A Braskem e a Veolia Brasil vão investir R$ 400 milhões para produção de energia renovável, a partir de biomassa de eucalipto, em Alagoas. O projeto no município de Marechal Deodoro, onde a petroquímica tem um complexo industrial para produção de PVC, vai gerar 900 mil toneladas de vapor por ano, proporcionando redução das emissões em cerca de 150 mil toneladas anuais de CO2 ao longo de 20 anos de contrato. O início de operação está previsto para 2023.
De acordo com o diretor de Energia da Braskem, Gustavo Checcucci, o projeto de biomassa de eucalipto adiciona uma nova fonte de energia renovável à matriz da companhia. “Teremos uma redução de um terço das emissões de gases de efeito estufa na nossa operação em Alagoas, com base nas emissões de 2020”, diz o executivo, em comunicado.
À Veolia caberá o gerenciamento da maior parte do projeto, incluindo a gestão de mais de 5,5 mil hectares de eucalipto, a concepção do projeto de engenharia e a construção das usinas de processamento de biomassa e de produção de vapor. A Braskem, por sua vez, vai investir na adequação do complexo de Marechal Deodoro ao novo arranjo termoelétrico. (Valor Econômico)
Bradesco BBI vê potencial excesso de oferta de energia
O Bradesco BBI aponta, em relatório de análise, para um potencial excesso de oferta de geração de eletricidade no mercado brasileiro, que poderia reduzir os preços de energia no longo prazo, beneficiando consumidores e indústria e prejudicando empresas geradoras de energia.
Incentivos regulatórios agressivos para construção de cobertura eólica e solar, intervenção direta do governo para construir 8 gigawatts de usinas térmicas, inflexíveis em sua maioria, entre 2026 e 2030, e a recuperação recente dos reservatórios, em consequência das chuvas, podem ser causadores do excesso de oferta de energia, ainda de acordo com o Bradesco BBI. As informações foram publicadas pelo portal TC Mover.
Galp vê potencial para novo FPSO em Sépia e fala de seu interesse em investir em renováveis no Brasil
O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, encontrou-se com o presidente da Galp, Andy Brown, na sede da empresa, em Lisboa. Nessa reunião, o ministro apresentou oportunidades de investimentos no Brasil tanto em petróleo e gás como em energias renováveis. O presidente da companhia portuguesa, por sua vez, antecipou alguns dos possíveis novos movimentos da petroleira.
A Galp detém participação minoritária no campo de Sépia, no pré-sal da Bacia de Santos, operado pela Petrobras. Brown disse que vê chances da instalação de uma nova plataforma no campo – a primeira, o FPSO Carioca, entrou em operação em agosto de 2-21. Além disso, o executivo disse que os atuais 600 MW em projetos renováveis no Brasil “são apenas o começo”, e que a ideia é procurar por novas oportunidades de investimento em eólica e solar no país. O potencial de produção de hidrogênio também está no radar.
O portal Petronotícias reproduziu alguns dos principais trechos da entrevista coletiva concedida pelo ministro e o presidente da Galp. O portal português Dinheiro Vivo também traz informações a respeito do encontro entre Andy Brown e Bento Albuquerque.
No Brasil, diesel precisará de mais de um substituto, aponta estudo
O Valor Econômico traz informações a respeito de um estudo desenvolvido exclusivamente para a realidade brasileira pela Bain & Company, consultoria global, segundo o qual, para atingir metas globais de descarbonização em veículos comerciais, o Brasil terá que recorrer a três ou quatro tipos de energia para substituir o diesel. Todos dependerão, porém, do amparo de políticas públicas.
A indústria de transportes está sob pressão por ser uma das mais poluentes do planeta. Emite 14% de todo o dióxido de carbono, segundo o painel intergovernamental sobre mudanças climáticas (IPCC). É, portanto, um dos setores com mais desafios para atender à meta global de economia livre de carbono até 2050.
O estudo indica que a maioria dos países desenvolvidos já sinalizou com a eletrificação de caminhões e ônibus e grande parte de seus governos reserva recursos públicos para essa finalidade. O mesmo não acontece, porém, nas economias emergentes. No Brasil, falta o envolvimento do governo num debate que já movimenta organizações, ambientalistas e setor privado.
O estudo é resultado de uma parceria entre a Rede Brasil do Pacto Global, das Nações Unidas, e a fabricante de veículos Scania. Tem, ainda, o apoio de BRF, Ipiranga e Unidas. O resultado do estudo foi apresentado ontem (14/02) a um grupo fechado, composto por 20 presidentes de empresas privadas de diversos setores, como papel e celulose, água e saneamento, energia e agronegócio.
MME e EPE disponibilizam mapa estratégico para o desenvolvimento de mercado de veículos médios e pesados movidos a gás natural e biometano
A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e o Ministério de Minas e Energia (MME) divulgam, nesta terça-feira (14/02), um mapa estratégico para promoção do mercado emergente e sustentável de veículos médios e pesados, como ônibus, caminhões e tratores, movidos a gás natural e biometano.
O desenvolvimento desse mercado pode trazer diversos benefícios, como redução de emissões, possibilidade de diminuição do custo de frete e desenvolvimento do mercado de gás natural, com interiorização desse energético. (EPE)
PANORAMA DA MÍDIA
O Ministério da Defesa russo disse nesta terça-feira (15/02), que algumas tropas estão sendo retiradas da fronteira com a Ucrânia. Soldados e equipamentos militares foram removidos da região em trens e caminhões e enviados de volta para suas guarnições, segundo as autoridades do Kremlin, em um possível sinal de que a Rússia pode estar se afastando da ameaça de uma invasão.
O anúncio foi o sinal mais concreto até agora de que Vladimir Putin pode estar tentando diminuir o impasse militar perto da fronteira ucraniana e coincide com o novo aceno de Moscou às negociações diplomáticas. Apesar disso, a iniciativa russa ainda é vista com cautela por autoridades ocidentais. (O Estado de S. Paulo)