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Braskem fecha com Casa dos Ventos acordo de R$ 1 bilhão – Edição da Manhã

Reforçando o compromisso de tornar sua matriz energética mais renovável, a petroquímica Braskem acaba de fechar um acordo de compra de energia com a Casa dos Ventos, uma das maiores investidoras na fonte eólica do país, informa o Valor Econômico.

De acordo com a reportagem, o contrato, que supera R$ 1 bilhão, tem prazo de 20 anos e vai viabilizar a construção de um novo parque em Rio do Vento, complexo eólico com capacidade instalada total de 504 megawatts (MW) que está sendo desenvolvido pela Casa dos Ventos no Rio Grande do Norte.

Esse é o maior dos quatro contratos de aquisição de energia renovável de longo prazo assinados pela petroquímica desde 2018. A Braskem não revela a quantidade de energia adquirida com a Casa dos Ventos, mas diz que, com o acordo, ultrapassa a marca de 100 MW médios contratados das fontes eólica e solar.

“Nos posicionamos com um volume importante de energia renovável que atenderá a companhia e toda a cadeia petroquímica. Isso reforça a meta de reduzirmos em 15% nossas emissões até 2030 e de nos tornamos uma empresa carbono neutro até 2050”, afirma Gustavo Checcucci, diretor de Energia da Braskem.

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Além do objetivo de reduzir suas emissões, a companhia busca também contribuir para a expansão da geração renovável no país, viabilizando novas usinas das empresas parceiras. Nos últimos três anos, firmou acordos com as francesas Voltalia e EDF Renewable e com a Canadian Solar, fora o contrato mais recente da Casa dos Ventos.

A estratégia da petroquímica é diminuir o risco de seu portfólio contratando energia de fontes complementares e de empreendimentos localizados em diferentes regiões.

Copel aprova pacote de melhoria de governança

As mudanças estatutárias, a nova política de dividendos e o programa de units fazem parte de um plano estratégico mais abrangente da Companhia Paranaense de Energia (Copel), que envolve criação de valor aos acionistas a partir de uma agenda permanente de melhora de governança corporativa e busca por mais eficiência nas operações, segundo Daniel Slaviero, diretor presidente da elétrica paranaense.

Na terça-feira (19/01), o conselho de administração da estatal aprovou um pacote de mudanças que vinham sendo construídas desde o ano passado. Um dos principais destaques do anúncio foi a nova política de dividendos, que, de acordo com os executivos, se tornou mais adequada ao momento atual da companhia e trará mais previsibilidade e transparência aos investidores.

O Valor Econômico informa que entre as propostas de reestruturação de governança estão a migração da empresa do Nível 1 para o Nível 2 da B3 e a implementação de um programa de units, além da criação de novos comitês de assessoramento ao conselho de administração. O governo paranaense já se posicionou favoravelmente à migração para o Nível 2, mas condicionou sua aprovação à realização de uma oferta secundária de ações de sua titularidade, que seria feita em conjunto com o BNDESPar, que pretende se desfazer de sua fatia de 24% na elétrica.

A ideia do estado é vender apenas uma parte do excedente do controle da companhia. Caso a oferta secundária não saia do papel, os demais aprimoramentos de governança não serão prejudicados.

Eneva planeja usar caminhões para fornecer gás no Norte e Nordeste 

Após reestruturar sua área de comercialização em 2020, a Eneva iniciou as primeiras conversas com potenciais clientes para fornecimento de gás. Reportagem do Valor Econômico informa que, com a expectativa de desenvolvimento do mercado livre de gás natural a partir da Nova Lei do Gás, atualmente em discussão no Senado, a companhia iniciou a prospecção de clientes para fornecer gás natural e condensado no Norte e Nordeste.

A ideia é replicar o modelo de transporte do energético por meio de caminhões, utilizado no projeto Azulão-Jaguatirica, que integra a produção de gás no Amazonas a uma usina térmica em Roraima pela via rodoviária. “Estamos inseridos no interior do Maranhão e do Amazonas e queremos democratizar a chegada do gás para regiões de menor acesso, que não vão ser servidas pelo gás do pré-sal”, explica o diretor financeiro da companhia, Marcelo Habibe.

A Eneva já atua como comercializadora no ambiente de contratação livre de energia elétrica e agora pretende se tornar referência no mercado livre de gás, no qual o cliente escolhe o próprio fornecedor.

Volks defende uso de etanol como fonte de energia

Nos últimos meses, o presidente da Volkswagen na América Latina, Pablo Di Si, reuniu-se com produtores de etanol e visitou usinas. Das conversas com o setor surgiram novos planos para o etanol, informa o Valor Econômico. O executivo acredita que o potencial do combustível derivado da cana de açúcar pode ir muito além do seu uso nos motores a combustão, como funciona hoje na maior parte da frota brasileira. Indústria e usinas começam a discutir a possibilidade de a energia gerada a partir do etanol servir para carregar as baterias de carros elétricos.

Trata-se de um passo além, também, do uso do etanol no carro híbrido. Esse tipo de veículo funciona com dois motores – um elétrico e outro a combustão. O motor a combustão, abastecido com gasolina ou etanol – é o que faz o elétrico funcionar e também faz o veículo rodar, dependendo das condições do trajeto e da velocidade. A ideia, agora, é fazer com que o etanol seja mais uma fonte de geração de energia.

BNDES financia implantação de segunda termelétrica no estado do Rio

O Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou na semana passada a aprovação de financiamento de R$ 3,93 bilhões à GNA Geração de Energia S.A. para a implantação de uma segunda usina termelétrica no Porto do Açu, no município de São João da Barra, região norte do estado do Rio de Janeiro.

A termelétrica UTE GNA II terá quatro conjuntos geradores, sendo três movidos a gás natural e um a vapor, e capacidade instalada total de 1.673 megawatts (MW), energia suficiente para abastecer 7,8 milhões de residências. (Guia Offshore)

PANORAMA DA MÍDIA

A partir de amanhã, a União ganha “superpoderes”, como têm sido chamados por advogados, para cobrar dívidas tributárias de empresas em recuperação judicial. A Lei nº 14.112, ou a nova Lei de Falências, entra em vigor neste fim de semana e abre a possibilidade de procuradores da Fazenda pedirem a falência de companhias em dificuldades se atrasarem o pagamento de parcelamentos de impostos ou não cumprirem acordos.

Além da União, os estados e municípios também poderão requerer a falência, desde que ofereçam parcelamentos tributários especiais ou acordos para as empresas. A medida valerá também para os casos de esvaziamento patrimonial – quando há venda ou ocultação de bens para frustrar os credores. As informações são o principal destaque da edição desta sexta-feira (22/01) do Valor Econômico.

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Pressão por novo auxílio emergencial gera temor de crise fiscal, destaca o jornal O Globo. A reportagem mostra a reação do mercado a declarações dos candidatos apoiados pelo presidente Jair Bolsonaro às presidências do Senado e da Câmara, em defesa de novo auxílio aos atingidos pela crise de covid-19.

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O jornal O Estado de S. Paulo destaca que o governo da Índia liberou a exportação comercial de vacinas contra a covid-19. As primeiras remessas de doses serão enviadas ao Brasil e ao Marrocos hoje (22/01), segundo o secretário de Relações Exteriores do país asiático.

O embaixador da Índia em Brasília, Suresh Reddy, confirmou que serão enviadas duas milhões de doses do imunizante da Universidade de Oxford e da farmacêutica AstraZeneca.

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A morte de pacientes por falta de oxigênio em Manaus e os fracassos em série do planejamento federal para aquisição e distribuição de vacinas contra a covid-19 deram mais solidez ao embasamento jurídico passível de ser usado para abertura de um processo de impeachment contra Jair Bolsonaro, informa a Folha de S. Paulo.

De acordo com a reportagem, a análise das regras da Constituição e da Lei dos Crimes de Responsabilidade (1.079/50), os dois mecanismos jurídicos cabíveis, mostra a possibilidade de enquadramento de vários atos e omissões do presidente e do governo no enfrentamento da doença que já causou a morte de mais de 210 mil pessoas no país. A Folha compilou ao menos 23 situações em que Bolsonaro, em dois anos de governo até aqui, promoveu atitudes que podem ser enquadradas como crime de responsabilidade, e que vão da publicação de um vídeo pornográfico em suas redes sociais no Carnaval de 2019 aos reiterados apoios a atos de cunho antidemocrático.

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