prognóstico”, afirmou o executivo, durante o webinar Diálogos Amazônicos: Energia e desenvolvimento na Amazônia, promovido pela Escola de Economia de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (FGV/EESP). As informações foram publicadas pelo Valor Econômico.
Bolsonaro edita MP que antecipa venda direta de etanol entre produtores e postos
O presidente Jair Bolsonaro editou Medida Provisória na noite de ontem (13/09), que antecipa a venda direta de etanol entre produtores e postos de combustíveis, dispensando a intermediação de distribuidores. O texto ainda flexibiliza a “tutela à bandeira”, obediência dos postos à marca comercial de um distribuidor, e foi publicado junto a um decreto regulamentador. Os dois pontos foram introduzidos em outra MP publicada em agosto.
A Agência Estado informa que, para a flexibilização da tutela à bandeira ter validade, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) precisa regulamentar a aplicação da nova norma dentro de 90 dias. Até lá, o decreto da presidência obriga os postos a expor em cada bomba medidora o CNPJ e também o nome fantasia ou a razão social do fornecedor. A venda direta de etanol também tem uma ressalva: para ser adotada imediatamente, os interessados devem se submeter ao novo regime tributário previsto na MP de agosto.
Bandeira tarifária tem déficit de R$ 5 bilhões
Reportagem publicada hoje (14/09) pelo Valor Econômico cita estimativas da MegaWhat, segundo as quais, apesar do aumento recente da taxa extra nas contas de luz, as bandeiras tarifárias devem acumular déficit de pelo menos R$ 5 bilhões neste ano. O valor arrecadado com a cobrança adicional será insuficiente para bancar o acionamento das usinas térmicas na intensidade atual. Assim, o saldo negativo teria que ser incluído nos reajustes anuais das distribuidoras de energia em 2022. Para Ana Petti, presidente da consultoria, teria sido necessário fixar a nova bandeira em R$ 18 por 100 kilowatts-hora, mas a taxa extra ficou em R$ 14,20.
Canoas (RS) fará PPP para reformulação da iluminação pública
O Jornal do Comércio (RS) informa que a prefeitura de Canoas vai apostar em uma parceria público privada (PPP) para a modernização da iluminação pública. Em contrato firmado com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o município passa a contar com apoio na estruturação e modelagem da PPP.
O prefeito Jairo Jorge afirmou que a parceria vai possibilitar a adequação de postes, braços e a substituição de todas as lâmpadas por luminárias com tecnologia em LED. Além disso, será estudada a implantação de telegestão, modernizando e tornando mais eficiente o serviço prestado.
Abrapch diz que Brasil tem potencial para 15 GW em pequenas hidrelétricas
Em entrevista ao portal Petronotícias, o presidente da Associação Brasileira de Pequenas Centrais Hidrelétricas (Abrapch), Paulo Arbex, afirmou que o Brasil deve rever sua decisão de não mais construir usinas com reservatórios. O entrevistado criticou também a influência exercida por ONGs e governos internacionais que, segundo ele, foram responsáveis por disseminar a ideia de que os reservatórios das hidrelétricas são vilões do meio ambiente.
Arbex afirmou também que hoje existem cerca de 15 GW de PCHs e centrais geradoras hidrelétricas (CHGs) aprovadas na Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Para destravar todo esse potencial, argumentou, o país precisa trabalhar para agilizar o licenciamento ambiental dos empreendimentos, além de criar condições mais favoráveis para contratação e financiamento dessas usinas. “Se o Brasil conseguir resolver esses três pontos, conseguiremos viabilizar esses 15 mil MW”, concluiu.
PANORAMA DA MÍDIA
Reportagem do Valor Econômico ressalta que a desvalorização da Bolsa brasileira e o enfraquecimento do fluxo de recursos para o mercado de ações colocam em xeque boa parte das ofertas de ações planejadas para os últimos quatro meses do ano. Com o cenário mais volátil, reflexo das recentes turbulências políticas, combinado com o maior risco inflacionário e o aumento de taxa de juros, bancos de investimentos estão revendo suas estimativas para as operações no mercado de capitais até o fim do ano.
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O jornal O Estado de S. Paulo informa que por orientação da Controladoria-Geral da União (CGU), o Ministério do Desenvolvimento Regional decidiu suspender ou renegociar contratos que somam R$ 3 bilhões que seriam destinados à compra de máquinas agrícolas a pedido de deputados e senadores por meio do esquema do orçamento secreto. De acordo com a reportagem, uma análise já identificou sobrepreço no valor de R$ 142 milhões.
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Os investimentos na área da saúde caíram nos últimos anos no estado de São Paulo durante a gestão do governador João Dória (PSDB), de acordo com informação da Folha de S. Paulo. A reportagem analisou os dados de investimentos em Saúde no estado desde 2011. Entre 2011 e 2018, a média anual de investimentos feitos pela Secretaria da Saúde foi de R$ 1,054 bilhão, em valores corrigidos. Nos dois primeiros anos do governo Doria, essa média caiu para R$ 811 milhões – quantia 23% inferior.
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O procurador-geral da República, Augusto Aras, pediu que o Supremo Tribunal Federal (STF) suspenda liminarmente a medida provisória (MP) assinada pelo presidente Jair Bolsonaro que dificulta a ação das redes sociais para apagar conteúdos publicados por usuários. Na prática, a MP, que altera o Marco Civil da Internet, também torna mais difícil a remoção de desinformação das redes. Na avaliação de Aras, a MP “dificulta a ação de barreiras” que evitem a divulgação de conteúdo criminoso e de discurso do ódio. As informações são o principal destaque da edição desta terça-feira (14/09) do jornal O Globo.