O Brasil ultrapassou a marca histórica de 40 gigawatts (GW) de capacidade instalada de energia solar fotovoltaica, informou ao jornal O Estado de S. Paulo a Associação Brasileira de Energia Solar (Absolar). O volume soma grandes usinas solares e sistemas de geração própria de energia em telhados, fachadas e pequenos terrenos.
Segundo mapeamento da entidade, a participação da fonte solar equivale atualmente a 17,4% da matriz elétrica brasileira. Apenas em 2024, o setor solar já adicionou 3 GW ao país. Desde 2012, a fonte solar trouxe ao Brasil mais de R$ 189,4 bilhões em novos investimentos, mais de R$ 53 bilhões em arrecadação aos cofres públicos e gerou cerca de 1,2 milhão de empregos verdes acumulados.
TCU deve liberar leilão de linhas de transmissão
O Tribunal de Contas da União (TCU) deve aprovar, nesta quarta-feira (13/3), o edital do leilão de linhas de transmissão previsto para ocorrer em 28 de março na B3, em São Paulo. O relatório, aprovado pela área técnica, não apontou óbices e pequenos ajustes foram feitos pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
Serão leiloados 15 lotes para a construção de 6.464 km de linhas de transmissão, cruzando 15 estados. Com investimentos previstos de R$ 18,2 bilhões, essas linhas deverão estar operando comercialmente entre 36 e 72 meses, contados a partir da data da assinatura do contrato de concessão, prevista para 28 de junho. (Folha de S. Paulo)
Petrobras é uma das empresas mais inovadoras que temos, diz Rafael Dubeux, indicado por Haddad para o conselho da estatal
Coordenador do Plano de Transformação Ecológica (PTE) no Ministério da Fazenda, e futuro indicado pela pasta para ocupar um dos assentos do conselho administrativo da Petrobras, o advogado Rafael Dubeaux foi alçado recentemente a secretário-executivo adjunto da Fazenda com um propósito principal: ter uma estrutura e equipe mais robustas para tocar o PTE neste segundo ano de mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, na sexta-feira (8/3), antes de seu nome ser apontado para integrar o conselho da petroleira, Dubeux explicou que está montando uma equipe na Fazenda que ficará 100% dedicada ao plano verde e detalhou as prioridades do PTE para 2024, que se dividem entre projetos legislativos e tocados pelo poder Executivo. Ele deverá integrar o conselho da Petrobras sem deixar as funções na Fazenda.
Governo fará rodízio para “oxigenar” conselhos das estatais após crise de dividendos na Petrobras
O ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou ontem (12/3) que o governo federal fará um rodízio de pessoas nos conselhos de administração das estatais para “oxigená-los”. A declaração ocorre em meio à crise de dividendos na Petrobras.
Na semana passada, o conselho da empresa decidiu reter o pagamento de dividendos extras, o que frustrou os investidores e fez a companhia perder R$ 56 bilhões de valor de mercado em apenas um dia. “Vamos fazer esse rodízio em outros lugares. Rodízio de pessoas de um conselho para outro até para oxigenar os conselhos das estatais”, afirmou o ministro. “Não é exclusivo do conselho da Petrobras.” (O Estado de S. Paulo)
Comissão do Senado aprova convite a presidente da Petrobras para falar sobre crise dos dividendos
A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou ontem (12/3) um convite ao presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, diante da queda nas ações e da mudança na política de pagamento de dividendos aos acionistas. O pedido foi apresentado pelo senador Sergio Moro (União Brasil-PR), ex-juiz da Operação Lava Jato, com apoio do senador Eduardo Girão (Novo-CE). O convite foi aprovado de forma simbólica, sem a contagem de votos. A audiência com Prates ainda não tem data. (Folha de S. Paulo)
Petrobras estuda criação de novo fundo para direcionar dividendos extraordinários para investimentos
O jornal O Globo informa que a Petrobras estuda a criação de um novo fundo para receber dividendos extraordinários com foco em investimentos. A ideia chegou a ser discutida na reunião entre a diretoria da estatal, liderada por Jean Paul Prates, presidente da companhia, e o presidente Luiz Inácio da Silva, que ocorreu segunda-feira (11/3) em Brasília, e contou com a presença de Hernando Haddad, ministro da Fazenda, e de Alexandre Silveira, titular da pasta de Minas e Energia.
No encontro, que durou mais de três horas, coube a Haddad explicar para Lula, segundo fontes da reportagem, que o fundo atual, onde são alocados os dividendos extraordinários (de R$ 43,9 bilhões), só pode ser usado para pagar dividendos futuros, juros sobre capital próprio, recompras de ações e absorção de prejuízos. Ou seja, não pode ser usada para investimentos nem para abater dívida.
Alemanha doa R$ 136 milhões para descarbonização da indústria no Brasil
O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços anunciou na segunda-feira (11/3) que o governo da Alemanha doou 25 milhões de euros (R$ 136 milhões, na cotação atual) para a realização de projetos de descarbonização da indústria no Brasil, com foco nos setores siderúrgico e cimenteiro.
A doação faz parte da IKI (sigla em alemão para “Iniciativa Internacional do Clima”), linha de cooperação alemã que tem o objetivo de apoiar “prioridades específicas” do Brasil, estabelecidas na Convenção-Quadro sobre a Mudança do Clima e no Acordo de Paris. A iniciativa é um desdobramento da declaração conjunta entre os dois países, assinada em 4 de dezembro pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e pelo chanceler alemão, Olaf Scholz.
O uso dos recursos doados será definido em conjunto pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços; pela Secretaria de Economia Verde; e pelo Ministério Federal para Assuntos Econômicos e Proteção Climática, da Alemanha. Podem participar do projeto empresas do mundo todo. Brasil e Alemanha farão a seleção e o anúncio dos finalistas no final de 2024.
As propostas devem ter como objetivo uma “profunda descarbonização” em setores industriais intensivos em emissões de carbono no Brasil. O foco do projeto será nas indústrias siderúrgica e cimenteira. (Investing.com)
M&As em energia renovável desaceleram no Brasil em 2023, mas setor permanece atrativo, diz Cela
As operações de fusões e aquisições (M&A, na sigla em inglês) no setor de energia elétrica renovável no Brasil desaceleraram em 2023, mas o setor se mantém atrativo, segundo um estudo da consultoria Clean Energy Latin America (Cela) divulgado ontem (12/3).
De acordo com o levantamento, os negócios fechados no ano passado somaram R$ 9,29 bilhões, contra R$ 15,5 bilhões de registrados no acumulado de 2022. Já em capacidade instalada dos projetos transacionados, foram 9,14 GW em 2023, contra cerca de 20 GW no ano anterior.
Apesar da queda no ano passado, o setor de renováveis do Brasil segue aquecido, com volumes financeiros e de capacidade instalada dos emprendimentos negociados muito superiores aos vistos até 2019, apontou a Cela.
No estudo, a consultoria mapeou 193 transações de projetos de geração de energia renovável de 2014 até 2023, que somam 49,4 bilhões de reais e 52,4 GW em capacidade instalada. De acordo com o estudo, as instituições financeiras e empresas de petróleo e gás têm sido importantes compradoras de projetos de energia renovável, visando cumprir com suas metas de descarbonização. (Investing.com – com informações da agência de notícias Reuters)
Ucrânia ataca refinarias na Rússia; Putin volta a falar em guerra nuclear
A dois dias da eleição presidencial que irá reconduzir Vladimir Putin à Presidência, a Ucrânia intensificou seus ataques contra o território do país que a invadiu há dois anos. Foram ao menos 78 drones lançados entre ontem (12/3) e a manhã desta quarta-feira (13/3), com três refinarias em chamas, além de incursões a regiões fronteiriças. (Folha de S. Paulo)
PANORAMA DA MÍDIA
O Globo: O ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou nesta terça-feira (12/3) que o governo fará mudanças nos conselheiros de administração de outras estatais, além da Petrobras. O ministro disse que a medida visa a “oxigenar” os conselhos de administração das empresas. Costa não informou quais estatais terão mudanças.
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Folha de S. Paulo e O Estado de S. Paulo: O principal destaque da edição de hoje (13/3) dos dois jornais paulista são as afirmações de José Luciano Duarte Penido em sua carta de renúncia ao conselho de administração da Vale. Segundo ele, o processo de sucessão na presidência mineradora foi afetado por manipulação, conflitos de interesse e agendas pessoais de seus participantes. Penido afirma que há no debate “nefasta influência política”. A Vale divulgou um comunicado afirmando que segue rigorosamente seu estatuto.
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Valor Econômico: A aprovação da reforma tributária tem provocado uma corrida para fazer doações em vida e planejamentos sucessórios ainda neste ano, visto como a última janela para aproveitar as regras atuais, antes das mudanças aprovadas pelo Congresso Nacional. Em média, o aumento da demanda nos grandes escritórios de advocacia tem sido de 40%, segundo profissionais ouvidos pelo Valor.
