Em entrevista ao Valor Econômico, a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, diz que o país “tem sido uma boa notícia para a economia mundial”, por superar as projeções de crescimento dos últimos anos, inclusive as do Fundo.
Para ela, o Brasil está bem posicionado no front fiscal, com um pacote “muito determinado” de reformas, citando a mudança do sistema tributário, que deve elevar o crescimento potencial ao longo do tempo, a iniciativa que busca ampliar a oferta de proteção cambial para projetos ambientalmente sustentáveis, lançada na segunda-feira, e o programa de revisão de despesas públicas do governo.
A economista búlgara afirmou ainda que o Brasil “tem uma enorme vantagem comparativa na nova economia do clima e está posicionado para uma transformação ecológica que pode criar novas oportunidades industriais”, além de elogiar a condução da política monetária pelo Banco Central (BC) brasileiro. Em sua primeira visita ao Brasil, Georgieva veio a São Paulo para participar da reunião dos ministros de finanças e presidentes dos BCs do G20, que ocorre nesta semana.
PPSA quer lançar concorrência para vender gás natural no 2º semestre
A Agência EPBR informa que a Pré-Sal Petróleo S.A. (PPSA) espera lançar no segundo semestre uma concorrência para vender, pela primeira vez, a parcela de gás natural que cabe à União nos contratos de partilha no Sistema Integrado de Escoamento (SIE).
A presidente interina da estatal, Tabita Loureiro, afirmou na quarta (28/2) que, para isso, aguarda uma resolução do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) autorizando a PPSA a comercializar os volumes no SIE. A expectativa é que isso ocorra no 1º semestre.
A iniciativa permitiria que outras empresas comprem a molécula da estatal. Hoje, todo gás da União é comercializado diretamente com a Petrobras, na própria plataforma.
Tarcísio confirma leilão de privatização da Emae para 10 de abril
O governador do Estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), confirmou ontem (29/2), que o leilão para privatização da Empresa Metropolitana de Águas e Energia (Emae) deve ocorrer em 10 de abril.
O governador já havia dito que o leilão seria no primeiro semestre. Ele é visto como um teste prévio para a venda da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), que é uma operação consideravelmente maior e estava prevista para o primeiro trimestre, mas houve atraso na definição do processo. (InfoMoney)
Segundo maior produtor, Pará tem a maior tarifa de luz do país
Reportagem do Valor Econômico indica que o Pará, segundo maior produtor de energia elétrica do país, também é o estado com a tarifa elétrica mais cara: R$ 0,962 por kWh, contra média nacional de R$ 0,731, segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
A reportagem explica que essa contradição se deve a dois fatores principais: baixa densidade demográfica, de 6,51 habitantes por km2 – que eleva os custos de operação, manutenção e expansão da rede – e o fato de ser o único estado da região Norte a não receber um subsídio aprovado pelo governo federal em 2021.
O Pará foi excluído por uma tecnicalidade, uma vez que o benefício contemplou apenas as distribuidoras de energia privatizadas a partir de 2013, o que não é o caso da Equatorial Pará, a concessionária local. O governador Helder Barbalho tentou reverter essa decisão na época, sem sucesso.
A Equatorial explica que as tarifas são definidas pela Aneel e “devem ser suficientes para manter o equilíbrio econômico-financeiro da concessão e possibilitar que a empresa possa continuar realizando as obras necessárias para fornecer energia elétrica aos atuais e futuros consumidores”. A empresa lembra, ainda, que cerca de 1 milhão de paraenses estão inscritos na Tarifa Social, que concede descontos de até 65% na conta de energia.
No caso do Pará, esclarece a concessionária, 31% da arrecadação é destinada para a operação e expansão do serviço; 35% referem-se a impostos; e 34% são repassados para geração e transmissão.
MME vai se reunir em 15 dias para rediscutir políticas tarifárias
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse a jornalistas na última quarta-feira (28/2) que marcou um seminário com autoridades para rediscutir a política tarifária no Brasil. Sem especificar uma data, limitou-se a dizer que o encontro ocorrerá em 15 dias.
“Em primeiro lugar eu queria dar completa e absoluta razão ao governador do Pará, Helder Barbalho, na questão tarifária (o governador criticou o preço das tarifas de energia elétrica no estado)”, afirmou o ministro depois de participar da inauguração de um terminal de GNL (gás natural liquefeito) na cidade de Barbacena, no Pará.
“Houve uma série de distorções nos últimos anos. O poder público, que é o responsável pela formalização de políticas públicas, infelizmente delegou essa responsabilidade. Isso criou distorções muito graves na questão tarifária”, ressaltou. (Canal Solar)
Senai e governo alemão abrem centro para formação em hidrogênio verde no RN
O Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) inaugurou ontem (29/2) seu primeiro centro para formação profissional em hidrogênio verde, em Natal (RN). O projeto faz parte de um acordo com a GIZ, a agência alemã de cooperação internacional.
Segundo Rodrigo Diniz, diretor do Senai-RN, serão oferecidos novos cursos técnicos voltados para áreas como armazenamento de hidrogênio, conversão de energia renovável em hidrogênio e utilização de hidrogênio em combustível veicular. (Folha de S. Paulo)
PANORAMA DA MÍDIA
O Estado de S. Paulo: Epidemia de dengue supera em dois meses 1 milhão de casos, segundo atualização feita no Painel de Monitoramento de Arboviroses do Ministério da Saúde. Até o momento foram registrados 214 óbitos neste ano em decorrência da doença.
**
Valor Econômico: O setor de varejo no Brasil passa por transformações importantes. No segmento de lojas físicas, há anúncios repentinos de encerramento de pontos de venda e saída de operações internacionais do país. No varejo on-line, o caminho é o oposto, depois da intensificação da concorrência das plataformas digitais estrangeiras após 2020, inclusive com planos de entrada de novos grupos de fora.
**
Mais de cem palestinos são mortos ao buscar ajuda humanitária. A notícia é o principal destaque da edição desta sexta-feira dos jornais O Globo e Folha de S. Paulo.
Autoridades palestinas acusaram Israel de disparar e matar dezenas de pessoas em meio a uma entrega caótica de ajuda humanitária na Faixa de Gaza. Os EUA pediram respostas, com o presidente americano, Joe Biden, alertando que o episódio deve complicar os esforços por um cessar-fogo para o conflito de quase cinco meses.
Porta-vozes militares de Israel afirmaram que o episódio de violência partiu dos próprios palestinos. De acordo com as Forças de Defesa, civis começaram a saquear os cerca de 30 caminhões de ajuda e a se empurrar, deixando pessoas feridas e mortas por serem pisoteadas e atropeladas pelos veículos. Depois, um pequeno grupo teria ido em direção a soldados e a um tanque israelense, que teria dado tiros de advertência e, em seguida, atingido “aqueles que eram uma ameaça e não se afastaram”.