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Brasil supera média global em transição climática no setor elétrico – Edição do dia

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Crédito: -Anastasia-Zhenina-on-Unsplash
Crédito: -Anastasia-Zhenina-on-Unsplash

Com menos de dois anos de existência, o Climate Finance Hub lançou na semana passada seu primeiro relatório setorial sobre a maturidade da transição climática de empresas que atuam no Brasil, informa o Valor Econômico.

Seguindo a metodologia internacional ACT (Accelerate Climate Transition), o primeiro caderno se dedicou ao setor elétrico. De acordo com explicação de Luan Santos, coordenador do grupo finanças e investimentos sustentáveis (gFIS) da UFRJ e coordenador de pesquisas do Climate Finance Hub Brasil, o setor é um grande emissor de gases de efeito estufa no mundo todo e, apesar de o Brasil ter um case de sucesso em energia renovável, há oportunidades e desafios para as empresas que atuam no território nacional.

Foram mapeados as ações e desempenhos de 15 empresas do setor, que, juntas, representam 71% da geração de energia no país e 48% da capacidade instalada.

A apresentação do material foi feita durante evento organizado pelo hub com apoio da Fiesp e da Febraban no último dia 25 para falar sobre os desafios do financiamento climático em um mundo em transformação. Um dos dados destacados foi o fato de 60% das empresas avaliadas já operarem com a matriz 100% renovável e 53% oferecem soluções de eficiência energética. Os 40% restantes ainda têm ativos fósseis remanescentes no portfólio, ou seja, precisam passar pelo processo de descarbonização.

Exclusão de biodiesel de leilão de energia suspende investimento de R$ 500 milhões, diz Binatural

A exclusão de biocombustíveis como biodiesel de um leilão de reserva de capacidade de energia elétrica no Brasil levou à suspensão de investimento de R$ 500 milhões da Binatural, disse o CEO da empresa, André Lavor, à agência de notícias Reuters.

Segundo o executivo, a Binatural estava em fase avançada de negociação com uma das maiores termelétricas do Brasil, localizada no Nordeste, para viabilizar o que ele chamou de primeiro complexo termelétrico sustentável do Brasil. “A construção de uma usina de biodiesel atrelada a uma termoelétrica existente… Esse investimento robusto foi suspenso pela exclusão do biodiesel nos leilões”, disse Lavor.

A Binatural atua há 19 anos no setor, operando atualmente duas usinas — uma em Formosa (GO) e outra em Simões Filho (BA), com capacidade produtiva conjunta superior a 600 milhões de litros por ano.

Procurado, o Ministério de Minas e Energia afirmou que as diretrizes do leilão de reserva de capacidade, previsto para 2026, “foram propostas no sentido de oferecer maior flexibilidade operacional ao sistema elétrico, estimular a competição entre as diferentes fontes incluídas no planejamento do certame e, consequentemente, trazer maior benefício ao consumidor”. (Folha de S. Paulo – conteúdo Reuters)

Relatório da MP 1.300/2025 é aprovado em comissão mista; texto vai à Câmara

A comissão mista que analisa a medida provisória 1.300/2025, que trata da ampliação da tarifa social, aprovou ontem (3/9) o novo relatório apresentado pelo deputado Fernando Coelho Filho (União-PE), que retirou itens do parecer inicial.

O projeto de conversão apresentado pelo relator foi aprovado por votação simbólica. Agora, o texto segue para análise do plenário da Câmara, onde deve ser apreciada na próxima semana, e depois ainda precisará passar pelo plenário do Senado. A medida provisória perde a validade no próximo dia 17. (Agência Infra)

Capacidade de geração no Brasil cresce 310 MW em agosto, com nove usinas novas

A capacidade de geração elétrica no Brasil aumentou em 310 MW em agosto, de acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). No acumulado de 2025, a expansão soma 4.472,50 MW.

Segundo dados da Aneel, nove usinas entraram em operação no mês: cinco parques eólicos (216 MW), duas pequenas hidrelétricas (52 MW), uma termelétrica (40 MW) e uma central geradora hidrelétrica (2 MW).

Entre janeiro e agosto, 71 empreendimentos iniciaram operação comercial, com destaque para dez termelétricas (2.419,42 MW), 32 eólicas (1.114,90 MW) e 18 solares fotovoltaicas (783,63 MW). Também passaram a operar oito pequenas hidrelétricas (147,85 MW) e três centrais geradoras hidrelétricas (6,70 MW). (Agência Eixos)

Ibama libera linhão que pluga Roraima no sistema elétrico nacional

O estado de Roraima está conectado ao Sistema Interligado Nacional (SIN). O estado era o único sem conexão. O Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) concedeu a licença de operação para a linha de transmissão Manaus-Boa Vista.

Segundo técnicos que participaram do processo, o aval será publicado no Diário Oficial da União nesta semana, após 14 anos do leilão do empreendimento. Os primeiros testes de carga —para avaliar se a infraestrutura da rede está adequada à transmissão em alta tensão — devem ocorrer logo após a publicação.

A obra é uma concessão assumida pela Transnorte Energia, formada pela Alupar (51%) e Eletronorte (49%). A linha de transmissão se estende por 721 km de Manaus (AM) a Boa Vista (RR). (Folha de S. Paulo)

Coelho defende que preço de renováveis considere investimentos no sistema

O deputado e ex-ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho (União-PE), defendeu na terça-feira (2/9) que os custos de investimentos em “robustez” no sistema elétrico sejam considerados no preço real da energia de fontes renováveis. O parlamentar, que relata a Medida Provisória (MP) 1.300, foi questionado sobre as dificuldades de operação do sistema diante da expansão da micro e minigeração distribuída. 

“Não é justo com o consumidor brasileiro falar que a energia custa R$ 180 ou R$ 280, uma energia limpa, produzida nos ventos de estados do Nordeste, ou do sol do Pernambuco, do Piauí, mas esconder do consumidor que para ele poder receber essa energia aí na Faria Lima, em São Paulo, a gente tem que gastar R$ 4 bilhões ou R$ 7 bilhões em uma linha de transmissão, por exemplo”, disse o parlamentar em participação no Fórum Análise Setorial, da Câmara de Comercialização de Energia (CCEE).  

Coelho Filho também disse ser favorável a um “sinal de preço correto” da energia ao consumidor. “Assim a gente começa a conseguir educar, porque você só educa mesmo quando pega no bolso”, afirmou. (Agência Infra)

PANORAMA DA MÍDIA

Valor Econômico: O Banco Central (BC) indeferiu ontem o acordo entre o Banco de Brasília (BRB) e o Master, controlado por Daniel Vorcaro. A transação, polêmica, foi anunciada pelas duas instituições em 28 de março, e desde então o escopo da compra foi sendo revisto e reduzido, em meio a dificuldades de definir os preços dos ativos, ao mesmo tempo em que o BC mostrava resistências e solicitava novas informações.

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Folha de S. Paulo: O BC (Banco CentraL) indeferiu nesta quarta-feira (3) o perímetro de compra do Master pelo estatal BRB (Banco de Brasília). As partes já foram notificadas. Após a publicação da reportagem, o BRB, que ainda pode apresentar recurso contra a decisão, divulgou um comunicado ao mercado informando acionistas sobre o indeferimento. O banco solicitou acesso aos argumentos que embasaram a decisão e, segundo membros da companhia, segue acreditando nos fundamentos da operação. A estratégia é tentar mitigar os eventuais riscos identificados pelo BC.

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O Estado de S. Paulo: Mesmo após o Banco Central ter recusado a autorização da compra de um pedaço do Banco Master pelo BRB, o Banco de Brasília pretende insistir na operação depois de ter acesso aos fundamentos que embasaram a decisão pela autoridade monetária.

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O Globo: Após intensa negociação no Congresso sobre uma eventual anistia aos envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro, ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) já passaram o recado de que a iniciativa, caso prospere no Legislativo, deve ser barrada pela Corte por ser inconstitucional. 

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