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Brasil será sede de evento que reúne fundos climáticos com mais de US$ 11 bilhões - Edição da Tarde - A publicação do MegaExpresso será retomada no dia 27 de fevereiro

O Valor Econômico informa que o Brasil sediará em junho a reunião do comitê dos Fundos de Investimento Climático (CIFs, na sigla em inglês), que têm capital superior a US$ 11 bilhões para projetos na área de transição climática. No mesmo mês, o Global Environment Fund (GEF) também se reúne no Brasil.

“Serão duas semanas com os dois principais fundos climáticos do mundo aqui”, disse ao Valor o subsecretário de Financiamento do Desenvolvimento Sustentável do Ministério da Fazenda, Ivan Oliveira. Ele ressalta que os eventos darão visibilidade ao reengajamento do Brasil no debate ambiental e demonstrarão o compromisso do país em aproveitar sua posição privilegiada na recepção desses recursos.

Os CIFs foram criados em 2008 e apoiam 370 projetos em 72 países. No Brasil, aportaram recursos de seu Programa de Investimento Florestal, considerado dos mais exitosos da carteira. A reunião aqui deve marcar uma fase de maior participação do país nas discussões desses fundos. “O evento é um sinalizador dos novos caminhos que o Brasil pretende trilhar no campo das finanças verdes”, disse Oliveira.

O governo corre para que possa ser anunciado, na reunião, o destino de US$ 70 milhões destinados pelos CIFs ao país num programa chamado Integração de Energias Renováveis (REI). O dinheiro foi oferecido em 2021, e o Brasil teria prazo de 18 meses para decidir como utilizá-lo. Não o fez até sua expiração, em janeiro passado.

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Questionado, o ex-ministro de Minas e Energia Bento Albuquerque disse que iniciou negociações de projetos de novas tecnologias, como o hidrogênio. “Depois que saí do MME não acompanhei mais o andamento das tratativas”, informou. O ex-ministro Adolfo Sachsida, que o sucedeu, disse que não teve conhecimento da existência dos recursos, nem dos projetos mencionados por seu antecessor.

Veolia aposta em biogás para aumentar oferta de energia limpa

A Veolia, empresa do segmento de bioenergia, implantou uma usina termelétrica em Biguaçu, localizada em Santa Catarina, com capacidade de produção de 4,65 MWh. Todo o volume é exportado na rede de distribuição local, já que a companhia atua no mercado livre de energia. A aposta na valorização de biogás, produzido a partir da decomposição dos resíduos orgânicos, tem como objetivo aumentar a oferta de energia limpa e reduzir a emissão de gases de efeito estufa.

A operação faz parte do projeto energia circular do grupo Veolia e conta com outras duas termelétricas, localizadas no estado de São Paulo: CGR Iperó e CGR São Paulo. Juntas, as três plantas têm 12.400 kW de capacidade instalada de energia renovável, o suficiente para abastecer uma cidade de aproximadamente 42 mil habitantes. As informações são do Canal Energia.

Salesforce anuncia 280 mil MWh em D-Recs e projeto solar na Amazônia

A gestora de relacionamento com clientes Salesforce anunciou que comprará 280.000 MWh de certificados de energia renovável oriundos de pequenos projetos de energia, distribuídos ao longo dos próximos oito anos. O contrato foi firmado com a Powertrust, que alavancará os Certificados de Energia Renovável Distribuída (D-RECs) e ajudará a desbloquear cerca de US$ 65 milhões em investimentos em nova capacidade na fonte solar.

A aquisição dos D-RECs será concentrada em projetos de mercados não tradicionais, visando ajudar a fornecer benefícios sociais e ambientais às comunidades. No Brasil as iniciativas potenciais dentro deste portfólio incluem a substituição de antigos geradores a diesel por uma microrrede movida à energia solar para uma comunidade remota ao longo do rio Amazonas, reduzindo o consumo de combustível em mais de 50% e beneficiando cerca de 1 mil pessoas. (Canal Energia)

TCU autoriza Copel a renovar concessão da hidrelétrica Foz do Areia

O Tribunal de Contas da União (TCU) autorizou, na quarta-feira (15/2), a Companhia Paranaense de Energia (Copel) a renovar antecipadamente a concessão da Usina Hidrelétrica Governador Bento Munhoz da Rocha Netto, conhecida por Foz do Areia, antes de a empresa ser privatizada.

A concessão venceria em 2024, mas em negociação com o Ministério de Minas e Energia, a companhia paranaense solicitou antecipação da renovação do contrato, propondo o pagamento de um bônus até dezembro deste ano. A antecipação permite que a usina continue sob controle da Copel, mesmo depois de a companhia ser privatizada, o que deve ocorrer até o fim deste ano. Sem esse acordo, a concessão seria revertida para a União.

Foz do Areia é a maior usina operada pela Copel, com 1.676 megawatts de potência total instalada. Começou a ser construída em 1975 e entrou em operação em 198. As informações são do portal Gazeta do Povo.

Produção de derivados nas refinarias cresce 7% no ano com forte demanda por diesel

Reportagem do portal Petróleo Hoje informa que a produção de derivados nas refinarias brasileiras cresceu 7% em 2022 em relação ao ano anterior. O volume total de combustíveis e outros produtos refinados somaram 119 bilhões de m³, o maior nível desde 2014, antes da crise econômica reduzir expressivamente a demanda por derivados de petróleo.

O volume total de refino, disponibilizado em relatório pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) reflete principalmente a maior produção de diesel, que passou de 42,8 bilhões de litros para 45,5 bilhões nas refinarias – alta de cerca de 6%.

A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) aponta o bom desempenho do agronegócio e o aumento das exportações como principais fatores do aumento da demanda no ano passado. A previsão da autarquia é que a demanda por diesel continue crescendo, a uma taxa de 3,2% em 2023 e 1,5% em 2024.

“Grandes expectativas são geradas em torno de um dos segmentos que mais se destacaram no ano de 2022: o setor rodoviário de cargas. Com o bom desempenho das exportações e do agronegócio, pesquisas projetadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que, ainda este ano, o Brasil poderá alcançar um recorde histórico no transporte de cargas”, explica a Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística. Já a demanda por diesel S-10, menor poluente, deve crescer 5,3% e 6,3% respectivamente, nos próximos dois anos.

PANORAMA DA MÍDIA

Economistas têm demonstrado preocupação com os riscos de uma contração mais aguda do crédito e que seus reflexos sobre a atividade sejam maiores do que o antecipado, principalmente por causa de um eventual “efeito dominó” do caso Americanas.

O tema foi abordado em reuniões de economistas com o Banco Central nesta semana, conforme apurou o Valor Econômico. Antes mesmo da crise na varejista, a expectativa já era de enfraquecimento do crédito neste ano. Depois de um avanço de 17% no saldo da modalidade livre para pessoa física em 2022, ante 2021, e de 10% para pessoa jurídica, a LCA Consultores, por exemplo, espera para 2023 altas em torno de 4% e 7%, pela ordem, ainda sem considerar impactos da Americanas.

A varejista, que não vinha contabilizando corretamente o financiamento de certas compras, divulgou no início do ano “inconsistências contábeis” de R$ 20 bilhões e acumula dívida total de mais de R$ 40 bilhões.